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Larghi vive dilema na montagem da defesa do Atlético para jogo contra o Bahia

Depois de conseguir quebrar a sequência de oito jogos sofrendo gols, o técnico atleticano agora tem que decidir se mantém a zaga com Leo Silva e Maidana ou se volta com Gabriel

postado em 28/07/2018 06:30 / atualizado em 27/07/2018 23:39

Bruno Cantini/Atlético

Buscar um zagueiro de peso no mercado ou apostar nas opções que o atual grupo oferece? Por vários dias, o técnico Thiago Larghi esteve com esse dilema na cabeça enquanto dirigia o Atlético, sobretudo depois das falhas defensivas nas derrotas contra Grêmio e Palmeiras, ambas fora de casa, pelo Campeonato Brasileiro. Mas, em conjunto com a diretoria, o treinador optou por apostar nas peças e descartou a procura por reforço. O rendimento da equipe defensivamente evoluiu na vitória sobre o Paraná por 2 a 0, quarta-feira, quando a equipe ficou sem sofrer gols depois de oito jogos.

Agora, Larghi tem nova dúvida: manter Maidana ao lado de Leonardo Silva – repetindo a formação usada contra o Paraná – ou escalar novamente Gabriel, um de seus jogadores de confiança?. Titular desde o início do ano, Gabriel foi vetado de última hora contra o Paraná devido a uma gripe, mas deve estar apto para encarar o Bahia, segunda-feira, às 20h, em Salvador.

É certo que, com Leo Silva (1,92m de altura) e Maidana (1,96m), a equipe ganha força nas bolas aéreas defensivas e ofensivas, podendo solucionar um ponto fraco que existe desde o começo do Campeonato Brasileiro (foram 11 gols sofridos de cabeça em 15 rodadas). Porém, o time alvinegro também pode perder velocidade nas jogadas de mano a mano, algo que Gabriel tem como principal característica.

Mesmo com o dilema do treinador, Maidana projeta uma sequência como titular: “Tudo é questão de oportunidade. Pude aproveitá-la ao máximo quando o Larghi me colocou para jogar. Falta ritmo, é visível. Adaptei-me melhor no segundo tempo contra o Paraná. Tenho essa autocrítica e é importante. Sempre respeitei quem está jogando. Gabriel, da mesma forma, sempre respeitou quando alguém entrou no lugar dele. Essa disputa de espaço existe em vários clubes e é amigável para conseguirmos criar essa família que está se formando”.

Revelado pelo Criciúma, o gaúcho de Cruz Alta tem como trunfo o apoio da família para evoluir com a camisa alvinegra. Nesta semana de treinos, ele está sendo acompanhado pelo pai, Ronaldo, e pela filha, Antonella, de apenas 10 meses, que estão em Belo Horizonte durante o período de férias. “Por causa do calendário, dificilmente ele vai nos visitar. Agora, podemos ficar uns dias juntos e matar a saudade”, disse o pai, que viu de perto Maidana ser titular contra o Paraná, justamente o ex-clube.

Aliás, o defensor de 22 anos reconheceu que teve dificuldades no último jogo, justamente por ficar longo tempo no banco de reservas – ele havia atuado pela última vez contra o San Lorenzo, em maio, pela Copa Sul-Americana. “A gente sente um pouco por ficar tanto tempo sem jogar. Mas acho que foi uma partida segura. O Leo (Silva) me ajudou bastante, vem sempre me ajudando para criar uma família. Estou feliz por ter saído sem tomar gol. Se não tomarmos gols, nosso ataque tem qualidade para resolver na frente”.

Entre o duelo com o San Lorenzo e o jogo contra o Paraná, Maidana viveu história incomum. Ele foi afastado dos treinos e jogos do clube por ter usado um medicamento especial proibido pela Agência Mundial Antidoping (Wada) para curar uma otite. Ele precisou fazer exames complementares até a substância sair definitivamente de seu organismo.

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