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Presidente do Conselho do Atlético dá novo prazo para inauguração da Arena MRV: 2021 ou 2022

Após aprovação do COMAM, clube acredita que obras estão perto do início

<i>(Foto: Divulgação/Atlético)</i>

A Arena MRV deve ficar pronta entre o fim de 2021 ou início de 2022. A previsão foi dada pelo presidente do Conselho Deliberativo do Atlético, Rodolfo Gropen, em entrevista na sede do clube após reunião nessa segunda-feira. O terreno, situado no bairro Califórnia, já começou a ser cercado. O próximo passo é conseguir a licença de instalação e dar início às obras. 

No dia 12 de abril, o Conselho Municipal do Meio Ambiente (COMAM) aprovou, por unanimidade, a concessão da licença prévia ao projeto de construção da Arena MRV. Esse documento ainda não libera o início das obras, mas permite a limpeza do terreno e a instalação de tapumes. Por isso, Rodolfo Gropen fala com otimismo sobre o estádio.

“Temos expectativa para o final de 2021 ou o início de 2022. O grande ponto era a licença prévia. O conselheiro Rafael Menin veio falar que tudo está correndo muito bem e já estão trabalhando nas 40 a 50 condicionantes para conseguir a licença de instalação e, posteriormente, começar a obra, que é o anseio de todo atleticano, ter a sua própria casa, que é a Arena MRV”, disse.

Gropen ressalta que existem muitas situações burocráticas para a construção da Arena MRV. O presidente do Conselho acredita que as obras estão perto do início.

“A gente depende, porque temos que completar as condicionantes para começar. Isso é burocracia. Claro que a gente queria o mais rápido possível, mas temos que respeitar os processos burocráticos que constantemente se movimentam. A gente está caminhando bem, vencendo cada etapa, os problemas que acontecem. Estamos pertinho de começar a obra e, se Deus quiser, ter a nossa casa e ser feliz nela”.

Gropen ainda se mostrou orgulhoso com o projeto do estádio do Atlético. “Nós vamos ser o único clube brasileiro que vai ter um estádio próprio e totalmente pago. Vai ser um negócio espetacular, a melhor arena do Brasil e inteiramente paga. Não tem um que está assim. Vai ser o nosso. A torcida vai se orgulhar da nossa casa, tenho certeza”, concluiu.

Atraso

O começo das obras estava previsto, inicialmente, para meados de 2018. Porém, os entraves relativos às burocracias municipal e estadual fizeram com que a data fosse adiada duas vezes. A última previsão era de início em abril deste ano.

Em novembro do ano passado, o então governador de Minas, Fernando Pimentel, decretou que a Arena MRV passasse a ter o projeto considerado como de interesse social. O documento flexibilizou o trâmite para a obtenção das licenças estaduais.

Essa foi uma vitória de bastidores do Atlético, uma vez que o erguimento do estádio depende do desmatamento de área de Mata Atlântica e da canalização do leito do Córrego Tejuco, que atravessa o terreno. Tanto a Mata Atlântica quanto os córregos e as nascentes (há duas no lote alvinegro) são considerados Áreas de Proteção Permanente (APPs), com legislação mais rígida para exploração. 

Por causa da mudança de status para “interesse social”, o clube alvinegro incluiu no projeto que vai construir, no terreno do estádio, o 'Instituto Galo'. O empreendimento contará com uma creche e outros estabelecimentos que contribuirão com a comunidade do Bairro Califórnia.

Segundo o Atlético, a capacidade do estádio será de 47 mil torcedores. Para aceitar o projeto, o Conselho Deliberativo aprovou a venda de 50,1% do Diamond Mall, shopping localizado na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, como forma de viabilizar a construção da arena. A obra foi orçada em R$ 410 milhões, sem contar o valor do terreno, fruto de doação.

A venda de parte do Diamond para a Multiplan, administradora de shoppings centers, renderá R$ 250 milhões ao clube, que investirá o valor na obra. Os outros R$ 160 milhões serão conseguidos por meio de naming rights (R$ 60 milhões da MRV Engenharia) e venda de cadeiras cativas (R$ 100 milhões, com 60% já garantidos pelo Banco BMG).

O terreno do estádio, no Bairro Califórnia, Região Noroeste de Belo Horizonte, foi orçado em R$ 50 milhões. Ele foi doado por Rubens Menin, dono da MRV e conselheiro do Atlético.

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