Atlético
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BOLADAS E BOTINADAS

A polêmica

postado em 20/02/2018 09:00


Uma coisa não entendi: se o primeiro gol do Atlético foi confirmado, por que não confirmar o do América? Aí, a arbitragem deu espaço para as cobranças feitas pela direção americana. O ângulo foi o mesmo, a dúvida foi a mesma. Então, como diria o personagem da Escolinha do Professor Raimundo: “Por que marcá-lo? Por que não marcá-lo?” O América reclama até agora – e com razão. Mas quando o Enderson Moreira afirma que o Atlético foi um time defensivo, erra o alvo. Afinal, jogar na defesa ou no ataque é prerrogativa de cada equipe. A regra permite. E se estava preparado para tal, deveria ter mantido o padrão de jogo durante os 90 minutos.

ATENÇÃO!
Se o América pretende fazer boa campanha em 2018, precisa entender que perdeu dois clássicos. As duas equipes mais difíceis complicaram a vida do Coelho. Os defeitos foram os mesmos: muita aplicação na defesa, mas pouca criatividade no meio-campo.  Luan e Rafael Moura precisavam voltar em busca da bola.

O SIMPLES
Tomás Andrade se destacou mesmo jogando poucos minutos. A razão foi ter feito o simples. Em vez de dominar a bola e tentar jogar sozinho, como faziam outros atacantes do Atlético, ele passou a bola para quem estava melhor colocado.  Não fez firula, não tentou ser o herói do jogo. Foi simplesmente eficiente. Claro, é preciso ver uma sequência de jogos dele para se ter uma exata noção da sua importância. Por ora, ele foi muito bem.

OFTALMO
Quem nos acompanha sabe das críticas que tenho feito à arbitragem do Campeonato Mineiro. Desde o começo observamos algumas falhas, principalmente dos bandeirinhas.

NA PAMPULHA
Segue o Cruzeiro fazendo boa campanha e mostrando que sua torcida tomou conta do Mineirão. Sempre com bom público, o time do Mano Menezes vai liderando o Estadual. Mais uma vez, Rafinha marcou. Atravessa uma fase espetacular e se tornou peça fundamental no grupo cruzeirense.

ERA UMA VEZ A PAZ...
Bahia e Vitória, que até então jogavam com torcida única, resolveram dar um belo exemplo ao país do futebol. Rotularam o jogo do domingo de ‘Clássico da Paz’. Seria uma festa maravilhosa. Pois bem, a pomba da paz saiu do estádio depenada. O pau comeu!

VERMELHO
Foram nove expulsões, tudo porque Vinícius, ao marcar o gol de empate, aprontou uma dancinha esquisita diante da torcida do Vitória. O goleiro Fernando Miguel não gostou e foi tirar satisfação. Daí por diante, a coisa se complicou. Houve cascudo, chute, rabo de arraia, voadora e uma exibição do Kanu que deve ter chamado a atenção do Dana White, o chefão do UFC. O zagueiro emplacou uma sequência de socos no adversário que só não acabou em nocaute porque havia mais gente na fila para bater. Foi um rodízio. Um espetáculo deprimente. Pegou muito mal. A comemoração do gol foi um erro, mas não justificaria a guerra campal.

AMADORISMO
Um dos problemas do nosso futebol é a falta de formação profissional. O cara pode ser bom de bola, mas nem sempre é preparado para atuar com a lisura necessária. Muita gente se perde quando marca um gol. As comemorações são bizarras, infantis e quase sempre carregadas de egoísmo. O jogador foge do abraço dos companheiros por preferir fazer uma dança, mandar um recado, fazer coraçãozinho. Alguns abrem mão até da camisa do clube que lhes paga os salários. Deixar de comemorar o gol com a sua torcida para provocar o adversário é um erro.

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