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CAMPEONATO MINEIRO

Em reencontro, Atlético e América medem forças pelo jogo de ida da semifinal do Mineiro

Uma semana depois de clássico pela primeira fase, que terminou empatado, Galo e Coelho voltam a se enfrentar, desta vez no mata-mata do estadual

postado em 02/08/2020 03:00 / atualizado em 02/08/2020 08:45

(Foto: Bruno Cantini/Atlético e Mourão Panda/América)
Uma semana depois do empate por 1 a 1, pela 10ª rodada do Campeonato Mineiro, Atlético e América medem forças novamente, desta vez pelo jogo de ida da semifinal, às 16h deste domingo, no Mineirão. O duelo de volta acontecerá na quarta-feira, às 21h30, no Independência.

A expectativa é que as equipes façam clássico movimentado devido ao poder de fogo demonstrado no decorrer da competição. Vice-líder da primeira fase, com 25 pontos, o Coelho marcou 19 gols em 11 jogos, enquanto o Galo, terceiro colocado, com 22, balançou a rede 20 vezes.

Mandante no Mineirão, o alvinegro aposta na evolução apresentada com o argentino Jorge Sampaoli, que deverá manter a formação da goleada por 4 a 0 sobre o Patrocinense. Na quarta-feira, o treinador escalou três atacantes: Savarino e Keno nos extremos e Marrony centralizado.

“É um ataque forte, leve. A gente pode levar vantagem nos contra-ataques. O Savarino é muito rápido, o Marrony se movimenta. Acho que o Atlético ficará forte nos contra-ataques”, opina Keno, contratado em 18 de junho ao Pyramids, do Egito, por R$ 12 milhões.

(Foto: Bruno Cantini/Agência Galo/Atlético)

Além da velocidade na frente, o Atlético tentará manter a supremacia na posse de bola, característica trabalhada por Sampaoli. No confronto anterior com o América, a equipe trocou 26 passes até o meia Nathan receber cruzamento de Marquinhos e desviar de cabeça para abrir o placar no Horto.

Depois de um primeiro tempo tranquilo, o Galo caiu de rendimento na etapa final, permitindo o crescimento do adversário, que anotou o gol de empate com o atacante Vitão. O zagueiro Réver ressaltou a necessidade de tirar lições do jogo da última semana e evitar a repetição de erros.

“(O América) é uma equipe compacta e forte nos contra-ataques. Temos que tomar cuidado nesses pontos positivos e usar os pontos negativos (do adversário) para sair com a classificação”.

Para este domingo, Sampaoli não terá o meio-campista Alan Franco, que entrou no lugar de Hyoran, no intervalo da partida contra o Patrocinense, e levou cartão vermelho direto aos 17 minutos do segundo tempo por atingir o volante Wisley com um pontapé.

(Foto: Divulgação/Mineirão)

No América, os principais trunfos contra o Atlético são a invencibilidade em 2020 (oito vitórias e seis empates em 14 jogos) e a possibilidade de avançar à decisão com dois empates ou vitória e derrota pela mesma diferença de gols.

Além disso, os jogadores titulares estão descansados, pois, à exceção do goleiro Airton, o técnico Lisca escalou os reservas na vitória por 3 a 0 sobre a URT, quarta-feira, no Zama Maciel, em Patos de Minas.

Entre os atletas poupados no meio de semana estão o lateral-direito Leandro Silva, o zagueiro Eduardo Bauermann, o lateral-esquerdo Sávio, os volantes Zé Ricardo e Juninho, o meia Alê e os atacantes Felipe Augusto e Ademir.

Principal articulador do América, o meia Alê, autor de três gols em 10 jogos no estadual, diz que a vantagem do empate precisa ser aplicada no “momento certo”.

“A gente sabe que tem a vantagem, mas precisamos levá-la no momento certo, e não é agora no primeiro jogo. Temos de entrar da mesma forma, com intensidade, padrão de jogo e personalidade. É saber usar a vantagem no momento certo”.

(Foto: Mourão Panda/América)

Apesar do perfil ofensivo das equipes, o camisa 11 prevê um jogo mais calculado no Mineirão. “Acho que será como jogo de xadrez, muito estudado. Mas, ao mesmo tempo, de qualidade. Tanto o América quanto o Atlético têm recursos técnicos”.

Lisca deve apostar em Léo Passos para substituir o atacante Rodolfo, artilheiro americano em 2020, com seis gols, que lesionou o joelho direito. Entretanto, o jovem Vitão, de 20 anos, pode ser a surpresa, pois ganhou prestígio por ter feito gols no empate com o Atlético e na vitória sobre a URT.

Na defesa, a tendência é que o treinador opte por Joseph no lugar de Lucas Kal, que se transferiu para o Nacional da Madeira, de Portugal, por determinação do São Paulo, dono de seus direitos econômicos. Messias, que retornou do Rio Ave, também de Portugal, está à disposição e corre por fora.

Números


Atlético e América farão neste domingo, de acordo com a contagem alvinegra, o clássico número 409. São 202 vitórias atleticanas e 104 americanas, além de 102 empates. O Galo marcou 713 gols, e o Coelho 506.

O retrospecto recente é amplamente favorável ao Atlético, que alcançou oito vitórias e três empates nos últimos 11 jogos. Já o América não leva a melhor desde a partida de ida da final do Mineiro de 2016, em 1º de maio, quando fez 2 a 1, no Independência.

Títulos


O Atlético persegue o 45º título do Campeonato Mineiro, do qual é o maior campeão. A última vez em que levantou o troféu foi na edição de 2017, em final contra o Cruzeiro. Já o América, campeão 16 vezes, ganhou recentemente em 2016, ao bater o Galo na decisão.

ATLÉTICO X AMÉRICA


ATLÉTICO
Rafael; Guga, Réver, Junior Alonso e Guilherme Arana; Allan, Nathan e Hyoran; Savarino, Keno e Marrony
Técnico: Jorge Sampaoli

AMÉRICA
Airton; Leandro Silva, Joseph (Messias), Eduardo Bauermann e Sávio; Zé Ricardo, Juninho e Alê; Ademir, Felipe Augusto (Matheusinho) e Léo Passos (Vitão)
Técnico: Lisca

Motivo: jogo de ida da semifinal do Campeonato Mineiro

Estádio: Mineirão

Data: domingo, 2 de agosto de 2020

Horário: 16h

Árbitro: Ronei Cândido Alves (FMF)

Assistentes: Marcus Vinícius Gomes e Felipe Alan Costa de Oliveira

Árbitro de vídeo: Emerson de Almeida Ferreira

Tags: americamg atleticomg futnacional Sampaoli Lisca