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Médico do Atlético explica lesão muscular incomum sofrida pelo armador Bernard

Jogador está em tratamento para cuidar de um trauma na panturrilha direita

postado em 22/02/2012 09:00 / atualizado em 21/02/2012 19:18

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Com todo esforço físico do futebol moderno, as lesões musculares costumam ser vilãs dos treinadores na hora de escalar as equipes durante as competições. A nova vítima desse tipo de avaria é o armador atleticano Bernard, que não deve ter condições de encarar o Guarani, às 16h, deste domingo, em Divinópolis, pelo Mineiro. Mas ao contrário da contusão habitual sofrida por grande parte dos jogadores, o meia do Galo se machucou de uma maneira atípica.

“A lesão pode acontecer de duas maneiras: a mais comum é uma lesão muscular por um mecanismo indireto, o que se vê no dia a dia. O jogador faz um movimento de alongamento do músculo, associado a uma contração, e ele acaba sentido aquela ‘famosa’ fisgada. Isso é uma lesão muscular típica”, explica o médico do Alvinegro, Rodrigo Lasmar, que aproveita para diferenciar a situação de Bernard.

“O outro tipo de lesão muscular pode ser causada por um trauma direto, uma pancada. No caso do Bernard foi uma disputa de bola com o Werley e ele sofreu um traumatismo direto, o músculo acaba rompendo algumas fibras por um trauma direto. É um mecanismo menos comum, mas também pode acontecer. Isso foi o que aconteceu no caso do Bernard. Ele está em tratamento para que esse músculo possa se recuperar. Portanto, é uma lesão mais atípica. Ela não responde igual a um estiramento habitual como nós esperamos. Tudo depende de diminuir esse edema para que ele possa começar o trabalho de fortalecimento muscular, para depois voltar ao campo”, afirmou.

O responsável pelo departamento médico não crê que o atleta possa atuar neste fim de semana. “É difícil. Vamos ver como ele vai responder. Temos alguns dias. A lesão pode evoluir bem, mas depende da resposta que ele apresentar”, concluiu.

Caso Romário

Paulo Whitaker REUTERS
Um exemplo clássico de lesão muscular na panturrilha é do ex-atacante Romário. Corriqueiramente, ele costumava interromper uma arrancada e levar a mão ao local. Esse tipo de contusão o afastou da Copa do Mundo de 1998, na França. Na ocasião, ele disse que teria como jogar, mas acabou cortado. Émerson foi convocado em seu lugar. O tipo de trauma apresentado pelo 'Baixinho' é o mais comum entre os jogadores.

Até a classificação do estiramento é diferente nas duas situações. "Lesão de grau um, dois ou três são causadas pelo mecanismo mais comum, de trauma indireto (Bernard). Como se trata de trauma direto, o tempo da recuperação depende apenas da reabilitação da musculatura”, finalizou Lasmar.

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