Encerrado o festival de cinema, Marrakesh abre os braços para o Mundial de Clubes

Rodrigo Fonseca
Enviado especial ao Marrocos

Marrakesh não para. E não é somente nas idas e vindas de milhares de pessoas nos labirintos da Medina, cidade velha construída pelos muçulmanos na Idade Média. Terminado o Festival Internacional de Cinema, cujo ganhador da Estrela de Ouro foi o filme Han Gong-Ju, do sul-coreano Lee Su-Jin, é hora das atenções se voltarem para o futebol.

Pólo turístico do país, a cidade é uma das sedes do Mundial de Clubes da Fifa, que começa nesta quarta-feira em Agadir, no litoral marroquino, e tem o Atlético, campeão da Copa Libertadores, como representante da América do Sul.

Em Marrakesh, os jogos começam somente em 18 de dezembro, dia da estreia do Galo, contra Raja Casablanca, Auckland City ou Monterrey. Aos poucos, o clima de Mundial vai ganhando a cidade.

Ruas e avenidas estão enfeitadas com cartazes do torneio. No aeroporto, além de comprar ingressos em uma banca oficial da Fifa, o torcedor pode pegar informações sobre a competição. Ao mesmo tempo, toda a estrutura do Festival de Cinema vai sendo desmontada, como no Palais des Congres, que, junto com praças e teatros, foi o ponto de exibição e premiação dos filmes.

Atleticanos em peso

A expectativa é que o Mundial de Clubes supere o sucesso da festa da sétima arte. “Temos muitas reservas, que variam de 3 a 10 dias. E muitos são brasileiros. Nos próximos dias, a movimentação nos hotéis vai ficar mais intensa ”, disse Abdellah Daoudi, recepcionista de um grande hotel de Marrakesh.

O Comitê Organizador do Mundial informou na semana passada que cerca de 10 mil ingressos foram vendidos para brasileiros, líderes na compra das entradas. No ponto de vendas do aeroporto, o balconista disse que restam aproximadamente 8 mil bilhetes para o primeiro jogo do Atlético e menos de 2 mil para a decisão do dia 21.