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MUNDIAL DE CLUBES

Futebol abre as portas da Medina para os torcedores do Atlético em Marrakesh

Marroquinos não escondem admiração pelo Brasil e seus ídolos no esporte

postado em 11/12/2013 09:00 / atualizado em 10/12/2013 19:59

Alexandre Gusanche/EM DA PRESS

Rodrigo Fonseca

Enviado especial ao Marrocos

É só entrar no Souk (mercado) da Medina de Marrakesh, a cidade velha erguida entre muros na Idade Média, e você será cercado por comerciantes apresentando seus produtos mais variados. Se você não fala árabe e francês, fica perdido em meio a tanta oferta. Mas basta falar algumas palavras em português e surge um, dois, três e mais marroquinos perguntando: “Brasileiros?”. “Ronaldinho, Ronaldo, Pelé!”, exclamam.

Logo aparece alguém “hablando español” ou inglês para facilitar a comunicação. Por alguns minutos, eles esquecem da venda de suas iguarias e artesanatos para questionar mais sobre o futebol brasileiro. O Atlético é lembrado: “Mundial! Mineiro aqui”, diz um.

Tanta simpatia tem um propósito: vender. Não demora e o lado comerciante volta a falar mais alto. Oferecem de tudo: temperos e essências que perfumam as ruas, trajes e sapatos típicos, réplicas de roupas e calçados de marca, comidas e bebidas e todo tipo de souvenirs. A negociação é insistente. Um marroquino chega a pedir uma camisa da Seleção Brasileira como moeda de troca.

Artigos esportivos piratas também são encontrados. Apesar de tanta paixão pelo futebol brasileiro, a única referência encontrada nas lojas é a camisa do Barcelona de Neymar. Já uniformes de variados clubes europeus estão por todos os lados. “Não tenho mais do Ronaldinho. Vendia na época do Barcelona e do Milan”, explica o vendedor.

Serpentes, micos e falcões

O coração da Medina é a praça Jemaa el-Fna. De um lado estão os labirintos lotados de comerciantes. Do outro os olhos se voltam para a Mesquita. Em meio a tudo isso, um trânsito peculiar, no qual carros, charretes e carroças, motocicletas e bicicletas, animais e pessoas disputam um espaço.

Na praça não faltam atrações. Ao som de suas flautas, encantadores de serpentes atraem dezenas de pessoas. Frente a frente com a serpente, um falcão. Se encaram, mas a música parece acalmar os “ânimos”. Tudo de graça, mas apenas para ver. Arrisque tirar uma única foto e logo será cercado pelos “vigias”, que cobram 10 dirhans por foto, cerca de R$ 3.

Adestradores de micos também fazem seu show. Tatuadoras de henna e vendedores de suco de laranja, considerado o mais barato do mundo - aproximadamente R$ 1 o copo, também estão por todos os lados. Tudo isso em um cenário barulhento, colorido, mas sedutor que aguarda nos próximos dias a chegada de milhares de atleticanos para apoiarem o Atlético no Mundial de Clubes.

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