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Levir brinca com fama de "burro com sorte" e vê comportamento bipolar do Atlético no jogo

Técnico gostou do primeiro tempo, mas reconheceu queda na parte final

postado em 03/08/2014 21:05 / atualizado em 04/08/2014 09:57

Luiz Martini /Superesportes

Bruno Cantini/Atlético

O técnico Levir Culpi pode guardar uma história caso queira lançar uma segunda edição de seu livro: “Um burro com sorte”. Neste domingo, o treinador viu situações distintas do Galo diante do Atlético-PR e a vitória por 3 a 1 nasceu com dois gols contra do adversário. Para o comandante, o Alvinegro tem comportamento bipolar em determinados momentos de sua história.

“Numa situação como hoje, é difícil. Brincamos no vestiário que fui um “burro com sorte”. Poderíamos ter feito cinco no primeiro tempo, e a bola não entrou. Bolas na trave e os jogadores fazendo tudo certo. No segundo tempo foi pressão psicológica. É a quarta vez que estou aqui e fui chamado de burro em todas. Mas posso dizer que o Atlético é bipolar. Horas de muita emoção e outras de depressão. Se vencermos o jogo de quarta-feira, o Atlético pode assumir a quinta posição. Confio no grupo, mas reconheço que não temos instabilidade no tempo inteiro”, disse.

A torcida atleticana também vaiou o lateral-esquerdo Emerson Conceição em parte do segundo tempo, principalmente depois que o time sofreu o empate. O técnico confirmou que o jogador continuará disputando posição com Pedro Botelho, seu reserva imediato. Levir disse que entende as cobranças sobre ele e os jogadores, mas pediu apoio das arquibancadas para evitar que a pressão psicológica sobre o grupo seja prejudicial.

“O fato de fazer o time jogar com a torcida jogando para cima, aconteceu no primeiro tempo. Eu também sou torcedor e entendo perfeitamente. Torço para a Seleção, por exemplo, e falo que um deveria sair e outro entrar. Mas a pressão negativa não ajuda a gente. O jogador tem que ter muita personalidade e ser de caráter forte para vencer. A parte emocional foi contra a gente, mas a pressão é meio irracional, mas posso entender. Cada um vê da sua maneira e sobra para o técnico”, destacou.

A mudança de azar no primeiro tempo e sorte no segundo também foi alvo dos comentários do técnico. O Galo poderia ter construído grande vantagem nos primeiros 45 minutos, mas foi para o vestiário com a vantagem mínima. Quando não conseguiu encaixar bem as jogadas na parte final, foi premiado com dois gols contra do Atlético-PR.

“É por isso que é o esporte mais disputado no momento. Existe uma lógica, mas durante o jogo são centenas de decisões que mudam. Colocamos duas bolas na trave. Tivemos azar no primeiro tempo. Se saíssemos com quatro gols, a parte emocional seria diferente. A situação se inverte completamente, ainda mais com a torcida do Atlético, que é passional”, completou.

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