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Reforço na arquibancada e no caixa

Diretoria do Galo pretende incrementar o programa de sócio-torcedor para aumentar adesão e assegurar receitas maiores em 2015. Objetivo é chegar a 100 mil associados em dois anos

postado em 31/12/2014 08:42 / atualizado em 20/02/2015 14:22

Rodrigo Fonseca /Superesportes , Roger Dias /Estado de Minas

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press

Criado em abril de 2012 na gestão de Alexandre Kalil, o programa Galo na Veia será um dos pilares do Atlético para captar recursos na próxima temporada. O clube estuda ações para ampliar a iniciativa e torná-la mais acessível ao torcedor, com a criação de outras modalidades de adesão e novos benefícios para os assinantes. O desejo da diretoria é de que em 2017, quando se encerra o mandato do presidente Daniel Nepomuceno, o alvinegro tenha 100 mil sócios.

O número de sócios do alvinegro ultrapassou a casa de 35 mil este mês e o programa já rende aos cofres do clube cerca de R$ 2 milhões por mês. São duas categorias: o Black (com direito a ingresso) e o Prata (preferência na aquisição dos bilhetes e desconto na compra de alimentos e cervejas em supermercados). Outras ideias estão na pauta da diretoria atleticana, como possibilidade de visitar os clubes de lazer do Galo e comprar as camisas oficiais a preços mais baratos.

“Temos o Black e o Prata, mas podemos fazer um intermediário. Não podemos ficar somente na questão de ingresso, é preciso pensar em franquias do clube, na TV Galo, nos clubes de lazer do Atlético, pois o patrimônio precisa ser instrumento na participação do sócio-torcedor. Temos que definir o melhor modelo para a torcida, pois cada torcida tem um perfil. Em Minas, por exemplo, temos uma concentração muito forte de torcedores na Região Metropolitana de BH e, depois, você vai perdendo força a cada quilômetro”, ressalta Daniel Nepomuceno, que assumiu a presidência do Galo há menos de um mês.

Ele não descarta a possibilidade de reajuste nas mensalidades do programa, principalmente devido às dificuldades financeiras vividas pelo Atlético atualmente: “À frente de um clube como um orçamento altíssimo, você tem de enxergar a realidade. Precisamos tomar muito cuidado para não errar, seja na montagem do grupo, no preço de ingressos ou na mensalidade do sócio-torcedor. Os clubes brasileiros precisam conversar mais entre si, pois as dificuldades não são só do Atlético, são do futebol brasileiro”.

Na decisão da Recopa diante do Lanús, em julho, os sócios externaram a insatisfação, depois de serem alocados à esquerda das cabines de rádio do Mineirão, setor que não seria condizente com o alto valor cobrado na modalidade Black. O então presidente alvinegro, Alexandre Kalil, cogitou acabar com o programa, mas depois desistiu. No Independência, o setor especial Ismênia é reservado para os mensalistas, contudo, desde julho o clube vem comercializando ingressos a R$ 100 para minimizar os espaços vazios gerados pela queda de sócios.

No Brasil, o Internacional é o único que passou dos 100 mil sócios. A seguir vem Grêmio (80 mil), Cruzeiro (67 mil), Corinthians e Palmeiras (ambos na casa dos 64 mil). O Galo aparece na nona posição. “O Inter já conseguiu solidificar um modelo e se encontra na segunda etapa. Agora, ele começa a buscar receita com esse modelo. O torcedor do Inter entendeu o que é melhor para ele, o modelo de sócio que o atende melhor”, afirma Nepomuceno.

ARMADOR Em relação à equipe, o Atlético continua buscando um armador para fechar o grupo e o nome de Cárdenas, do Nacional de Medellín, permanece forte nos bastidores. Seus direitos econômicos estão fixados em R$ 10 milhões, mas o Galo tem a concorrência de Palmeiras e Tigres, do México. Os colombianos afirmam ainda não ter recebido proposta oficial do alvinegro pelo jogador de 25 anos.

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