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Dificuldade na reposição: presidente resiste a propostas por Pratto, que projeta ficar no Galo

Atacante foi alvo do futebol espanhol e segue na mira do milionário mercado chinês

postado em 02/02/2016 17:59 / atualizado em 02/02/2016 18:44

Bruno Cantini/ Atlético
De um lado, propostas milionárias pelo principal atacante do time. Do outro, a resistência do Atlético, apoiada, principalmente, na falta de opções à altura e que sejam viáveis no mercado. Um verdadeiro “cabo de guerra” que tem no centro Lucas Pratto, feliz no Galo, mas que deixa o futuro nas mãos dos dirigentes alvinegros.

“Meu posicionamento é de disputar (com os interessados a permanência do jogador)”, garante Daniel Nepomuceno, presidente do Atlético.

Depois da saída de Jemerson, vendido ao Monaco por aproximadamente 11 milhões de euros, o argentino é o principal alvo do mercado internacional. As principais janelas de transferências na Europa já fecharam. O Atlético disse não ao Celta de Vigo, da Espanha, que ofereceu cerca de 10 milhões de euros.

Agora, o milionário futebol chinês avança sobre Lucas Pratto. A primeira oferta, superior a 10 milhões de euros, também foi recusada. “A proposta (do futebol chinês) foi dura de recusar”, diz o presidente atleticano.

O que leva Daniel Nepomuceno a descartar os milhões de euros é o mercado do futebol. Encontrar um atacante do mesmo nível e financeiramente viável não será fácil.

“Não adianta vender por valores absurdos e não repor. A gente tenta planejar nesse sentido. Você pensa: quem eu vou trazer? A janela lá (China) só fecha no dia 26. Ele está feliz aqui, gosta da torcida e isso é o mais importante”, ressalta Nepomuceno. “Conversei com ele. É um jogador que gosta do Atlético, está apalavrado e quer continuar”, reforça.

A nova fornecedora de material esportivo do clube, a canadense Dry World, pode ser parceira para a manutenção do jogador no time.

Melhor para o Galo

Lucas Pratto confirma: está feliz no Atlético. O argentino revela que avaliou com Daniel Nepomuceno a proposta do Celta de Vigo. O assédio chinês é a nova ameaça.

“Conversamos, sobretudo da proposta da Espanha. O presidente me disse que queria que eu ficasse. Eu falei que o ele decidisse estava bom. Combinamos que, se chegar uma outra proposta, ele vai olhar o que é melhor para o time. Ele sabe que estou feliz no Galo, que estou bem. Sabe também o que é melhor para o clube. Sabia que, talvez, era melhor para o clube negociar o Jemerson, um jogador mais novo, que poderia render um pouco mais de dinheiro”, diz Pratto, em entrevista ao Superesportes.

O atacante de 27 anos está no oitavo clube da carreira. Até chegar ao Vélez Sarsfield, o argentino teve passagens curtas por Boca Juniors (ARG), Tigre (ARG), Lyn (NOR), Unión de Santa Fé (ARG), Universidad Católica (CHI) e Genoa (ITA).

No Vélez Sarsfield ficou três temporadas. A sequência resultou no melhor momento da carreira. Lucas Pratto espera, agora, seguir no Atlético e alcançar novas conquistas.

“Joguei três anos no Velez, que foi o time que mais tempo joguei. Cada ano que passava, me sentia mais à vontade. A sequência é importante para o jogador, um primeiro ano de tranquilidade e adaptação. Cada ano que passa, o jogador consegue mais regularidade, jogar melhor, ficar mais à vontade”, projeta.

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