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Aguirre analisa sofrimento, estreias no Atlético e gritos de burro: "90% da torcida nos apoiou"

Técnico do Galo minimizou vaias e exaltou atitude da torcida alvinegra no duelo

postado em 25/02/2016 00:46 / atualizado em 25/02/2016 02:41

Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
A torcida esperava mais. Na estreia do Atlético em casa na Copa Libertadores, o time comandado por Diego Aguirre perdeu grandes chances no começo, mas passou por sustos na etapa final. Quem queria voltar para casa comemorando uma goleada se satisfez com 'pouco'. A vitória por 1 a 0 sobre o Independiente del Valle não representou o que foi criado pelo time alvinegro no Independência, lotado de torcedores entusiasmados com as estreias de Robinho e Cazares pelo Galo.

O técnico alvinegro fez questão de salientar que não esperava jogo fácil contra os equatorianos, mas acredita que o triunfo foi merecido. "Criamos mais chances. Tivemos bons momentos e não concretizamos as oportunidades para matar o jogo. Ficamos um pouco nervosos, porque um gol de diferença pode complicar. Eu já imaginava o sofrimento. Estou no futebol há muito tempo, com muitas Libertadores jogando e como treinador, não me lembro de jogo fácil. Isso não vai acontecer, porque todos os times estão fortes, têm jogadores que jogam por suas seleções. O futebol equatoriano lidera as Eliminatórias. A Seleção do Equador é a mais forte do continente atualmente. Para fazer uma diferença tão grande tem que acontecer algumas situações", disse o treinador.

Aguirre também analisou a estreia de Robinho pelo Atlético. "Sobre Robinho, a ideia era que ele entrasse no segundo tempo. Havia muita euforia e, às vezes, as coisas não são boas. É o segundo jogo na Libertadores, segunda vitória. Claro que temos que melhorar. A intenção foi colocá-lo para aproveitar sua qualidade e tentar matar o jogo. Temos que continuar trabalhando para melhorar. Tivemos coisas boas, mas também erros que não podem acontecer. Pensando num torneio como a Libertadores, você enfrenta os melhores times do continente", completou.

A entrada de Robinho em campo foi um ponto positivo e negativo ao mesmo tempo. Enquanto o 'rei das pedaladas' pisava no gramado, o equatoriano Cazares deixava o jogo no Independência. O torcedor reclamou muito da substituição e alguns chegaram a entoar o coro de burro. Aguirre explicou a mexida e disse que as críticas vieram da minoria.

"Já havia falado com o Cazares, ele já não jogava há mais de três meses um jogo oficial. Gostei muito dele, teve uma grande atuação, foi espetacular. Não aguentava jogar os 90 minutos. Pedi para ele ir ao máximo. A ideia era que ele não jogasse os 90 minutos. O importante é que ele mostrou que será muito útil", respondeu, minimizando os protestos de parte da torcida.

"Não ouvi os gritos de burro no jogo. No campo, é o meu trabalho. Vamos ver o que acontece pela frente. Estou contente pelo que os jogadores deram, com muito espírito, muita entrega. Poderíamos marcar algum outro gol, o jogo acabar 3 a 0 e não estaríamos falando de vaias. Estou tranquilo, com muita confiança nos jogadores. Gostei da torcida, como nos recebeu, nos aplaudiu. A torcida foi espetacular. Estamos juntos com os jogadores, comissão, e a torcida faz parte da família Atlético Mineiro. Não vamos falar dessa parte da torcida, vamos falar da maioria. Noventa por cento da torcida lotou o estádio, nos apoiou e vai continuar nos apoiando", concluiu.

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