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Ex-zagueiro de Galo e Racing, Galván diz estar com coração dividido em duelo na Libertadores

Galván relembrou com carinho passagens por clube argentino e brasileiro

postado em 22/04/2016 18:00 / atualizado em 24/04/2016 16:36

REPRODUÇÃO / INTERNET
O encontro entre Atlético e Racing, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, será especial para o ex-jogador e hoje técnico Carlos Galván, que nutre forte sentimento pelos dois clubes. O ex-zagueiro cresceu envergando a camisa da Academia, seu time de coração. Chegou ao Cilindro aos 8 anos e ficou até os 26, quando foi vendido ao Galo. Em Minas Gerais, defendeu o time alvinegro em 1999. Tempo curto, mas suficiente para criar uma identificação. Ainda hoje é lembrado pelos torcedores por causa da raça e do espírito aguerrido em campo.

Galván, que hoje dirige o Comerciantes Unidos, do Peru, conversou com o Superesportes por telefone nesta sexta-feira. Em meia hora, relembrou os tempos de jogador, explicou o laço que o une a Racing e Atlético e, em tom político, disse que ficará com “o coração dividido, na torcida para que ganhe o melhor”. “É muito difícil dizer para quem vou torcer. Fico dividido porque são clubes que amo. Serei grato sempre ao Racing e ao Atlético pela oportunidade que me deram. Por isso, não tem como escolher um time”.

EM DA PRESS
Para Galván, o resultado da primeira partida será determinante na eliminatória. O jogo de ida está marcado para a próxima quarta-feira, dia 27, às 19h30, na Argentina, no Cilindro. A volta será em Belo Horizonte, no dia 4 de maio, às 21h45, ainda sem estádio definido. “Vai ser um confronto difícil para os dois. Vejo os dois times muito parelhos”, disse. “O Racing é forte, experiente; os jogadores estão juntos há três anos, têm entrosamento. O Atlético tem que marcar forte e tomar cuidado com o contra-ataque deles que é muito forte. Penso que o placar desse primeiro jogo será importante para se conhecer o classificado. Quem sair na frente vai ter mais força na última partida”, acrescentou.

Galván destacou a pressão da torcida do Racing, conhecida como uma das mais fanáticas da Argentina. O Estádio Juan Domingo Perón (El Cilindro) tem capacidade para cerca de 50 mil pessoas e deverá ter lotação máxima. “É um estádio lindo. Ele é grande e cria uma atmosfera incrível. Vai estar com capacidade máxima, com torcida gritando, fazendo barulho o tempo todo. Os jogadores sentem na pele”, contou.

EM DA PRESS
O ex-zagueiro fala com carinho de Racing e Atlético. Ele cresceu pelas ruas da cidade de Avellaneda, na Argentina, sustentando o amor ao clube de coração. Torcedor do Racing desde a infância, Galvan chegou ao Cilindro aos 8 anos. Subiu ao profissional em 1992. Fez parte do grupo que chegou à semifinal da Copa Libertadores de 1997, sendo eliminado pelo Sporting Cristal. “Respeito muito o Racing. Sempre serei agradecido pelo que o clube fez por mim. Passei 14 anos da minha vida lá dentro. O Racing faz parte da minha história”, disse.

Depois de se destacar na equipe argentina, Galván foi vendido ao Atlético em 1999. Em pouco tempo, conquistou a confiança da torcida e virou titular absoluto do time que foi vice-campeão brasileiro. No Galo, fez 57 jogos e marcou 3 gols. “As lembranças são boas. Tenho uma filha, a Ingra, de 15 anos, que é mineira. Ela nasceu em Belo Horizonte. Foi uma passagem muito rica, fizemos amigos na cidade, os torcedores me tratavam muito bem. Também sou muito grato ao Atlético”, relembrou o treinador, que sonha em voltar ao Galo agora para dirigir o time.

“Eu quero voltar e ficar mais tempo em Belo Horizonte. Quero visitar o CT do Atlético, que foi construído e dizem que ficou muito bonito. É uma visita, mas quero voltar um dia para ficar. Futuramente, quero dirigir no Brasil, e lógico o Galo é um grande objetivo. Mas não é nada para agora. Não quero queimar etapas, quero adquirir capacidade e ir caminhando aos poucos”, destacou o ex-jogador do Galo.

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