No clube catarinense, Clayton atuou principalmente na ponta esquerda. Por vezes, ele foi aproveitado também na direita e até mesmo mais adiantado, como centroavante.
No Atlético, a posição em campo não muda muito e o jogador atua pelo lado direito. As obrigações defensivas do jogador, no entanto, são mais evidentes (veja a comparação no mapa de calor abaixo).
Também pelas pontas, Clayton entrou e saiu do time ao longo da temporada. Titular nos últimos quatro jogos da equipe, o atacante de apenas 20 anos vive o melhor momento desde que chegou a Belo Horizonte. E a melhora de produção individual coincide justamente com a arrancada do time no Campeonato Brasileiro - são quatro vitórias nas quatro últimas partidas.
Defensivamente, o Atlético tem sofrido menos pelo lado direito com Clayton de titular. Dos 19 gols sofridos pela equipe na competição, nove foram concluídos ou iniciados no setor. Apenas um deles ocorreu nos últimos quatro jogos - e o atacante nem estava em campo.
Peça importante na recuperação do Atlético no campeonato, Marcos Rocha recebeu críticas no início da competição devido ao desempenho defensivo da equipe pelo lado direito. Com Clayton em campo, o jogador admitiu o fortalecimento do setor.
“Clayton vem numa crescente muito boa, tem tudo para melhorar ainda mais. Sempre tento orientá-lo em campo para ele não sofrer com a marcação e poder aproveitar seu potencial. Ele está me ajudando muito, tenho certeza de que essa parceria tem tudo para dar certo no clube”, disse.
Evolução como goleador
Eficiente na defesa, Clayton ainda busca melhoras no desempenho ofensivo. No esquema armado por Marcelo Oliveira, ele alterna entre as posições de meia e atacante, com a equipe variando entre o 4-2-3-1 e o 4-3-3. Apesar de o Atlético ser o segundo time que mais marcou gols no campeonato (21), Clayton ainda não balançou as redes e deu apenas uma assistência nos nove jogos que disputou.
Na temporada passada, pelo Figueirense, o atacante marcou sete vezes e distribuiu seis passes decisivos em 29 partidas.
Em média, o número de finalizações desta temporada (1,55 por jogo) é superior em relação a 2015 (1,48). O atacante, no entanto, apresentou mais precisão nos chutes no ano passado que neste ano.
Para os próximos jogos, um dos objetivos de Marcelo Oliveira é justamente ajudar Clayton a crescer ofensivamente.
“Ele é um jogador importante, tem sido tático, voltado para marcar lateral. Volta por dentro quando a bola está no setor invertido. Ele ainda não encaixou jogadas que eu vi ele fazer pelo Figueirense, diagonais que chegavam na cara do gol - e ele fez vários gols. Ele ainda está crescendo. Isso é normal. É o período de adaptação de um jogador jovem e que tem esse peso de jogar num time da grandeza do Atlético e com necessidade de resultado. Ele tem treinado muito bem e pode crescer mais ainda nos jogos”, analisou o treinador.
A próxima chance de Clayton melhorar o rendimento ofensivo será justamente contra seu ex-clube. O Atlético enfrenta o Figueirense neste domingo, às 19h, no Orlando Scarpelli, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro.
*Todos os dados utilizados foram coletados pelo Footstats