
Nota editada às 23h35
As confusões envolvendo a rivalidade entre Cruzeiro e Atlético parecem não ter ficado restristas às brigas fora do Mineirão, que recebeu o clássico deste domingo, válido pela 26ª rodada do Campeonato Brasileiro e que terminou empatado em 1 a 1. De acordo com o diretor jurídico do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha, membros da comissão técnica alvinegra foram agredidos por torcedores celestes na saída dos camarotes.
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Segundo uma fonte do Atlético, o observador técnico Bernardo Motta deixava o camarote na companhia de um segurança do clube, quando dezenas de torcedores do Cruzeiro passaram a ofendê-lo. Um deles o agrediu com um soco nas costas e um chute. O integrante da comissão e o segurança ainda foram atingidos por cusparadas e copos plásticos com cerveja.
Nenhum boletim de ocorrência foi registrado na delegacia do Mineirão sobre o incidente.
O diretor jurídico alvinegro aproveitou para criticar a organização da partida, alegando que os erros na prevenção de incidentes começaram bem antes do início do clássico: "É inaceitável uma segurança reforçada como a do Mineirão dar mais ênfase em tirar o torcedor do que evitar esses acontecimentos. Começaram arrumando um jeitinho de limitar a torcida do Atletico e tiraram 5%, violando o regulamento, mas isso nosso departamento jurídico vai resolver futuramente".
Lásaro se referiu à decisão do Cruzeiro, mandante do clássico, de ceder apenas 3.500 ingressos à torcida do Atlético. Pelo Regulamento Geral de Competiões da CBF, o clube visitante tem direito a 10% da carga total de bilhetes, que, para esse duelo, foi de 60 mil.