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Técnico do Atlético se contenta com pontos fora e critica arbitragem: "O futebol é reflexo do país"

Marcelo avalia que empate com Corinthians foi satisfatório pelas circunstâncias

postado em 05/10/2016 23:43 / atualizado em 06/10/2016 01:02

Bruno Cantini/Atlético

Depois de vencer a Ponte Preta em Campinas, o Atlético empatou com o Corinthians em Itaquera. O ponto somado na noite desta quarta-feira serviu para que o técnico Marcelo Oliveira amenizasse a lamentação pela possibilidade de ver o Galo se distanciar do líder Palmeiras. No domingo, o time alviverde enfrentará o lanterna América, em Londrina, reduto tradicional de clubes paulistas.

“Tem dois lados. O primeiro é que, em relação à classificação, não é tão bom. Mas saímos para dois jogos muito difíceis. Nesses dois jogos, contra Ponte Preta e Corinthians, fizemos quatro pontos. Foram 66% de aproveitamento fora de casa. O aproveitamento é bom. Lamentamos porque os três pontos nos deixariam em situação melhor. Mas acredito que haverá tropeços para os outros times”, analisou o treinador.

Marcelo Oliveira ressaltou que o Atlético encontrou mais dificuldades a partir dos 33 minutos do segundo tempo, quando o volante Leandro Donizete foi expulso. A arbitragem do paranaense Rodolpho Toski Marques foi motivo de muita reclamação do treinador atleticano, que se queixou dos critérios adotados para advertir os jogadores. Além de Donizete, apenas Lucas Cândido, também do Galo, recebeu cartão.

“Eu gostaria de frisar que a reclamação vem de todos os lados. Não penso em arbitragem tendenciosa. Espero que não seja, apesar de estarmos no Brasil. O futebol é reflexo do país. E o que se vê é muita corrupção, pessoas presas a todo momento. Precisamos nos preparar mais. No futebol, todos são profissionais. Os clubes investem muito, para terem uma arbitragem inadequada. Neste momento, acho que deveriam colocar árbitros mais experientes. Existe pressão de fora. O adversário também busca a vitória. Acho que ele se confundiu. Mas não acredito em tendência. Acredito em despreparo”, analisou Marcelo.

Gol anulado do Corinthians

O técnico do Galo foi questionado sobre o gol anulado do Corinthians ainda no primeiro tempo. No lance invalidado, Marquinhos Gabriel fez a jogada pela ponta direita e cruzou para a pequena área. A bola passou sobre Victor, e Gustavo cabeceou para as redes em disputa com Gabriel. Porém, o árbitro assinalou falta do atacante corintiano no zagueiro atleticano.

“Vamos ver o lance direito. O Gabriel ia tirar a bola, estava firme e levou uma entrada por trás. O jogador do Corinthians poderia até receber cartão amarelo. O critério de cartão amarelo foi ridículo. Foi um árbitro inexperiente para uma partida dessa grandeza. Mudaram os critérios. Tem um sábio que controla isso, nem sei quem é. Às vezes, grandes clássico serão decididos com árbitros inexperientes”, acrescentou.

Desfalques também são alvo de queixa

Além de se queixar da arbitragem, Marcelo Oliveira protestou contra o volume de desfalques do Atlético. As convocações para as Eliminatórias Sul-Americanas tiraram cinco jogadores do Galo. Erazo e Cazares foram chamados para a Seleção Equatoriana. Lucas Pratto defenderá a Argentina mais uma vez. Rómulo Otero está na lista de convocados da Venezuela. E Rafael Carioca foi o escolhido pelo técnico da Seleção Brasileira, Tite, para substituir Casemiro, que se lesionou.

O treinador do Galo ressaltou que a equipe teria melhores condições de buscar a vitória em Itaquera caso não estivesse tão desfalcada. “Eu teria mais opções e condição de escalar o time que participou mais nas últimas partidas. Lamento que o tratamento não seja igual para todos. Não conseguimos mudar a data da partida. E isso fez diferença, pelo fato de termos cinco fora. Mas, isso deveria ser uma coisa sacramentada antes de começar a temporada. No Brasil, as coisas são diferentes. Por isso, se machuca tanto e os jogos não são regulares”, destacou.

Chances desperdiçadas por Hyuri

Sem Pratto, Cazares e Otero, Marcelo Oliveira ainda perdeu Maicosuel por lesão. Assim, Hyuri foi o escolhido para completar o quarteto ofensivo com Clayton, Robinho e Fred. O camisa 17 desperdiçou duas chances claras para abrir o placar no primeiro tempo.

“Sobre a questão do Hyuri, é um atleta muito dedicado, que está treinando bem. O treino me ajuda a escalar, não só jogos. Senão, não incentivaria atleta a treinar com toda a entrega. Pensávamos que teríamos contra-ataque, e aconteceu. Eles não foram felizes no momento de encaminhar a vitória. Aconteceu como prevíamos. Mas ele (Hyuri) ajudou muito taticamente. Os laterais do Corinthians avançam muito. Deixei o Robinho mais livre por dentro. Acho que a saída do Donizete atrapalhou, porque tivemos de defender o resto do jogo”, analisou Marcelo Oliveira.

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