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Carioca mostra indiferença quanto à saída de Marcelo do Galo e critica desorganização do time

Volante diz que equipe só teve organização sob o comando de Diego Aguirre

postado em 25/11/2016 12:41 / atualizado em 25/11/2016 14:16

Edésio Ferreira/EM/D.A Press
Rafael Carioca não poupou palavras ao comentar a saída de Marcelo Oliveira do Atlético. Indiferença, desorganização, desequilíbrio foram expressões usadas pelo volante. O treinador foi demitido do clube na quinta-feira, um dia depois da dura derrota por 3 a 1 para o Grêmio, no Mineirão, pela partida de ida da final da Copa do Brasil.

Em entrevista coletiva, o meio-campista não lamentou nem aprovou a troca de comando. Mostrou indiferença, elogiando a escolha de Diogo Giacomini, treinador do time júnior, para comandar o Galo nos três jogos restantes do ano.

“O Diogo tem muita qualidade, já trabalhei ano passado com ele. A saída do Marcelo é indiferente. A gente sabe da importância desses três jogos. O presidente pediu para termos força. O tapa que tomamos na quarta doeu e dói até agora. Perdemos jogando mal”, disse.

Carioca foi questionado sobre a sua queda de produção na equipe. Para ele, a desorganização do time refletiu no rendimento individual: de convocado para a Seleção Brasileira a reserva com Marcelo Oliveira.

“Alguém pensou, né... É difícil vir aqui falar dessas coisas. Mas quando pegamos um time desorganizado, a gente corre e nada será feito de qualidade. Quando tem um time organizado, ninguém cansa muito, você corta caminho. Não pude fazer o que fiz o ano passado porque a equipe não encaixou. Quando se tem um time organizado, todos se sobressaem.”

Enaltecido por peças ofensivas de qualidade e pelos números de gols marcados, o Galo também foi alvo de críticas pelo excesso de gols sofridos. O desequilíbrio da equipe, de acordo com Rafael Carioca, só não existiu este ano sob o comando de Diego Aguirre, treinador uruguaio que deixou o Atlético depois da eliminação na Copa Libertadores, para o São Paulo.

“Uma equipe que faz muitos gols e sofre muitos é desequilibrada. Foi o ano todo assim, a não ser quando o Aguirre estava aqui, pois a gente tinha uma compactação maior. O Marcelo, infelizmente, não conseguiu detectar o que estava acontecendo. Quem deveria detectar era ele. Ele era o treinador. O Diogo tem competência e mostrou o ano passado. Mesmo perdendo, jogamos contra o Grêmio e vencemos a Chapecoense. É ter força de vontade. Momento difícil e ninguém gosta de viver, mas é normal no futebol.”

Agora, com a saída de Marcelo Oliveira, Carioca sabe que a responsabilidade sobre o que vai acontecer nas duas rodadas finais do Campeonato Brasileiro (São Paulo e Chapecoense) e na finalíssima da Copa do Brasil será toda dos atletas e da diretoria.

“Principalmente para nós jogadores, pois foi montado um elenco para buscar título e terminar sem nada é difícil. Começando agora contra o São Paulo, é ter a consciência que é preciso melhor. Na quarta-feira, vamos entrar com sangue nos olhos. Ninguém é imbatível, mas tem de perder com dignidade. Vamos tirar um pouco de força a mais. Nesses três jogos temos de dar a vida e mostrar tudo o que não fizemos durante o ano.”

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