“Tenho objetivo de ganhar títulos, tentar disputar uma Copa do Mundo. Falta essa Libertadores para completar o ciclo de conquistas. O Atlético me deu essa oportunidade. Agora é trabalhar”, disse, confiante.
Elias tem no currículo títulos estaduais, da Copa do Brasil e do Campeonato Brasileiro. Foi convocado pelos técnicos Dunga e Mano Menezes, atualmente no Cruzeiro, para a Seleção Brasileira. O último comandante do volante no país, inclusive, foi Tite.
Os objetivos parecem ambiciosos. No entanto, a extensa carreira do ex-jogador de Corinthians e Flamengo faz os planos parecerem mais concretos - especialmente em meio ao forte elenco do Atlético. E, além da qualidade técnica dos companheiros, Elias citou o técnico Roger Machado e a torcida como essenciais para aceitar o contrato oferecido pelo clube alvinegro.
“Sempre acompanhei o Campeonato Brasileiro. O Atlético se destacou, com um elenco muito bom. O Roger também me agrada muito, pelo estilo de jogo. E sempre me dei bem em clubes de massa, de torcida apaixonada. O atleticano não foge disso. Conheço a força que eles têm. Fico feliz de mais uma vez jogar em um clube dessa magnitude", disse.
ELIAS NA ÍNTEGRA
Além dos objetivos traçados para a própria carreira, o volante abordou diversos tópicos na primeira entrevista coletiva como jogador do Atlético. Elias comentou a passagem sem sucesso por Portugal, a amizade com o lateral Fábio Santos, o peso de ser a principal contratação alvinegra para a temporada e, claro, a ansiedade pela estreia.
Veja como foi, na íntegra, a apresentação de Elias.
Boa tarde. Para mim é um prazer enorme estar vestindo essa camisa, camisa vitoriosa. Agradeço a Deus, primeiramente, por ter me dado essa oportunidade em um clube de massa. Aos sócios-torcedores, pois sem eles seria impossível minha contratação. Já convido o torcedor a comprar os ingressos para a Libertadores, que estão à disposição. Como falei, é uma honra enorme. Agradeço o esforço dos dois aqui (presidente Daniel Nepomuceno e diretor de futebol Eduardo Maluf), que trabalharam muito para que eu pudesse vir e para que eu pudesse agregar a esse projeto tão ambicioso que é o de 2017.
Escolha
Eu sempre acompanhei, desde que fui embora, o Campeonato Brasileiro. Alguns times se destacaram, como é o caso do Atlético. O elenco muito bom. Tenho um amigo pessoal meu aqui, o Fábio Santos, que sempre falava muito bem do clube. O Roger também me agrada muito pelo estilo de jogo, pela forma de lidar com os comandados. O presidente foi lá, conversou comigo, falou sobre o projeto, e eu abracei, falei que queria vir. Falei que era muita gente de qualidade, tem tudo para dar certo. Fico feliz pela escolha do Atlético e acho que o Atlético está feliz com a minha escolha.
Vontade de voltar ao Brasil
A única coisa que me deixa infeliz é estar desempregado, e eu já passei por isso em 2006. Eu estava empregado, fazendo meu papel. Mas eu sempre quero buscar algo mais. Sabia que precisava jogar. Tenho objetivos pessoais, que são ganhar títulos, tentar disputar uma Copa do Mundo. E o Atlético vai me proporcionar isso.
Prazo para estrear
Por mim, eu já ia para esse jogo (risos). Eu queria jogar o clássico, mas não foi possível devido à burocracia. Mas a comissão vai analisar e me colocar na hora certa.
Time de massa
Sempre me dei bem em clubes com grande massa, com torcida apaixonada. O atleticano não foge disso. Já vim jogar contra e senti a força que eles têm. Fico feliz por estar jogando mais uma vez num clube com tamanha magnitude.
Libertadores
Obsessão não digo, pois acaba atrapalhando. Mas todo mundo tem objetivos na carreira. Já ganhei quase tudo no cenário nacional, mas falta a Libertadores para completar esse ciclo de conquistas. E o Atlético me deu essa oportunidade, com um elenco muito forte e um treinador capaz. Agora, é trabalhar quieto, com humildade e, jogo a jogo, conquistar essa Libertadores.
Status de grande contratação
Acho que nenhum jogador vai chegar e ajeitar time. A menos que você contrate o Messi. Mas eu venho para ajudar, com minhas características. Onde eu consegui colocar meu jogo, consegui me destacar e ajudar minha equipe a conquistar títulos. Espero que aqui, junto com Roger e companheiros, eu consiga ajudar a conseguir vitórias e, consequentemente, títulos.
Experiências no exterior
Às vezes, você vai para um bom lugar no momento errado. No Sporting, fui para uma posição que poderia ter tido saídas, mas não teve. Os dois titulares são da Seleção Portuguesa, os dois capitães. Então era difícil de eu jogar. Essa passagem nem pode contar muito, mas eu pude aprender muito com o treinador que eu tive. Treinador fantástico, um dos melhores que eu joguei. O que eu aprendi lá vou trazer para cá para ajudar os meus companheiros e meu clube.
Responsabilidade de ser a maior contratação
Tenho [a consciência de ser a maior contratação da temporada]. Foi feito um grande esforço para que eu pudesse vir. Agradeço. Agora é comigo, dentro de campo. Vou trabalhar com humildade sempre para eu poder desempenhar o futebol que todo mundo já conhece. Trabalhar quieto. O Roger está começando um processo, requer um pouco de tempo para entrosar, mas a gente sabe que vamos conquistar grandes coisas este ano.
Primeiro treino
Cheguei ontem, vi toda a estrutura. Excelente, uma das melhores do país. Condições a gente tem, treinador bom a gente tem. Agora, vai de nós jogadores saber aproveitar tudo isso e mostrar dentro de campo. A chuva veio para lavar a alma. Espero que gente consiga atingir um grande nível.
Função de ligar defesa e ataque
Vou ajudar. É uma posição que o Atlético ainda não encontrou, devido às perdas que teve. Mas os meninos jogaram bem, dentro da expectativa. Deram conta do recado no jogo anterior. Agora, o Ralph entrou muito bem. São garotos, não dá para jogar toda responsabilidade para cima deles. O Cruzeiro estava bem armado, com o mesmo treinador, com a mesma filosofia. Era difícil até mesmo se eu estivesse jogando. Estamos iniciando o trabalho, e isso requer tempo. Mas vamos trabalhar para corrigir isso.
Torcedor do Atlético
Foi um momento especial, ansiedade muito grande. De fora, a gente sofre muito, queremos ajudar, mas não conseguimos. Foi uma experiência boa, mas poderia ser melhor se tivéssemos ganhado. Mas foi bom poder sentir o torcedor, as vibrações que eles passam para nós.
Amizade com Fábio Santos
Eu fiquei muito feliz por poder encontrá-lo aqui, pois é um grande amigo meu. O meu filho e o dele, o Davi e o Leo, são parceiros, são mais amigos que eu e ele. Quem ficou feliz com isso foi meu filho, que vai poder ver o Leo mais vezes. Ele me falou super bem do clube, dos profissionais, da cidade, que ainda não conheço. Deu toda a confiança para que eu pudesse ver. A última conversa que eu tive antes de acertar e perguntei: ‘Fábio, está aí?’. E ele disse: ‘De braços abertos esperando. Que horas te pego no aeroporto?’ (risos). Ele é amigo e esperamos conquistar grandes coisas no Atlético.