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Incógnita, sem grandes figuras e com objetivo modesto: jornalistas analisam rival do Galo

Godoy Cruz será o primeiro adversário do Atlético na Copa Libertadores

postado em 06/03/2017 15:40 / atualizado em 06/03/2017 20:48

Divulgação site Godoy Cruz

Rival na estreia do Atlético na Copa Libertadores, o Godoy Cruz é uma incógnita para este início de competição. O clube de Mendoza não faz um jogo oficial desde 16 de dezembro de 2016 por causa da paralisação do futebol na Argentina neste início de temporada. Os resultados nos amistosos em 2017, contudo, são animadores: quatro vitórias - Tigre (2 x 0), Belgrano (3 x 1), Estudiantes de San Luis (3 x 0)  e Olimpo (4 x 2) - e dois empates - Maipú (1 x 1) e Villa Dálmine (0 x 0).

No Campeonato Argentino, em 14 jogos, foram cinco vitórias, dois empates e sete derrotas (17 pontos). Nos últimos três compromissos pela Primeira Divisão Argentina, foram três derrotas. O Godoy Cruz ocupa a 20ª posição do torneio, com 30 times. O Boca Juniors lidera, com 31 pontos. A competição ainda não se reiniciou.

O Superesportes ouviu jornalistas que cobrem o dia a dia do Godoy Cruz. Para o radialista Federico Acosta, o Atlético é o grande favorito para a partida. Segundo Acosta, o objetivo do time de Mendoza é uma vaga nas oitavas da Libertadores, mas até um posto na Sul-Americana, como terceiro do grupo, é encarado como algo positivo. “Não sabemos de fato como a equipe vai se comportar. Por isso, o favorito é Atlético, todos falam isso aqui. O grande objetivo é avançar para as oitavas de final. Se não der, ficar em terceiro também é bem visto, tendo em conta que disputará a Copa Sul-Americana”, diz o jornalista.

Divulgação site Godoy Cruz
A tendência é que o Estádio Malvinas Argentinas não esteja lotado na noite desta quarta-feira. Mesmo com capacidade para 40 mil torcedores, o estádio costuma receber públicos medianos nos jogos do Godoy, relata o jornalista Acosta. “Não é uma torcida massiva, e os ingressos não esgotam nunca”, diz o repórter, que informa que a procura não é grande na cidade do interior da Argentina.

Com a perda de Jaime Ayoví para o futebol chinês, o Godoy Cruz conta com um elenco sem grandes nomes, opina o repórter Cristian Molina, da Rádio La Red. “Tem um plantel pouco numeroso e sem figuras relevantes”, afirma. O equatoriano Ayoví, de 28 anos, foi vendido ao Beijing Renhe, da Segunda Divisão da China, que desembolsou 4 milhões de dólares. Ayoví é o maior goleador estrangeiro da história do Godoy Cruz. Foi convocado por Reinaldo Rueda e participou da Copa do Mundo de 2014.

Diego Bautista, do Diário Los Andes, corrobora com Molina. “Talvez, hoje, seus jogadores mais importantes sejam os arqueiros Rodrigo Rey e o meio-campista (ex-Boca Juniors) Guillermo 'Pol' Fernández. É um elenco em formação, jovem e com plantel curto para três competições (torneio local, Copa Libertadores e Copa Argentina)”. Ele acrescenta: “O time é um refém do caos que vive o futebol argentino e o fato de não chegar com ritmo de competição pode ser elemento grave para o torneio”.

O técnico Lucas Bernardi ainda não confirmou a equipe para encarar o Atlético, mas a provável escalação deve ser: Rey; Viera, Serrano, Olivares; Garro, Henríquez, Fernández, Giménez, Benítez; González y J. Correa.

Divulgação Governo de Mendoza


Análises de jornalistas argentinos

Federico Acosta, Rádio de Cuyo

O Godoy Cruz trocou de treinador depois que Sebatián Méndez (ex-comandante) deixou a equipe. Ele conseguiu um surpreendente terceiro lugar no Campeonato Argentino, garantindo vaga na Copa Libertadores.

Depois, não fez uma boa primeira parte da Primeira Divisão, ficando em 20º lugar entre 30 clubes. É de se lamentar também a perda de Jaime Ayoví, atacante que foi para a China

A falta de ritmo de jogo também pode pesar. E não sabemos de fato como a equipe vai se comportar. Por isso, o favorito é Atlético, todos falam isso aqui. O grande objetivo é avançar às oitavas de final. Se não der, ficar em terceiro também é bem visto, tendo em conta que disputará a Copa Sul-Americana.

Não teremos um estádio lotado. O Malvinas Argentinas tem capacidade para 45 mil pessoas, mas a torcida não vai em peso. Não é uma torcida massiva, e os ingressos não esgotam nunca.


Cristian Molina, Rádio La Red

Godoy Cruz é uma incógnita. A partida contra o Atlético Mineiro será a estreia oficial para o técnico Lucas Bernardi. O time sofreu a perda do seu goleador, Jaime Ayoví, que foi para a China. Três reforços chegaram: Walter Serrano, Diego Poyet e Danilo Ortiz.

O time fez alguns amistosos de preparação. O tempo de recesso deu ao treinador tempo para trabalhar tranquilo, mas tirou oportunidade de dar rodagem ao time para iniciar uma competição tão importante. Tem um plantel pouco numeroso e sem figuras relevantes.


Diego Bautista, Diário Los Andes de Mendoza

Godoy Cruz Antonio Tomba fará sua terceira participação na Copa Libertadores. Nas edições anteriores (2011 e 2012) caiu na fase de grupos. A equipe dirigida por Lucas Bernardi (ex-jogador de Newell's Old Boys) é jovem e não tem grandes figuras. O jogador mais importante, o atacante Jaime Ayoví, foi transferido há duas semanas do futebol chinês. Além, Santiago "Morro" García, outra figura, está fora de forma, recuperando-se de uma lesão e não vai para o jogo.

Talvez, hoje, seus jogadores mais importantes sejam os arqueiros Rodrigo Rey e o meio-campista (ex-Boca Juniors) Guillermo 'Pol' Fernández. É um elenco em formação, jovem e com plantel curto para três competições: torneio local, Copa Libertadores e Copa Argentina.

Em relação à paralisação do futebol argentino, sem dúvidas que é uma situação que afeta a equipe. O time começou a temporada no dia 5 de janeiro e, dois meses depois, não realizou nenhum jogo oficial. Jogou apenas com equipe menores, exceto Belgrano de Córdoba, da Primeira Divisão, e ganhou por 3 a 1. No fim de semana passado, viajou para Rosário para fazer a reestreia na liga local, mas a rodada foi cancelada. O time é um refém do caos que vive o futebol argentino e o fato de não chegar com ritmo de competição pode ser elemento grave para o torneio.

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