Atlético
None

ATLÉTICO

Desafio de Cazares é vingar com a 10, que foi de Petkovic a Ronaldinho nos últimos anos

Atlético investiu alto em armadores de renome desde 2008

postado em 17/03/2017 06:00 / atualizado em 17/03/2017 12:27

EM DA PRESS
Nos últimos anos, o Atlético investiu alto em armadores de renome. Os famosos camisas 10 chegaram à Cidade do Galo com grande destaque. O maior deles foi o astro Ronaldinho Gaúcho, campeão da Libertadores e da Recopa. Mas nem todos tiveram sucesso, casos de Diego Souza e Daniel Carvalho.

Nesta temporada, caberá ao equatoriano Cazares a missão de comandar o meio-campo. Talento com a bola nos pés ele já demonstrou que tem, haja vista as grandes exibições que já fez com a camisa alvinegra, como ocorreu no último jogo contra o Tupi, pelo Campeonato Mineiro.

Mas o equatoriano precisa manter maior regularidade para convencer a torcida que pode conduzir o time. O técnico Roger quer que o atleta oscile menos. “O treinador não pode contar com um jogador que ganhe um 9 em um jogo e 3 no outro. Quero regularidade", disse.

Seu comportamento fora de campo também já preocupou o Atlético. Ele ficou um tempo 'afastado' do time por Diego Aguirre, que não explicava os motivos por não escalá-lo, e atrasou uma apresentação em Belo Horizonte depois de uma partida da Seleção Equatoriana. Caberá a Cazares mostrar que já superou os erros e liderar o meio-campo alvinegro nesta temporada.

Antes de Cazares, o Galo buscou grandes armadores no mercado. As contratações começaram em 2008, com Petkovic. O sérvio foi “presente de aniversário” de 100 anos para o torcedor. Não deu muito certo. Depois, o Galo tentou Ricardinho, Diego Souza e Daniel Carvalho. Apostas frustradas. Na sequência, vieram Ronaldinho Gaúcho, Dátolo e Guilherme. Esses despertam boas lembranças do atleticanos.

Veja como foram as passagens dos últimos camisas 10 do Atlético:

Petkovic

EM DA PRESS


Foi anunciado em 25 de março de 2008, data do centenário alvinegro. O armador foi apresentado oficialmente antes do jogo comemorativo contra o Peñarol, no Mineirão. O sérvio já estava em fim de carreira, mas protagonizou algumas boas atuações. Foram 32 partidas e 5 gols. No fim do ano, a diretoria optou por não renovar o contrato do armador.

Ricardinho

EM DA PRESS


Embora vestisse a camisa 80 - a 10 estava com Renan Oliveira -, Ricardinho chegou como um grande nome para o time alvinegro em 2009. No desembarque, recebeu o apoio de muitos torcedores no Aeroporto de Confins. Foi titular em algumas partidas da equipe de Celso Roth, que liderou o Brasileiro em algumas rodadas, mas depois perdeu fôlego e ficou fora até da Libertadores. Também jogou com Luxemburgo e Dorival Júnior. Em 78 jogos, marcou 12 gols. Em abril de 2011, foi dispensado pelo clube. Nos bastidores, a diretoria reclamava da influência dele, que não era vista como positiva.

Daniel Carvalho

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press


Contratado em 2010, durante a passagem de Vanderlei Luxemburgo, Daniel Carvalho não correspondeu no clube. Chegou a ser a aposta do técnico como um dos grandes nomes do Campeonato Brasileiro. Mas conviveu com lesões e problemas com peso. Em um ano e meio de Atlético, jogou 43 vezes e marcou seis gols. Teve um bom momento no time sob o comando de Cuca e ajudou o Galo a evitar o rebaixamento em 2011.

Diego Souza

EM DA PRESS


Foi anunciado pelo presidente Alexandre Kalil com grande destaque, com direito a post no Twitter, em junho de 2010. Em uma ação de marketing, ganhou a camisa 1. Mas o meia virou decepção na Cidade do Galo. Chegou a ser reserva. Insatisfeito, deixou o alvinegro e acertou com o Vasco. No Atlético, ele fez apenas 35 jogos e marcou cinco gols.

Guilherme

EM DA PRESS


Guilherme chegou ao Atlético em 2011 em uma das maiores transações da história do clube, cerca de U$ 8,5 milhões (aproximadamente R$ 14 milhões à época). Sofreu com muitas lesões, mas foi decisivos em momentos importantes.  Em 2013, marcou gol contra o Newell's, que levou a vaga para os pênaltis, no jogo de volta da semifinal da Libertadores. Ele abriu as cobranças e marcou. O Galo avançou à decisão e conquistou a competição internacional. Na Copa do Brasil de 2014, foi vital na partida de volta contra o Corinthians, pelas quartas de final. Deu assistência para o gol de Luan e marcou outros dois, na vitória por 4 a 1. O Galo ainda venceria Flamengo e Cruzeiro para ficar com a taça.

Ronaldinho

EM DA PRESS


De forma surpreendente, Ronaldinho Gaúcho foi anunciado pelo presidente Alexandre Kalil em junho de 2012. Por causa da passagem conturbada pelo Flamengo, o craque chegou cercado de dúvidas, que logo desapareceram com as grandes atuações. Foi o grande nome do Galo no Brasileiro. O título, contudo, terminou na sala de troféus do Fluminense. No ano seguinte, o craque foi um dos nomes do Galo na conquista da Copa Libertadores. Muitas cidades ficaram tomadas de fãs do craque durante as incursões do clube por países da América do Sul. Também conquistou a Recopa. Em 88 jogos, marcou 22 gols. Formou parceria dentro e fora de campo com o atacante Jô. Transformou-se em um dos maiores ídolos da história do clube.

Dátolo

EM DA PRESS


Chegou ao Atlético em agosto de 2013, depois de passagem apagada pelo Internacional, clube no qual sofreu com lesões. Veio para reforçar um time com muitas estrelas, como Ronaldinho, Tardelli e Jô. Teve seu melhor momento na Copa do Brasil de 2014, sob o comando de Levir Culpi. Foi decisivo na final contra o Cruzeiro, ao marcar um gol no primeiro jogo, no Independência. Também foi campeão da Recopa Sul-Americana. Por causa das muitas lesões, o clube preferiu não renovar com Dátolo para 2017. Em 127 partidas, ele marcou 18 gols.

Tags: camisa 10 datolo cazares guilherme petkovic ricardinho ronaldinho