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Novo superintendente de futebol do Atlético explica função e diz chegar com autonomia

André Figueiredo mostra confiança que fase ruim será superada pelo time

postado em 16/06/2017 12:26 / atualizado em 16/06/2017 13:28

Edesio Ferreira/EM/D.A Press

Novo integrante da comissão que assumiu de vez o comando do futebol profissional do Atlético, após o falecimento do diretor Eduardo Maluf, André Figueiredo recebeu do presidente Daniel Nepomuceno “autonomia total” para exercer a função de superintendente de futebol, inclusive para conduzir negociações. Porém, Figueiredo quer trabalhar em conjunto com a comissão técnica.
 
“O Daniel me apresentou com autonomia total, mas ninguém trabalha sozinho. Você não pode sair contratando porque você acha que é bom, e o jogador não se enquadra no conceito do treinador. Para se contratar, é necessário reunião com a comissão, com o superintendente, e o presidente, que tem a palavra final. Venho para fazer essa ligação da comissão técnica com o presidente”, explica.
 
Sobre reforços para a defesa, que vem sendo alvo de críticas, André Figueiredo entende que o maior problema do setor é a falta de entrosamento, causada por desfalques. “Seria prematuro falar sobre contratação agora. O sistema defensivo do Atlético passa por um momento difícil, com jogadores lesionados, voltando de contusão. Na minha visão, a parte defensiva é a que mais precisa de entrosamento. A gente sofre um pouco, não pela qualidade dos jogadores, e sim pela falta de ritmo de jogo.”
 
Por enquanto André Figueiredo vai conciliar a superintendência de futebol profissional com a diretoria das categorias de base, cargo que ocupa há anos no clube. São poucos dias no grupo principal do Atlético. Mas já encara um momento turbulento. O time não engrenou no Campeonato Brasileiro e ocupa uma vaga na zona de rebaixamento.
 
“Em princípio, foi muito rápido, eu trabalhava na base, fui promovido e o Daniel pediu para dar uma atenção até ver o que vai fazer. Em relação à base, se tem mais paciência, mais cuidado, o resultado é mais a longo prazo. No profissional, os resultados contam muito. Mas eu entendo que fazer as coisas erradas e, às vezes dar certo, é uma coisa. Fazer certo e, às vezes, dar errado, é outra. Quando perde, está tudo errado, quando ganha está tudo certo. Não é assim que eu entendo, entendo que existe um planejamento. Mesmo fazendo certo, o futebol tem o imponderável, às vezes, você perde. Contra o Atlético-PR, não merecíamos perder o jogo, mas perdemos. Não finalizamos bem, mas tivemos volume de jogo, qualidade de jogo. Precisamos analisar a derrota e não o resultado.”
 
O novo dirigente do Galo mostra confiança na recuperação da equipe. “São poucos dias no cargo para se ter uma conclusão. Na minha visão, é um momento passageiro. Sei o que a gente pode fazer daqui para frente.”
 
Para André Figueiredo, o desgaste dos jogadores, por causa da maratona de jogos, tem sido o maior obstáculo do Atlético:
 
“Um fato, é o desgaste. Fomos à final do campeonato mineiro, jogamos jogos da Libertadores com muita intensidade, na Copa do Brasil tivemos um tropeço lá no Paraná e tivemos de jogar com muita intensidade aqui. Segundo, você mexe com o ser humano. Eles foram campeões mineiro, primeiro lugar no grupo da Libertadores, classificados às quartas da Copa do Brasil. Não posso afirmar, mas, talvez, gere uma síndrome do dever cumprido, mas já foram alertados que o Campeonato Brasileiro é difícil. Só que você tem um grupo heterogêneo, são atletas de 35, 18 anos, têm pensamento diferente. Estamos fazendo uma leitura para ajudar esse grupo a focar também no Brasileiro. Isso pode ser uma hipótese. Mas na minha visão, o desgaste está fazendo mais efeito que essa suposta síndrome do dever cumprido. O desgaste está sendo preponderante.”

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