Apesar da reunião incomum que entrou pela madrugada, o presidente Daniel Nepomuceno descarta trocar o treinador no momento. Nepomuceno não quis dar detalhes sobre a conversa com Roger, mas rechaçou, pelo menos por ora, a substituição no comando técnico da equipe. "Descarto a saída dele (Roger Machado)", disse Nepomuceno, no início da tarde desta quinta-feira, em contato com o Superesportes.
Roger vive o momento de maior pressão no comando do Atlético. Depois de enfrentar certa dificuldade no início, acumulando duas derrotas para o Cruzeiro, o time de Roger se acertou: conquistou o Campeonato Mineiro e fez 13 dos 18 pontos possíveis no Grupo 6 da Copa Libertadores. Mas a campanha no Campeonato Brasileiro é decepcionante. O Galo ocupa a 16ª posição, com 10 pontos, um a mais que o Sport, primeira equipe na zona de rebaixamento.
Após o apito final do árbitro Wilton Pereira Sampaio no empate com o Sport, a torcida vaiou o time do Atlético por um longo tempo. O desempenho no Independência, casa e grande trunfo do Galo, está longe de ser o que já foi. No Campeonato Brasileiro, o Galo venceu apenas uma partida no Horto, contra o Avaí (1 a 0). Além dessa vitória, foram dois empates, Sport (2 a 2) e Ponte (2 a 2), e duas derrotas, Atlético-PR (1 a 0) e Fluminense (2 a 1).
Para se segurar no cargo, Roger tem duas missões mais urgentes: melhorar o jogo coletivo do time e recuperar o futebol de alguns jogadores importantes. Esses dois fatores, obviamente, se relacionam. No momento em que o time enfrenta a pior fase no ano, estrelas do time como Robinho, Rafael Carioca e Elias estão rendendo menos do que podem. O sinal de alerta está ligado na Cidade do Galo.