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Rogério Micale explica substituição que rendeu gritos de burro da torcida do Atlético

Treinador do Galo tirou Cazares de campo para a entrada de Yago mesmo com um jogador a mais em campo; atleticanos vaiaram a substituição feita

postado em 09/09/2017 18:51 / atualizado em 10/09/2017 09:20

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

O técnico Rogério Micale ouviu a fúria da torcida do Atlético na tarde deste sábado, durante o empate com o Palmeiras, por 1 a 1, no Independência. Quando o time paulista tinha um jogador a menos, o treinador tirou o meia Cazares para a entrada do volante Yago, recuando a equipe após ter feito uma substituição mais ofensiva. Os torcedores não perdoaram. Muitas vaias e gritos de burro após a mexida feita pelo treinador.



Antes de ser vaiado, Micale tentou deixar o Galo mais ofensivo. Ele tirou Adilson e colocou Robinho. Porém, o treinador entendeu que o Atlético deu mais espaços ao time paulista, que tinha um jogador a menos. Com isso, tentou consertar as coisas. Mas a entrada de Yago no lugar de Cazares não foi aprovada por quem estava no Independência.

“Pedi para o time dar amplitude com os dois laterais na linha de fundo, mas não para cruzar, apenas para esticar as linhas do Palmeiras. Tivemos dificuldades e começamos a cruzar muito. O Palmeiras tinha duas linhas próximas, congestionou a área. Coloquei o Robinho para flutuar entre as linhas, girar, tentar a infiltração e bater para o gol. Focamos muito pelas laterais do campo. Quando o Palmeiras ainda estava com nove, conseguiu escapadas perigosas. Deixei o elias como primeiro volante, ele saiu um pouco e desprotegemos o contra-ataque. O Palmeiras estava ficando com a segunda bola e tive que voltar com o esquema. Na segunda expulsão já não podia mexer mais”, disse o treinador.

Os gritos de burro vieram das arquibancadas do Independência. O treinador reconheceu que a opção utilizada não deu certo.

“A torcida tem todo o direito de vaiar. Ela tem no Cazares um jogador que pode gerar o desequilíbrio. Gosto muito do Cazares, mas quero uma participação durante os 90 minutos. Queria dar um fôlego novo na equipe. Existia uma marcação individual nele. Pedi para ele sair para as laterais para abrir o miolo, para a entrada do Robinho. Foi opção técnica. Tem dia que a gente faz substituições e dá certo, outros nem tanto”.

Micale diz que a responsabilidade da substituição é dele, mas não vê como um erro a mexida no Independência. Para o treinador, se o gol da vitória tivesse saído no Horto, ele seria aplaudido pelas alterações.

“Eu assumo a responsabilidade. Quando digo que fui infeliz é porque não ganhamos o jogo. Se uma bola entra, seriam boas as substituições. Quando não funciona, não está bom. Estamos ali para tomar decisões. Infelizmente não conseguimos a vitória. É ter tranquilidade nesse momento. Toda a situação nos levou a crer na vitória, era possível, mas jogamos contra uma grande equipe”, concluiu.

O Galo volta a campo apenas no domingo da próxima semana. Às 11h, na Ressacada, visita o Avaí para voltar a vencer no Campeonato Brasileiro.

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