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Após ano de oscilações no Atlético, Fred quer "voar" na temporada de 2018

Fred começou bem o Brasileiro, oscilou, mas fechou a competição em alta

postado em 09/12/2017 08:28 / atualizado em 09/12/2017 08:34

Bruno Cantini/Atlético
Ainda que a equipe tenha decepcionado na briga pelos títulos mais importantes, 2017 foi um ano positivo para o atacante Fred. Aos 34 anos e em sua segunda temporada no Atlético, o atacante fechou sua participação em alta, com 30 gols, se tornando o segundo maior artilheiro do país no ano, atrás apenas de Henrique Dourado, que fez 32. Apesar dos números positivos, o camisa 9 terminou sua saga com uma pitada de frustração. Se o Galo não tivesse passado por vários momentos de oscilação, sobretudo no Campeonato Brasileiro, a média do jogador poderia ter sido melhor.

Fred foi um dos mais prejudicados na fase irregular da equipe, com direito a troca de treinadores e derrotas consecutivas no Independência. Ele chegou a ficar 12 jogos sem balançar as redes, mas recuperou o prestígio com a torcida depois da chegada do técnico Oswaldo de Oliveira. Com o treinador, o atleta balançou as redes cinco vezes nos últimos sete jogos, ganhando motivação para iniciar 2018 em alta.

O atacante considera que o sonhado equilíbrio da equipe poderia tê-lo levado a ser artilheiro do país com sobras: “Se o coletivo estivesse funcionando bem, a zaga estaria bem, o meio voando e eu com mais de 40 gols. A média de gols é alta para o ano. Mas nada adianta se não brigarmos pelo objetivo coletivo. Centroavante vive de gols, mas o importante são os títulos. Acaba que a temporada termina sem brilho algum para nós”.

Com contrato com o Galo até dezembro de 2018, Fred fica na expectativa por disputar mais uma vez a Libertadores pelo alvinegro. Para isso, ficará ligado na televisão na quarta-feira, quando o Flamengo encara o Independiente no jogo de volta da decisão da Copa Sul-Americana. Para conquistar o título e ceder a vaga na competição ao Atlético via Campeonato Brasileiro, o rubro-negro precisa vencer por dois gols de diferença – triunfo por um gol de vantagem (por qualquer placar) leva a decisão para a prorrogação e, consequentemente, para os pênaltis.

Mesmo ciente de que poderia ter rendido mais, Fred faz questão de destacar a doação dos colegas, responsáveis pelas assistências nos gols: “Não foi um ano fácil para nós, mas com muita superação fechamos a temporada com uma chance considerável de ir para a Libertadores. Fico feliz demais por ter a oportunidade de conquistar esses números expressivos com a camisa do Galo e, assim, ajudar minha equipe. Isso é o mais importante no fim das contas. E tenho que agradecer aos meus companheiros que buscam me deixar em uma condição boa ali na frente. Isso é fundamental para mim e eles me ajudaram muito este ano”.

RETOMADA

Fred iniciou o ano com desempenho muito positivo, com direito a média de um gol por jogo entre fevereiro e abril. Além de ser o artilheiro do Campeonato Mineiro, com 10 gols, ele teve momentos de destaque na Libertadores ao marcar quatro vezes na goleada sobre o Sport Boys por 5 a 2, no Independência. Desde junho, porém, sua performance caiu consideravelmente. Além dos cinco gols com Oswaldo, ele marcou cinco com Roger Machado, que foi demitido depois de quatro derrotas no Horto pelo Campeonato Brasileiro.