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Decisão de manter Oswaldo de Oliveira pode significar um bom começo no Atlético

Time faturou a Libertadores, a Recopa e a Copa do Brasil dando continuidade aos trabalhos anteriores, e sequência de Oswaldo é um alento para a torcida

postado em 13/12/2017 11:14 / atualizado em 13/12/2017 11:24

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
A confirmação da permanência do técnico Oswaldo de Oliveira em 2018 mostra que a nova diretoria do Atlético, empossada nesta terça-feira, tentará resgatar duas histórias de sucesso da era recente do clube alvinegro: a de Cuca e a de Levir Culpi. Num período de constantes mudanças no comando técnico, os dois paranaenses foram os últimos a terminar uma temporada e começar a seguinte, participando de forma ativa do processo de formação do grupo. E a manutenção do trabalho de ambos refletiu nos resultados em campo, já que eles conquistaram os títulos mais importantes na era recente do Galo – a Copa Libertadores, a Recopa e a Copa do Brasil.

Cuca pegou o Galo em crise em 2011, com ameaça de rebaixamento. Em suas seis primeiras partidas, sofreu seis derrotas e encarou a pressão da torcida. Mantido pela diretoria, ele ajudou o Galo a permanecer na Série A e no ano seguinte levou o time ao título mineiro invicto e ao vice-campeonato nacional. Em 2013, venceu a Libertadores. Depois do Mundial de Clubes, ele se transferiu para o futebol chinês.

A passagem de Levir Culpi foi menos duradoura, porém mais vencedora. O técnico assumiu o time entre duas partidas das oitavas de final da competição internacional em 2014 e foi eliminado pelo Atlético Nacional. Apesar disso, venceu a Recopa, diante do Lanús, e a Copa do Brasil, contra o arquirrival Cruzeiro. Em 2015, Levir conquistou o título mineiro e o vice-campeonato brasileiro. Mesmo com os êxitos, foi desligado do cargo em dezembro daquele ano.

As trajetórias dos sucessores de Levir foram interrompidas precocemente por resultados ruins e em circunstâncias diferentes. O uruguaio Diego Aguirre deixou o clube em maio do ano passado, depois de ser eliminado na Libertadores pelo São Paulo. Ídolo do clube como jogador, Marcelo Oliveira foi demitido depois da primeira partida da final da Copa do Brasil do ano passado, na derrota para o Grêmio. Contratado no início da atual temporada, Roger Machado caiu depois de quatro derrotas no Independência pelo Brasileiro. E Rogério Micale foi demitido por não conseguir dar um padrão melhor ao Galo na competição nacional.

CRESCIMENTO


Mais do que a experiência em lidar com um grupo de jogadores badalados, a aposta em Oswaldo agora se deve ao crescimento da equipe no último Campeonato Brasileiro. Desde a chegada do técnico, o Galo conquistou 58,9% dos pontos disputados em 13 rodadas, salvou o time mineiro do rebaixamento e o levou ao nono lugar, com esperança de chegar à Copa Libertadores. O treinador terá o aval do presidente eleito, Sérgio Sette Câmara, para indicar reforços e montar seu próprio perfil de grupo.

Para Oswaldo, a equipe precisa sofrer mudanças pontuais para brigar por títulos em 2018, a começar pela diminuição da média de idade dos titulares: “O elenco é excelente, muito bom. Mas é claro que ele tem algumas fragilidades, apesar dos nomes, do prestígio e da qualidade. Existem fragilidades e uma delas, que foi decantada, é a respeito da faixa etária do grupo. Precisa rejuvenescer um pouco, embora a durabilidade do jogador é maior hoje. Vamos ver o que pode ser feito nessa situação”.

Ele indicou e foi atendido em relação ao novo preparador físico, o carioca Paulo Paixão, de 66 anos, confirmado pela diretoria. Outro que deve chegar com o aval do comandante é o volante Arouca, que já fez exames médicos. De volta depois de passagem pelo futebol japonês, o atacante Hyuri, que trabalhou com Oswaldo no Botafogo, vai permanecer em 2018 a pedido do técnico.

Saldo recente da continuidade:


Cuca (96 jogos)
Mantido em duas temporadas consecutivas

2011
40% de aproveitamento
Salvou o clube do rebaixamento no Brasileiro
Parou na segunda fase da Copa Sul-Americana

2012
69% de aproveitamento
Campeão mineiro invicto
Caiu nas oitavas da Copa do Brasil
Foi vice-campeão brasileiro

2013
59% de aproveitamento
Campeão mineiro
Campeão da Libertadores
Caiu nas oitavas de final da Copa do Brasil

Levir Culpi (115 jogos)  Mantido de uma temporada para outra
2014
63% de aproveitamento
Caiu nas oitavas de final da Libertadores
Campeão da Copa do Brasil
5º lugar no Brasileiro

2015
59% de aproveitamento
Campeão mineiro
Vice-campeão brasileiro
Caiu nas oitavas de final da Copa do Brasil
Eliminado nas oitavas de final da Libertadores

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