Renovação ofensiva: Atlético troca maior parte do ataque e muda panorama para 2018

O Atlético passa por uma ‘readequação’ no seu departamento de futebol para, além de outras coisas, ‘rejuvenescer’ o elenco - palavras do novo presidente Sérgio Sette Câmara. Além da nova postura no mercado, o clube aposta na ‘volta por cima’ e na juventude de atletas contratados para a próxima temporada. A nova mentalidade fica evidenciada pela transição e remontagem de parte do time, principalmente no ataque alvinegro, que, até o momento, é o setor que sofreu mais alterações e foi renovado para 2018.

A rescisão de Fred, de 33 anos, foi só a mais nova carta a ser colocada na mesa. Ciente de que ficaria sem seu artilheiro, a diretoria atleticana já havia acertado com Ricardo Oliveira, de 37. Outras peças experientes, como Robinho, de 33, e Rafael Moura, 34,  também estão de saída da Cidade do Galo. O camisa 7 não aceitou proposta de redução salarial e disse estudar novas ofertas. O centroavante reserva não teve o contrato renovado e acertou com o América para a próxima temporada.

No caso do posto de centroavante titular, o Atlético manteve a experiência. Nos demais, rejuvenesceu o elenco com o jovem Erik, de 23 anos, com a possível chegada de Róger Guedes, 21, e com o retorno de Carlos, 22, que estava emprestado ao Internacional, e Hyuri, 26, voltando de empréstimo ao Congqing Lifan, da China. Além destes, que chegam, Luan, 27 e Clayton, 22, devem permanecer no grupo. Em comum entre esses atacantes, a necessidade de se provarem uma vez mais.

Erik já foi anunciado pelo Atlético e chega por empréstimo pelo Palmeiras até o fim de 2018. O atacante se destacou após duas ótimas temporadas (2014/2015) pelo Goiás, onde fez 36 gols em 95 jogos com a camisa esmeraldina. Comprado pelo Alviverde paulista, no entanto, o jogador não rendeu o esperado e balançou as redes em apenas três oportunidades em 44 partidas. Agora, busca retomar o melhor nível com a camisa do Galo.

Róger Guedes deve ser anunciado pelo Atlético em troca envolvendo o lateral-direito Marcos Rocha, que iria para o Palmeiras. O atacante chegou ao Alviverde em 2016 após boas atuações pelo Criciúma e foi titular na campanha do título do clube paulista no Campeonato Brasileiro. Entretanto, nesta temporada, teve problemas com companheiros de elenco e foi afastado em outubro. Voltou, duas semanas depois, mas foi colocado em uma lista de ‘negociáveis’.

Carlos e Hyuri voltam de empréstimos para dar mais opções a Oswaldo de Oliveira e tentar emplacar boa sequência depois de uma queda no rendimento em suas carreiras. Na disputa da série B pelo Inter, Carlos foi titular em apenas três jogos (esteve entre os 11 iniciais em 12 das 31 aparições com a camisa colorada). Hyuri teve uma temporada ainda pior e fez somente duas partidas pelo clube chinês em 2017, marcando um gol.

Luan é um ídolo da torcida alvinegra, mas, apesar de ainda mostrar que pode ser importante quando está em boas condições físicas, sofreu muito com lesões nas últimas duas temporadas. Antes disso - está no Galo há cinco anos -, em 2013 e 2015, fez 63 e 50 jogos, respectivamente. Precisa superar os problemas médicos para ser mais presente na reestruturação da equipe.

Clayton é uma das maiores incógnitas do futebol brasileiro nos últimos anos. Destaque do Figueirense em 2014 e 2015, foi disputado por Atlético, Corinthians e Palmeiras. O Galo acabou atraindo o jogador nas negociações e efetuou a contratação. Porém, os dias de sucesso do atacante ficaram para trás e, desde então, no Alvinegro mineiro e em empréstimo ao atual campeão brasileiro, ficou devendo e foi deixado de lado.

Colombiano no Galo?

Uma última peça que pode fazer parte desse ‘novo’ setor ofensivo do Atlético é o de Jonathan Copete. O atacante do Santos brilhou no início da campanha do título do Atlético Nacional na Copa Libertadores e deixou o clube colombiano ao ser negociado com o Peixe. Titular na Vila Belmiro, o jogador despertou o interesse do Galo para ser mais uma opção de força ofensiva em 2018.