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Com aval para planejamento no Atlético, Oswaldo tenta quebrar jejum de títulos

Técnico alvinegro não é campeão há cinco anos; confira retrospecto

postado em 01/01/2018 13:57 / atualizado em 01/01/2018 14:09

Juarez Rodrigues/EM/D.A Press

São praticamente cinco anos sem títulos. Desde que voltou para o Brasil depois de passagem vitoriosa pelo futebol japonês, Oswaldo de Oliveira não teve em campo os resultados que almejava. No comando do Botafogo, em 2013, ele obteve a única conquista nesse período, o Campeonato Carioca, vencendo o Vasco na decisão, e levou o clube à Libertadores de 2014. Agora no Atlético, o treinador inicia a temporada de 2018 em busca de novos troféus na carreira e com aval da diretoria para montar todo o planejamento do grupo com o qual vai trabalhar.

Depois de deixar o Botafogo até assumir o time mineiro, Oswaldo passou por seis clubes e não teve papel expressivo. Com exceção do Sport, que deixou em 2016 para assumir o Corinthians, nos demais as diretorias interromperam os trabalhos do comandante pela metade após fracassar nas competições nacionais: Santos, Palmeiras, Flamengo, Corinthians e Al-Arabi.

Oswaldo assumiu o Atlético em setembro numa situação de caos, após a demissão de Rogério Micale, e com os jogadores desmotivados pelas eliminações na Copa do Brasil e na Libertadores. Quando chegou, ele desperdiçou a chance de ganhar o título da Primeira Liga, ao perder nos pênaltis para o Londrina. Mas a manutenção do treinador em 2018 ocorreu por causa da nítida evolução da equipe no fim do Campeonato Brasileiro. Ele conquistou 58,9% dos pontos disputados em 13 rodadas, salvou o time mineiro do risco de rebaixamento e o levou ao nono lugar. E ainda havia conseguido recuperar Robinho e Fred, que amargavam longo jejum de gols.

Agora, terá quatro competições a disputar com o Galo – Mineiro, Copa do Brasil, Sul-Americana e Campeonato Brasileiro. O clube antecipou que vai privilegiar o Nacional, já que o Galo vive hiato de quase 50 anos sem conquistá-lo. Até o início do torneio, ele terá três meses para avaliar os reforços, conhecer melhor aqueles que pouco atuaram em 2017 e esboçar uma equipe titular forte.

CONFIANÇA
Para voltar a vencer como treinador, ele aposta na manutenção da base da equipe e na confiança dada pela nova diretoria, que o manteve no cargo mesmo não alcançando o objetivo traçado no ano passado: a classificação à Libertadores. Desde então, o técnico tem participado ativamente da formação do grupo com indicação de reforços para as posições mais carentes. Apesar da ideia de rejuvenescer a equipe, as contratações do volante Arouca, de 31, e do atacante Ricardo Oliveira, de 37, tiveram o aval do comandante, que ainda aprovou as vindas do lateral-direito Samuel Xavier e dos atacantes Erik e Roger Guedes. E avalizou também os retornos do lateral-esquerdo Danilo (cedido à Ponte Preta) e dos atacantes Carlos (no Internacional) e Hyuri (antes no futebol chinês).

Outra indicação foi o preparador físico Paulo Paixão para o lugar de Carlinhos Neves, que deixou o clube na última temporada para se dedicar a projetos pessoais. Oswaldo até afirmou que gostaria da permanência de Robinho, mas o alto investimento seria incompatível com a restrição financeira do clube.

De 2012 para cá

Botafogo (2012-2013) – dois anos de trabalho
» 7º lugar no Brasileiro de 2012
» Caiu nas oitavas da Copa do Brasil em 2012
» Conquistou o Carioca em 2013
» Com o quarto lugar no Brasileiro, levou o time à Libertadores em 2014

Santos (2014) – nove meses de trabalho
» Vice-campeão paulista
» Chegou às oitavas de final da Copa do Brasil
» Deixou a equipe na 11ª colocação do Brasileiro

Palmeiras (2015) – seis meses de trabalho
» Vice-campeão paulista
» Classificou a equipe à terceira fase da Copa do Brasil
» Deixou o alviverde na 12ª posição no Brasileiro

Flamengo (2015) – três meses de trabalho
» Eliminado pelo arquirrival, Vasco, nas oitavas da Copa do Brasil
» Deixou o time em 11º no Brasileiro

Sport (2016) – cinco meses de trabalho
» Perdeu a decisão do Estadual para o Santa Cruz
» Saiu do comando com a equipe na 16ª posição no Brasileiro

Corinthians (2016) – dois meses de trabalho
» Eliminado nas quartas de final da Copa do Brasil pelo Cruzeiro
» Deixou o time na sétima colocação do Brasileiro (fora da Libertadores)

Al-Arabi (2017) – três meses de trabalho
» Terminou o Campeonato Nacional na nona posição entre 14 clubes

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