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O Atlético um mês depois: veja o momento dos jogadores e do treinador antes da primeira 'decisão' da temporada

Time tem o desafio de passar pelo Atlético-AC, pela Copa do Brasil

postado em 06/02/2018 19:34 / atualizado em 06/02/2018 20:07

Logo no início da pré-temporada, a comissão técnica estabelecia - e tornava pública - a prioridade do Atlético nos primeiros meses de 2018: a Copa do Brasil. Mas, afinal, como está o elenco na véspera do duelo contra o Atlético-AC, pela estreia no principal mata-mata do país? O Superesportes avaliou as principais peças do grupo alvinegro após 32 dias de preparação e jogos do Campeonato Mineiro.

Goleiros

Victor - Cinco jogos e três gols sofridos

Bruno Cantini/Atlético

É o único jogador do elenco a ter iniciado as cinco partidas do Atlético na temporada. Titular absoluto, o goleiro é peça essencial do grupo comandado pelo técnico Oswaldo de Oliveira - tanto dentro, quanto fora do campo. Segue em ‘viés de alta’, iniciado no final da última temporada. Tomou, até o momento, três gols (média de 0,6 por jogo). Protagonizou, contra o Villa Nova, uma cena pouco usual na carreira do arqueiro: foi até a área adversária para tentar - sem sucesso - reverter a desvantagem em um lance de bola aérea no final do confronto.


Por estar em processo de recuperação de lesão, não foi relacionado para nenhuma partida em 2018. Apesar do bom desempenho dos demais goleiros nos treinos, Giovanni segue como a primeira opção para o lugar de Victor - especialmente após as atuações consistentes em 2017.

Uilson - Nenhum jogo

O jovem goleiro de 23 anos se destacou nas categorias de base e, inclusive, foi o reserva de Weverton na campanha vitoriosa da Seleção Brasileira na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016. Recupera-se de cirurgia por ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho direito, sofrida em novembro de 2017.

Cleiton - Nenhum jogo

Ainda não foi testado em jogos oficiais, mas defendeu o time alternativo nos jogos contra Rangers-ESC e Atlético Nacional-COL, na Florida Cup. No torneio amistoso, sofreu três gols. Tem ido bem nos treinamentos na Cidade do Galo.

Michael - Nenhum jogo

Apesar de jovem, demonstra ter perfil de liderança durante as atividades com o elenco profissional. O goleiro de 22 anos é sempre um dos que mais orientam os demais jogadores na Cidade do Galo. Ainda não foi testado em partidas oficiais.

Laterais

Samuel Xavier - Três jogos

Bruno Cantini/Atlético


Apesar da temporada irregular com o Sport em 2017, chegou ao Atlético com a confiança de Oswaldo de Oliveira. Assumiu a posição de Marcos Rocha, reforço do Palmeiras, e ainda não embalou. Disputou três jogos e demonstrou, especialmente, força na marcação e bom preparo físico para percorrer quase toda a extensão do campo com certa frequência. No empate contra o Patrocinense, deu mostras daquela que pode ser a principal fraqueza: o jogo aéreo. Os dois gols marcados pelo time do interior saíram em lances em que Samuel Xavier, de 1,67m, não conseguiu marcar com eficiência os atacantes rivais.

Patric - Dois jogos

Nada de polivalência. Ao menos no início da temporada, Patric é lateral-direito. E só. De volta de empréstimo, o jogador atuou duas vezes - ambas na equipe reserva - em 2018. Criou pouco, demonstrou toda a determinação de outros tempos e não comprometeu na parte defensiva. É visto com grande desconfiança por parte da torcida.

Carlos César - Nenhum jogo

Vive um momento de redenção. Recuperado de uma ruptura no ligamento do tornozelo esquerdo, em 13 de maio de 2017, o Carlos César voltou a ser relacionado para partidas apenas nesta temporada. Ainda não entrou em campo em 2018. A princípio, é a terceira opção para a lateral direita, atrás de Samuel Xavier e Patric.

Fábio Santos - Três jogos

Jogador mais regular do Atlético em 2017, o lateral-esquerdo tende a assumir ainda mais o papel de protagonista nesta temporada. Fábio Santos, de 32 anos, é um dos jogadores mais experientes do elenco e, justamente por isso, deve se consolidar como líder de grupo após as saídas de Robinho e Fred. Até o momento, tem se mostrado seguro defensivamente. A principal mudança nas ações dele em campo é quanto aos avanços até o ataque. A troca de Marcos Rocha (com características ofensivas) por Samuel Xavier (com características defensivas) do lado direito faz com que Fábio tenha mais possibilidade de aparecer lá na frente.

Danilo - Três jogos

Outro que volta de empréstimo. Fez boa partidas pelo Atlético em 2017 como ponta. Em 2018, retorna à posição de lateral-esquerdo. Danilo atuou duas vezes no time reserva nesta temporada. Foi pouco exigido defensivamente e não conseguiu ser desafogo para a equipe nos duelos contra Boa Esporte e Villa Nova. Substituiu o poupado Fábio Santos contra a URT. Foi bastante acionado ofensivamente. Talvez por consequência disso, deu espaços para contra-ataques rivais.

César - Nenhum jogo

Chamado para o time de cima no início da temporada, César ainda não estreou. Geralmente, treina com o chamado ‘terceiro grupo’ e, por enquanto, está sem espaço para jogar. Processo natural para um jovem de 20 anos, que precisa de mais tempo para se firmar.

Zagueiros

Leonardo Silva - Três jogos e um gol

Bruno Cantini/Atlético

Titular, experiente, capitão. Apesar das críticas de parte da torcida, o ídolo alvinegro, de 38 anos, iniciou o ano de 2018 com moral. Passou por um período de preparação específica durante a pré-temporada para suportar a carga de jogos. Apresentou dificuldades nos embates contra atacantes mais velozes, porém não comprometeu e mostrou a costumeira segurança na maioria dos lances. De quebra, marcou, de cabeça, um dos gols na partida contra o Patrocinense.

Gabriel - Três jogos

Oswaldo de Oliveira optou por dar sequência à dupla de zaga que encerrou 2017 como titular. Gabriel mantém, desde o meio de 2016, o nível das atuações. Defensor veloz e pouco faltoso, pode ganhar moral caso a estratégia tática favoreça o sistema de marcação. Foi pouco exigido no início do ano.

Felipe Santana - Nenhum jogo

Assim como Leo Silva, passou por um período de preparação específica para suportar as exigências físicas da temporada. Ainda não estreou na temporada. Apesar disso, acredita que pode recuperar o espaço perdido durante 2017. Felipe Santana é experiente e acumula boas atuações no futebol alemão - ainda não repetidas no Brasil. A expectativa da comissão técnica é que o defensor tenha se readaptado ao futebol local para, quem sabe, ser importante em 2018.

Nathan - Nenhum jogo

É o último da ‘linha sucessória’ dos zagueiros do Atlético. Aos 20 anos, destacou-se na base e era capitão do time sub-20. É considerado um zagueiro ágil. Assim como César e os outros jovens do elenco, precisará de tempo para se adaptar e ganhar espaço.

Iago Maidana - Nenhum jogo

Foi muito bem no Paraná em 2017. Contratado por empréstimo pelo Atlético, Maidana, de 22 anos, é considerado um potencial titular. Tem sido um dos destaques dos treinamentos na Cidade do Galo e pode, quem sabe, ganhar espaço futuramente. Para isso, precisa desbancar Leo Silva ou Gabriel. Ainda não estreou pelo clube alvinegro - especialmente por também ter passado por um processo específico de preparação.

Bremer - Dois jogos

Outro jovem zagueiro do Atlético. Disputou, como titular, as duas partidas do time reserva no Campeonato Mineiro. Foi pouco exigido, mas demonstrou segurança. Nos últimos dias, perdeu espaço para Felipe Santana e Iago Maidana nos treinamentos.

Matheus Mancini - Dois jogos

O filho do técnico Vagner Mancini é uma das esperanças do Atlético para o futuro, apesar de já ter 23 anos. O jovem defensor atuou nas duas partidas do time reserva em 2018. Não comprometeu (apesar de ter sido pouco exigido), demonstrou segurança e ainda chamou atenção pelos lançamentos precisos para o ataque.

Volantes

Lucas Cândido - Nenhum jogo

Assim como Carlos César, precisou passar por um longo processo de recuperação em função de problemas no joelho. Lucas Cândido, de 24 anos, ainda não voltou a ser relacionado para jogos, mas já treina em campo na Cidade do Galo. É preciso paciência - da torcida e da comissão técnica - em relação ao processo de transição vivido pelo volante.

Yago - Dois jogos

O jovem volante de 22 anos terminou 2017 cheio de moral com o técnico Oswaldo de Oliveira. Na última temporada, ganhou espaço e tomou o lugar do experiente Adilson. Iniciou 2018 entre os reservas e foi um dos destaques da equipe nas partidas contra Boa Esporte e Villa Nova. Apesar da pouca idade, desperta atenção especial do departamento médico em relação às condições musculares. Pode ser importante para o time, principalmente por conta da quantidade de jogos e do momento vivido pelo titular Arouca, que pouco atuou na última temporada.

Adilson - Nenhum jogo

É o protagonista de uma das histórias mais comentadas na Cidade do Galo e entre os torcedores em 2018. Apesar de ter terminado 2017 em baixa, foi peça importante do time de Oswaldo de Oliveira na última temporada. Apesar disso, foi relegado à Florida Cup e só reintegrou o elenco principal às vésperas da estreia no Campeonato Mineiro. Tem sido relacionado frequentemente e luta para recuperar espaço. Ainda não atuou no ano e é uma opção de volante mais marcador para uma estratégia de jogo posicional.

Roger Bernardo - Nenhum jogo

Chegou ao clube em 2017 com a expectativa de ser importante especialmente em jogos contra adversários mais ‘cascudos’. Foi bem nas poucas chances que teve na última temporada, mas não engatou uma sequência de partidas. Em 2018, não estreou e treina, diversas vezes, no ‘terceiro grupo’. Admitiu recentemente que, se não tiver oportunidades, pode deixar o Atlético e, quem sabe, voltar para a Alemanha.

Gustavo Blanco - Quatro jogos

Iniciou o ano na equipe reserva. Assim como Yago, destacou-se nas partidas contra Boa e Villa. Demonstrou a mobilidade e a capacidade de ‘romper linhas’ já apresentadas durante 2017. Recebeu chances, inclusive, de entrar durante jogos em que o time titular foi escalado. Está com moral com a torcida e com Oswaldo de Oliveira.

Arouca - Três jogos

Era, talvez, uma das grandes incógnitas do time considerado titular. O volante pouco atuou durante a temporada 2017 no Palmeiras. Recuperado de lesões, já jogou três vezes no Campeonato Mineiro e tem demonstrado firmeza em divididas. É o primeiro homem do meio de campo montado por Oswaldo de Oliveira e tende a facilitar a saída de bola da equipe - algo que não ainda tem sido demonstrado no início de 2018. Com a sequência de partidas, deve melhorar de rendimento, tanto na marcação, quanto no jogo ofensivo.

Elias - Três jogos e dois gols

Bruno Cantini/Atlético


Artilheiro do time até o momento, o volante foi o grande destaque da vitória contra o Democrata-GV, mas não conseguiu ser tão participativo diante de Patrocinense e URT. Além das obrigações defensivas, Elias tende a voltar a ser, em 2018, o jogador que chamava atenção ofensivamente no Corinthians de Tite. Justamente por isso, a comissão técnica do Atlético optou por modificar sutilmente o sistema tático da equipe de um 4-2-3-1 para um 4-1-4-1 - formação observada em determinados momentos das partidas.

Meias

Cazares - Três jogos e duas assistências

O ‘cérebro’ do time. A regularidade de Cazares é pré-requisito para a melhora de rendimento do Atlético. O equatoriano iniciou o ano bem ao distribuir duas assistências na partida contra o Democrata-GV. Não foi tão incisivo nas duas partidas seguintes em lances de gols, mas tem se movimentado bastante. Apareceu diversas vezes no campo defensivo. Além disso, o meia é cobrado para auxiliar Elias e Arouca na saída de bola pelo centro do campo.

Otero - Três jogos e três assistências

Bruno Cantini/Atlético

Tudo ‘normal’ na vida de Otero. Assim como no final de 2017, o venezuelano é um dos principais destaques do time no início de 2018. Bate escanteios com as duas pernas - sempre fechados, estratégia montada pela comissão técnica para esta temporada -, é arma importante nas bolas paradas e já distribuiu três assistências no ano. Como de costume, tem ajudado defensivamente. No ataque, ainda não conseguiu engrenar como homem de criatividade. A parceria com Cazares, se bem estruturada, pode render frutos ao Atlético.

Tomás Andrade - Nenhum jogo

O argentino de 21 anos é uma das principais apostas do Atlético para o ano. O meia, emprestado pelo River Plate, ainda não estreou. Nos treinamentos, tem se mostrado participativo. Apesar de ainda não ter protagonizado grandes momentos na Cidade do Galo, recebe elogios internos com frequência.

Bruno Roberto - Dois jogos

O jovem é uma das principais apostas do Atlético para o futuro. Aos 17 anos, chamou a atenção da comissão técnica pelo bom desempenho nos treinamentos. Foi acionado em duas oportunidades durante os jogos. Contra o Villa Nova, mostrou-se uma válvula de escape importante, apesar de não ter feito gol ou dado assistência; diante do Patrocinense, foi mais discreto. Deve receber muitas chances no decorrer de 2018.

Atacantes

Luan - Um jogo

O ‘Menino Maluquinho’ também passou por um processo de preparação individualizada antes de começar a jogar. Atuou uma vez em 2018 e deu mais mobilidade ao time contra a URT. Foi escalado de uma maneira diferente por Oswaldo: centralizado, com a função de armar o jogo. Pode ser importante - especialmente se conseguir ter sequência de partidas.

Pablo - Nenhum jogo

Deve ter poucas oportunidades no Atlético em 2018. De volta após empréstimo na última temporada, tenta ganhar espaço em meio à concorrência com atletas experientes e outros jovens como ele.

Clayton - Nenhum jogo

Recupera-se de grave lesão sofrida no último treino do Atlético em 2017. Obviamente, não entrou em campo em 2018. Sai atrás na briga por posição, especialmente após as contratações de Erik e Róger Guedes e do retorno de Hyuri, emprestado na última temporada.

Ricardo Oliveira - Três jogos e um gol

Bruno Cantini/Atlético

O gol saiu - e com grande estilo. Ricardo Oliveira, de 37 anos, garantiu, com uma cavadinha, a vitória alvinegra contra a URT. O centroavante tem se mostrado participativo nas ações ofensivas tanto na área, quanto fora dela. Apesar do pouco tempo de Atlético, já é líder e deve ser importante para as pretensões do clube no ano.

Róger Guedes - Três jogos e um gol

O primeiro jogo de Róger Guedes encheu os olhos dos torcedores. Participativo, driblador e veloz, marcou gol contra o Democrata-GV. Nas outras partidas, não foi tão importante ofensivamente. Mas, como previsto pela comissão técnica, é desafogo e boa opção para lances de velocidade. Inicia o ano como titular absoluto.

Erik - Três jogos e nenhum gol

Tentou, buscou o jogo, se esforçou, mas ainda não conseguiu ter uma boa atuação pelo Atlético. O jovem atacante atua em várias posições e pode ajudar o time durante o ano.

Marco Túlio - Quatro jogos

Jovem, veloz, driblador… Marco Túlio é uma das principais promessas do Atlético para os próximos anos. Tem sido acionado com frequência no decorrer dos jogos e, recentemente, ganhou a vaga de Hyuri durante os treinamentos na Cidade do Galo. Sempre que entra, causa preocupação na zaga adversária. Tende a evoluir.

Hyuri - Dois jogos

Logo na primeira partida do ano, contra o Boa, Hyuri conseguiu criar boas oportunidades do lado direito do ataque. O jogo diante do Villa Nova, entretanto, não foi não produtivo para o atacante. De volta da China, precisará de mais tempo para se readaptar ao futebol brasileiro e, quem sabe, deixar as desconfianças de lado.

Carlos - Dois jogos

Centroavante do time reserva, Carlos não conseguiu empolgar nos dois jogos em que atuou em 2018. Não conseguiu brigar com os zagueiros adversários e pouco criou. Verdade seja dita: não teve tantas chances claras para marcar. Precisa se provar eficiente.

Alerrandro - Um jogo

Destaque na base, Alerrandro é outra opção para a função de ‘9’. O centroavante de apenas 18 anos recebeu oportunidade em um jogo, mas teve pouco tempo para atuar. Nos treinos, mostra dedicação. Assim como outros jovens, precisa de mais tempo para se adaptar.

Técnico

Oswaldo de Oliveira

Bruno Cantini/Atlético

O experiente treinador tem em mãos um grupo bastante modificado em relação ao de 2017. Estabeleceu a estratégia de alternar os times titular e reserva nos quatro primeiros jogos do ano. Apesar das críticas de parte da torcida, é preciso dizer que a pré-temporada é realmente muito curta. Com isso, o planejamento pode se mostrar interessante a médio prazo. Pouco tempo para qualquer tipo de análise mais aprofundada. Entretanto, alguns movimentos trabalhados por Oswaldo já são perceptíveis. Falta, por outro lado, maior capacidade de sair jogador e de criação de oportunidades para os homens da frente - aspectos que devem se desenvolver pouco a pouco.

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