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Atlético vai chegar a 10 treinadores entre efetivos e interinos nos últimos cinco anos

Diretoria estuda no mercado o melhor perfil para assumir o clube

postado em 15/02/2018 12:08 / atualizado em 15/02/2018 13:10

Com a saída de Levir Culpi do Atlético em 2015, nenhum treinador foi longevo no cargo. Todos sofreram com o imediatismo do futebol brasileiro – alguns, é bem verdade, não justificaram a continuidade. Mas as trocas evidenciam erros nas escolhas dos homens da prancheta para comandar o vestiário. Nos últimos cinco anos (contando a temporada'2018 que ainda está só no começo), o Galo teve nove treinadores diferentes entre efetivos e interinos.

Neste momento, o Galo se encontra em mais um momento de mudança: Oswaldo de Oliveira foi demitido e a nova cúpula do futebol estuda o mercado para escolher o perfil ideal. Fábio Carille, do Corinthians, foi convidado, mas não aceitou. Sondado, Abel Braga garantiu sua permanência no Fluminense. Cuca também não deve voltar à Cidade do Galo por ora. Diante desses reveses, a diretoria sabe que precisa acertar na escolha para não jogar 2018 no lixo. O próximo da fila será o 10º nome desde 2014: Paulo Autuori, Levir Culpi, Diogo Giacomini, Diego Aguirre, Marcelo Oliveira, Roger Machado, Rogério Micale, Oswaldo de Oliveira e Thiago Larghi.

Treinadores com passagem pelo Galo nos últimos cinco anos

2014 – Paulo Autuori

EM/D.A Press


Com a saída de Cuca, Paulo Autuori assumiu o comando do Atlético no início de 2014. O técnico chegou com uma grande responsabilidade: substituir o treinador que ajudou a trazer a Copa Libertadores para a Cidade do Galo em 2013. Com Autuori, o time perdeu a intensidade da era Cuca e caiu de rendimento. A torcida pressionou a diretoria, que não segurou o técnico carioca. Autuori ficou apenas quatro meses em Belo Horizonte. Ele foi demitido após derrota do Atlético no primeiro jogo das oitavas de final da Copa Libertadores contra o Atlético Nacional, da Colômbia. Ao todo , comandou o time em 23 jogos, com 11 vitórias, 9 empates e 3 derrotas.

2014/2015 – Levir Culpi

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press


O técnico paranaense foi o último que conseguiu conquistar o carinho e o respeito de grande parte dos torcedores atleticanos. Levir voltou ao Brasil depois de longo tempo no futebol japonês. E o casamento não poderia ser melhor. O Atlético recuperou a confiança e voltou a ser o 'Galo Doido' da era Cuca. Com Levir, o Galo venceu a Recopa Sul-Americana, o Campeonato Mineiro e a Copa do Brasil. A Copa do Brasil, aliás, é um dos títulos mais emocionantes do futebol brasileiro, com viradas inesquecíveis sobre Corinthians e Flamengo e decisão contra o rival Cruzeiro, que não resistiu e perdeu as duas partidas, no Independência e no Mineirão. Em 2015, a união chegou ao fim. Em novembro daquele ano, o então presidente Daniel Nepomuceno informou o treinador que não renovaria o seu contrato.

2015 – Diogo Giacomini

Edesio Ferreira/EM/D.A Press


Levir deixou o Galo antes de o ano terminar. Quem comandou o Galo nos últimos dois jogos da temporada foi o auxiliar técnico do clube Diogo Giacomini: perdeu do Grêmio e venceu a Chapecoense. Enquanto ficou no Galo, foi o responsável por conduzir o time quando a diretoria procurava um novo treinador.

2016 – Diego Aguirre

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press


Sem Levir, o Atlético resolver apostar em um estrangeiro. O uruguaio Diego Aguirre foi o treinador escolhido. Ele já tinha tido uma passagem pelo futebol brasileiro: comandou o Internacional em 2015, chegando à semifinal da Copa Libertadores. A passagem pelo Galo se resumiu ao primeiro semestre de 2016. Pressionado pela perda do Campeonato Mineiro para o América e pela eliminação para o São Paulo nas quartas de final da Libertadores, Aguirre e diretoria chegaram a um acordo, rompendo o contrato. Em 29 jogos oficiais, venceu 14, empatou 7 e perdeu 8 - números não levam em conta a Florida Cup.

2016 – Marcelo Oliveira

EM/D.A Press


Depois de fazer sucesso no Cruzeiro, clube no qual foi bicampeão brasileiro (2013 e 2014), e vencer a Copa do Brasil pelo Palmeiras, em 2015, o técnico Marcelo Oliveira assumiu a responsabilidade de dar um novo impulso ao seu time de coração. Mas a passagem foi frustrante e durou pouco tempo. Ele foi demitido em novembro após perder o primeiro jogo da final da Copa do Brasil para o Grêmio, por 3 a 1, no Mineirão. Em 48 jogos, foram 18 vitórias, 14 empates e 10 derrotas.

2016 - Diogo Giacomini

Com a demissão de Marcelo Oliveira, a missão de comandar o Atlético na finalíssima da Copa do Brasil, em Porto Alegre, contra o Grêmio, ficou para Diogo Giacomini. O anúncio foi feito no dia 25 de novembro de 2016, pelo então presidente Daniel Nepomuceno. Antes da decisão no Sul, Giacomini esteve a frente da equipe contra o São Paulo, pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro, e viu o alvinegro ser derrotado por 2 a 1. Na finalíssima contra o Tricolor Gaúcho, empatou por 1 a 1 e viu o adversário ser pentacampeão da competição. Ele dirigiria o Galo na última rodada do Brasileiro, mas o Alvinegro não entrou em campo contra a Chapecoense, em função do acidente aéreo com a equipe catarinense na Colômbia.

2017 - Roger Machado

Marcio Cunha/Diario Catarinense


Roger Machado assumiu o Galo em 2017. O treinador chegou ao alvinegro após ter feito bom trabalho no Grêmio. Ele era bem visto pela diretoria pelo seu perfil jovem e estudioso. Conquistou o Campeonato Mineiro em cima do Cruzeiro e classificou o Galo como líder de seu grupo na Libertadores, mas acabou perdendo o primeiro jogo das oitavas de final para o Jorge Wilstermann, por 1 a 0. A derrota para a equipe boliviana e a sequência de resultados ruins no Campeonato Brasileiro custaram o emprego do treinador, que deixou o Atlético no dia 20 de julho, após 43 jogos, com 23 vitórias, nove empates e 11 derrotas.

2017 – Diogo Giacomini


Após a saída de Roger, Diogo Giacomini assumiu interinamente o time no revés para o Vasco, por 2 a 1, no Independência, pelo Brasileirão.

2017 - Rogério Micale

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press


No dia 21 de julho de 2017, Rogério Micale foi anunciado como novo treinador do Atlético. Foi a primeira equipe que o técnico assumiu após conquistar o ouro olímpico inédito na Rio'2016. Pelo Galo, ele tinha duas missões: avançar com o time na Copa do Brasil e na Libertadores, além de alavancar a campanha alvinegra no Campeonato Brasileiro. A primeira eliminação foi na Copa do Brasil. Após o Atlético vencer a partida de ida das oitavas, contra o Botafogo, no Independência, por 1 a 0, foi ao Rio para carimbar a classificação e acabou perdendo de 3 a 0. Na mesma fase, só que na Libertadores, o alvinegro precisava reverter a desvantagem de 1 a 0 sofrida na partida de ida, contra o Jorge Wilstermann, na Bolívia. Não conseguiu. O empate sem gols no Mineirão eliminou os mineiros do torneio continental. A derrota para o Vitória, por 3 a 1, em BH, pelo Brasileirão, no dia 24 de setembro, foi a gota d’água para a demissão de Micale. Ao todo, foram 13 partidas, com cinco vitórias, três empates e cinco derrotas.

2017/2018 - Oswaldo de Oliveira

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press


Oswaldo de Oliveira, então, foi chamado para salvar a temporada do Atlético. O treinador foi anunciado no dia 26 de setembro com a missão de afastar o time da zona de rebaixamento do Brasileirão, já que a distância estava a apenas três pontos. A equipe cresceu de produção e passou a sonhar com uma vaga na Copa Libertadores, mas o desempenho voltou a cair na reta final da Série A e o Galo ficou na 9ª posição. Apesar dos reforços para 2018, Oswaldo não conseguiu, pelo menos neste início de temporada, montar uma equipe competitiva. O Galo não fez 90 minutos de qualidade nesses primeiros jogos de 2018. E os resultados também não colaboraram. A postura descontrolada do treinador, que quase agrediu o repórter Léo Gomide, da rádio Inconfidência, após o empate entre Atlético e o xará acreano (1 a 1), em jogo pela Copa do Brasil, também pesou em sua demissão.

2018 - Thiago Larghi

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press


Enquanto o substituto de Oswaldo de Oliveira não é definido, Thiago Larghi comandará o Atlético. O auxiliar, que chegou na comitiva do treinador recém-demitido, passou a ser fixo do alvinegro. Uma de suas missões a curto prazo é passar todas as informações para o futuro técnico sobre o grupo de jogadores e os problemas que prejudicaram a equipe nas primeiras partidas de 2018. Larghi comandou o Atlético na derrota contra a Caldense, no último sábado, por 2 a 1, no Independência, pela sexta rodada do Campeonato Mineiro. O técnico interino também estará à beira do campo no clássico contra o América, no domingo, às 17h, no Horto.

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