Titular do Atlético na vitória por 3 a 0 no clássico contra o América, nesse domingo, pelo Campeonato Mineiro, Patric demonstrou confiança para se firmar de vez na equipe. Contratado pelo Atlético em 2011, o lateral-direito espera superar a fase instável e aponta Marcos Rocha como referência para permanecer no Galo por um longo período. O jogador citado por Patric defendeu o clube alvinegro por cerca de 12 anos e se transferiu para o Palmeiras no início desta temporada.
“Eu trabalho para ser titular. Vou brigar pelo meu espaço, respeitando os meus companheiros. Estarei trabalhando a cada dia para que a gente ganhe títulos de expressão e fique marcado na história do Atlético. Quem sabe não posso ficar como (Marcos) Rocha, com 10, 12, 13 anos no clube. Isso seria fundamental. Mas agora é diferente, sem ser emprestado. Daqui para frente, quem sabe, construir mais sete anos. É um sonho, mas é possível, é palpável, desde que você trabalhe com dedicação, e se o grupo tiver bem consolidado”, declarou o polivalente, em entrevista coletiva na Cidade do Galo.
Desde a chegada ao Atlético, Patric foi emprestado para Ponte Preta (2011), Avaí (2012), Coritiba (2013), Sport (2013/2014) e Vitória (2017). Com contrato com o Galo até o fim deste ano, o lateral tem no filho Dominic, de dois anos, a grande motivação para permanecer em Belo Horizonte. Com apenas oito meses de idade, o garotinho foi diagnosticado com hemimelia tibial, doença rara que atinge uma em um 1,5 milhão de crianças, e teve de amputar a perna em dezembro do ano passado.
“Tem vários motivos (pela falta de sequência no Atlético). Desde que eu cheguei, passei um momento longe. Tive uma fase maravilhosa no Sport, e retornei jogando de lateral e avançado. Hoje eu tenho 106 jogos pelo Atlético, a equipe que eu mais defendi na minha carreira. Quero que esse fruto que foi plantado ganhe vida, para que um dia eu possa colher esse fruto. Só tenho a agradecer ao Atlético. Agradeço a Deus e ao Atlético. Todo mundo sabe que meu filho está em BH, e aqui é maravilhoso para ele. É um lugar onde ele tem crescido e evoluído. Então, a gente assume essa responsabilidade boa e gostosa que é defender o Atlético”, concluiu.