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Diante da URT, neste domingo, Atlético quer manter tabu no Campeonato Mineiro

Desde 1997, Atlético não perde uma disputa mata-mata para times do interior

postado em 17/03/2018 10:56 / atualizado em 17/03/2018 11:05

Bruno Cantini/Atlético
Por mais que existam diferenças nos orçamentos, os confrontos entre times da capital com os do interior tendem a ganhar mais equilíbrio a cada edição do Campeonato Mineiro. Apesar disso, os resultados nos jogos de mata-mata são amplamente a favor dos clubes de maior investimento. Uma prova disso é o Atlético, que vai enfrentar a URT amanhã, às 16h, no Independência, pelas quartas de final, defendendo um tabu de mais de duas décadas: desde 1997 a equipe não perde um confronto eliminatório para um time do interior.

Há 21 anos, o Galo foi superado nas semifinais pelo Villa Nova, que acabou perdendo o título para o Cruzeiro. Desde então, o time alvinegro, embora capengue nas fases iniciais jogando contra os adversários de menor expressão, mostra sua força na reta decisiva. Em 2010 e 2015, essa supremacia foi mostrada na decisão, vencendo Ipatinga e Caldense, respectivamente.

Ainda que o retrospecto seja favorável, os jogadores alvinegros evitam fazer qualquer projeção sobre o duelo com a URT, campeã do interior nas duas últimas temporadas. Em ambas as edições, o Trovão foi eliminado nas semifinais justamente pelo Galo, sempre com jogos equilibrados e duros. “A gente sabe que temos uma grande oportunidade de decidir dentro de casa, contra um adversário duro. Sentimos isso no jogo da primeira fase. É uma partida que requer muita atenção. O Atlético se habituou a jogar decisões e precisamos mais uma vez nos doar ao máximo para superar isso”, afirma o atacante Ricardo Oliveira, que marcou diante da URT, no turno, em Patos de Minas, o primeiro gol com a camisa alvinegra.

Como em todos os jogos no Horto contra adversários de menor expressão, o Atlético espera que o time de Patos atue de forma recuada. Por isso, a comissão técnica vem preparando estratégias para tentar penetrar na defesa rival. Na visão do técnico interino Thiago Larghi, a URT virá a Belo Horizonte para jogar por uma bola: “A gente sabe que é uma das características desse jogo, que é tentarmos furar a defesa. Mas sabemos que temos de tomar os cuidados na nossa defesa, atenção nos contra-ataques, pois há um lateral-direito rápido. A gente também prepara as defesas para eventuais surpresas e contra-golpes que eles vão querer ter. Mas vamos tentar focar bastante para atacar e defender bem e conseguir o resultado positivo”.

NOVIDADE

O time que jogará amanhã terá uma novidade importante. Depois de ficar fora contra o Figueirense, pela Copa do Brasil, devido a uma amigdalite, o volante Elias entra na vaga de Arouca. O zagueiro Gabriel voltou a treinar com o grupo ontem, recuperado de conjuntivite – o camisa 4 chegou a ser titular contra o time catarinense, mas teve de deixar o jogo no intervalo, substituído por Maidana.

Apesar das críticas da torcida, Thiago Larghi sabe que o Galo poderá render muito mais do que mostrou contra o Figueirense: “Acho que o jogo em si serve de lição, como todos os jogos. A partida teve suas características próprias e tirar as lições é importante. Estamos no início de trabalho e temos que levar em consideração para buscar nossa evolução. A gente tirou lições, conseguimos melhorar e vamos consertar para fazer grande jogo no domingo (amanhã)”.


GALO X TIMES DO INTERIOR

Edição  Adversário batido                       Colocação 
1998    Caldense (quartas de final)    Vice-campeão
2004    Caldense (semifinal)             Vice-campeão
2007    Democrata-GV (semifinal)      Campeão
2008    Tupi (semifinal)                    Vice-campeão
2009    Rio Branco (semifinal)           Vice-campeão
2010    Democrata-GV (semifinal)      Campeão
2012    Tupi (semifinal)                    Campeão
2013    Tombense (semifinal)           Campeão
2015    Caldense (final)                   Campeão
2016    URT (semifinal)                    Vice-campeão
2017    URT (semifinal)                    Campeão

Obs: de 1999 a 2001, a fórmula de disputa não previu mata-mata na segunda fase. Em 2002, os times da capital só entraram na disputa na segunda fase, com o Supercampeonato Mineiro, vencido pelo Cruzeiro. Já a edição de 2003 foi definida em pontos corridos em turno único, sem mata-mata. Em 2005 e 2006, o Galo foi eliminado nas semifinais pelo Cruzeiro. Em 2014, superou o América na segunda fase

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