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Lucro de quase R$ 8 milhões em 13 jogos: veja planilha apresentada pela Minas Arena para convencer o Atlético a jogar no Mineirão

Concessionária quer retorno do clube ao estádio para melhorar economias

Juarez Rodrigues/EM/D.A. Press
A Minas Arena segue em busca de um acordo para fazer com que o Atlético mande partidas no Mineirão. Durante reunião no mês de março, o diretor comercial da concessionária, Samuel Lloyd, apresentou uma planilha para tentar convencer a alta cúpula alvinegra de que é mais vantajoso financeiramente atuar no estádio na Pampulha que no Independência. Os dados se baseiam em borderôs oficiais e mostram que o clube arrecadou quase R$ 8 milhões em 13 jogos disputados na antiga casa.

Divulgação/Minas Arena
A planilha mostra todas as partidas disputadas pelo Atlético como mandante no Mineirão desde 2016. A comparação é com um jogo no Independência: Atlético 0 x 3 Corinthians, pela 33ª rodada do Campeonato Brasileiro. O confronto reuniu os dois líderes do torneio. Vitória faria com que o time mineiro encurtasse a distância do rival para quatro pontos. A derrota, entretanto, praticamente sacramentou o título dos paulistas.

As aparições do Atlético como mandante no Mineirão, desde 2016, reúnem jogos de importância distinta. O extrato divulgado pela Minas Arena mostra que o clube obteve lucro de R$ 7.804.881,48.

Nesse período, a partida que mais rendeu capital ao Atlético foi diante do Grêmio, pelo primeiro jogo da final da Copa do Brasil de 2016 (R$ 2.579.568,86, com 50.586 presentes). O confronto mandado no Independência e explicitado no relatório reuniu 21.798 torcedores, com arrecadação de R$ 1.053.466,16.

A Minas Arena defende ainda que jogar no Mineirão custa pouco ao Atlético. Segundo a planilha, o clube gastou apenas R$ 3,95 por torcedor na decisão para arcar com despesas de atuar no estádio.

Em comparação com o valor do tíquete médio, o lucro final por pessoa presente na final foi de R$ 50,99. No jogo contra o Corinthians, no Brasileirão, o resultado foi R$ 48,33, segundo os cálculos apresentados na planilha.

Os números divulgados pela Minas Arena tentam convencer o Atlético a mandar partidas no Mineirão, como ocorreu na maior parte do tempo entre os anos de 1965 e 2010. A concessionária defende que jogar no estádio custa menos, por exemplo, que o valor pago à ‘Ingresso Fácil’*, empresa que media a venda de ingressos para as partidas do clube.

Desde 2012, o Atlético adota o Independência como 'casa' em quase todos os compromissos. A volta do clube ao Mineirão ajudaria a concessionária a lucrar. Nos últimos 20 meses, a administradora do estádio apresentou apenas saldos negativos.

Situação do Atlético

Em 2012, o Atlético fechou um contrato com a BWA Arena para mandar as partidas no Independência. Na época, o Mineirão ainda estava fechado para obras, e o estádio do Horto acabara de ser reinaugurado. Desde então, o time alvinegro atua no Gigante da Pampulha em jogos esporádicos.

Em março deste ano, o diretor de futebol do Atlético, Alexandre Gallo, declarou que não pensa em um retorno ao Mineirão pelos custos na utilização do Gigante da Pampulha. “Nesse primeiro momento não temos a ideia ainda de ir para o Mineirão. Eu gosto, particularmente, bastante dos jogos quando acontecem lá, mas inicialmente em função dessa questão dos custos também, ainda serão no Independência”, disse o dirigente, em entrevista à Rádio 98 FM, de Belo Horizonte.

*Anteriormente, esta reportagem informava que a empresa responsável pela comercialização das entradas para jogos do Atlético como mandante era a Ingresso Rápido. O texto foi corrigido às 15h31 do dia 23 de abril de 2018.

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