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Liderança do Atlético no Campeonato Brasileiro tem seis pilares; veja

Soma de vários fatores ajuda a explicar a dianteira do time na competição, indo do padrão tático a 100% de aproveitamento em casa, onde encara o Flamengo

postado em 22/05/2018 08:00 / atualizado em 22/05/2018 09:44

Bruno Cantini/Atlético
Mais de dois anos depois de assumir a dianteira da competição por sete rodadas consecutivas e ser ultrapassado pelo Corinthians no fim, o Atlético comemora o bom começo e a liderança do Campeonato Brasileiro. O objetivo agora é abrir vantagem. Ao ser eliminado precocemente na Sul-Americana e na Copa do Brasil, o Galo, por vias tortas, consegue alívio no calendário para se dedicar exclusivamente à competição por pontos corridos. Esta primeira colocação é consequência de uma série de fatores que, somados, ajudaram o alvinegro a acumular forças.

No sábado, o time terá confronto direto e pode disparar na ponta se vencer o Flamengo, no Independência, onde o Galo tem se mostrado impiedoso contra os rivais: bateu Vitória, Corinthians e Cruzeiro. A boa campanha em casa contrasta com o desempenho ruim de 2017, quando os mineiros foram derrotados oito vezes em seus domínios, o que foi determinante para ficar fora da Copa Libertadores este ano. “Um jogo como esse chama a atenção. O Flamengo está disputando a liderança com a gente. Vai ser muito difícil, mas tomara que a gente aproveite o fator casa para vencer”, diz o lateral-esquerdo Fábio Santos, um dos mais regulares do grupo.

O volante Adílson entende que o confronto, às 21h de sábado, é aquele chamado de 'seis pontos': “Sabemos da rivalidade das equipes, o quanto é importante para o torcedor e para nossas ambições no campeonato. Vai ser importante chegar forte, tentando atuar da forma que jogamos contra o Corinthians”.

Adotar um estilo dentro e fora de casa tem sido uma das virtudes do time de Thiago Larghi neste Brasileiro. Com exceção da derrota para o Vasco por 2 a 1, na rodada inicial, a única na competição, a equipe, conseguiu envolver os adversários atuando como visitante no empate com o São Paulo por 2 a 2 (em que trocou mais passes, finalizou mais e teve mais posse de bola) e na vitória contra o Atlético-PR (em que registrou mais finalizações, desarmes e lançamentos certos).

Adílson sabe que há muitos fundamentos a melhorar, sobretudo converter as chances em gols: “A gente constrói muito e peca na finalização. Vale um cuidado, um treinamento ou um foco nisso. Somos um time em construção, começando pela defesa, pela saída de jogo. Então, talvez esteja no momento de focarmos na finalização”.

Escalação surpresa

As surpresas na escalação também fizeram a diferença nos resultados positivos. Com o hábito de fechar os treinos, Thiago Larghi surpreendeu ao escalar o zagueiro Bremer ao lado de Gabriel diante do Atlético-PR. O jovem zagueiro de 21 anos marcou de cabeça um dos gols dos mineiros. E no 1 a 0 contra o Cruzeiro, o treinador optou pelo recém-contratado Emerson na direita, deixando Patric no banco. O lateral de 19 anos teve boa atuação.

SEIS PILARES DA LIDERANÇA

Volta por cima de Róger Guedes
O atacante de 21 anos vem sendo o grande destaque do Brasileiro. Marcou gols nas quatro vitórias e num empate fora

Padrão tático mantido dentro e fora de casa
O time adotou a filosofia de manter intensidade na marcação, trabalhar bem a posse de bola e atacar em bloco, seja em casa ou fora

Voto de confiança a Thiago Larghi
Mesmo após saídas na Sul-Americana e na Copa do Brasil, treinador permaneceu, com a expectativa de o time manter a liderança até a parada para a Copa

Ausência de lesões
Apenas Leonardo Silva e Cazares já estiveram no departamento médico no Brasileiro, ambos com problemas musculares. Isso garante grande parte dos titulares inteiros a cada jogo

Estratégias escondidas a sete chaves
O Atlético tem se mostrado um time mais fechado, com treinos secretos. Há surpresas nas escalações, como Bremer diante do Atlético-PR e Emerson contra o Cruzeiro

Nova relação com o Horto
Com três vitórias em três jogos, o Horto outra vez se torna talismã. O time volta a ter bom retrospecto após decepcionar em casa no ano passado (43,8% de aproveitamento)

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