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Atlético busca saídas para retomar boa fase do sistema defensivo

Alvinegro teve queda de produção e levou sete gols nos últimos três jogos

postado em 05/06/2018 06:30 / atualizado em 04/06/2018 19:47

Bruno Cantini/Atlético

Em pouco mais de duas semanas, o Atlético despencou da liderança para a 10ª posição no Campeonato Brasileiro, acumulou tropeços em sequência e viu a pressão aumentar sobre os jogadores e o técnico Thiago Larghi. O momento ruim da equipe coincide exatamente com a queda de rendimento no setor defensivo, que havia mostrado evolução desde que o treinador assumiu a equipe, em fevereiro. Ao sofrer sete gols nos últimos três jogos, o Galo tenta absorver as críticas da torcida para voltar a vencer e a respirar na competição.

Em seu melhor momento, chegou a ficar 14 de 26 partidas com Thiago Larghi sem sofrer gols – tinha levado apenas seis nas seis primeiras rodadas do Brasileiro. Até o duelo com o Sport, na semana passada, o alvinegro não havia sido vazado três vezes numa mesma partida com o atual treinador. Mas os erros no Nordeste impediram que o time mantivesse a solidez na defesa e pudesse continuar entre os primeiros colocados. Já o empate com a Chapecoense por 3 a 3, no Horto, depois de os donos da casa estarem duas vezes à frente no placar, foi a gota d'água para que a desconfiança se reacendesse.

Por causa da queda de rendimento defensivo, o meia-atacante Luan criticou publicamente Larghi depois do tropeço quanto à postura tática geral e, particularmente, a seu posicionamento. “Ficamos expostos. Tem que rever. Eu, o treinador, a comissão técnica, todo mundo”, afirmou o jogador, que tem exercido papel diferente: vem atuando como uma espécie de volante, com incumbência de diminuir os espaços dos adversários e auxiliar na marcação.

Contra a Chape, Larghi trocou o zagueiro Gabriel pelo atacante Erik no início do segundo tempo, o que tornou a equipe mais exposta. Apesar de ter feito 3 a 2 no placar, com Róger Guedes, os anfitriões levaram o terceiro gol poucos minutos depois, em pênalti cometido por Fábio Santos.

O volante Adílson, que deve retornar diante do Coelho, livre de suspensão, tentou amenizar o impacto das declarações do colega. “O Luan é muito intenso dentro de campo e fora. Ele conversou com a gente aqui e muita coisa foi colocada fora de contexto, exagerado. Ele estava se cobrando muito mais do que a equipe em si. Teve um momento que ele poderia ter feito gol, saiu bravo com isso. É um companheiro com quem temos carinho. Sabemos que vamos ter a ajuda dele. É bem tranquilo entre nós. Conversamos hoje (ontem) e sabemos a intensidade dele. Não há problema entre a gente. Contamos com ele. Não há polêmica”.

Marcação

Recentemente, o treinador vinha revezando a zaga com Gabriel, Bremer e o experiente Leonardo Silva. Ganhando entrosamento, os dois jovens foram mantidos nos últimos quatro compromissos. “A equipe vinha sofrendo poucos gols até o jogo contra o Flamengo. Isso o professor procura ajeitar em todos os treinos. Se nos defendermos bem, vamos sair com a vitória, porque o ataque naturalmente vai dar conta na frente. Só não marcamos contra o Flamengo. A equipe toda tem de ajudar a marcar. Como vem ocorrendo em todos os jogos, o Róger Guedes sai de sua função para ajudar a roubar a bola. O Luan, Cazares e Ricardo Oliveira também. É função de todos jogarem bem para sairmos com a vitória”, destaca o zagueiro Juninho, que será improvisado como lateral-esquerdo contra o Coelho, no confronto que marca sua estreia. Fábio Santos cumpre suspensão.

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