Um fato curioso marcou a vitória do Atlético sobre o América, por 3 a 1, na noite desta quinta-feira, no Independência, em Belo Horizonte. O árbitro Bráulio da Silva Machado apitou o recomeço da partida, após o intervalo, com apenas nove atleticanos em campo. Róger Guedes e Ricardo Oliveira ainda não haviam voltado para o gramado quando a bola rolou.
Os jogadores voltaram a campo desesperados após a bola rolar. Eles perderam cerca de 40 segundos da partida. Logo depois, foram autorizados a voltar a campo. Após o jogo, Róger Guedes, que deu duas assistências no Horto, falou sobre o atraso para voltar do vestiário.
“Ele foi mais engraçado do que eu. Ele estava trocando o calção, eu estava cuidando do meu joelho, pela porrada que eu levei. Estava rezando. Acho que o juiz foi mais rápido. Mas eu não ia deixar de rezar para entrar rápido no campo. Então, faz parte do futebol, não pode acontecer isso. Se toma um gol no primeiro lance, ia cair tudo em cima de mim, para cima dele, mas graças a Deus aconteceu tudo certo”, disse o jogador.
Outro envolvido na situação inusitada, Ricardo Oliveira confirmou a versão de Róger Guedes. O jogador disse que, durante a segunda etapa, conversou com o dono do apito para entender o que havia acontecido.
“É uma responsabilidade nossa, uma falta de comunicação. Estava trocando minha roupa. O roupeiro demorou um pouquinho para me encontrar. Avisaram a gente que o jogo tinha começado e a gente entrou correndo. Corremos até risco de levar o amarelo. O Bráulio foi muito gentil e me disse que não tinha prestado atenção nisso. É algo raro no futebol”, disse.
Larghi expulso
Por causa do reinício sem os dois atletas alvinegros, o técnico Thiago Larghi se revoltou. O treinador reclamou muito e acabou chutando a bola como forma de irritação. Bráulio da Silva Machado acabou expulsando o treinador atleticano, que se desculpou.
“Gostaria de explicar a situação da arbitragem. Peço desculpas pelo ato. Estava no calor do jogo. Era uma situação nova, começamos com oito jogadores no segundo tempo. Nunca vi isso. Pelo que conversamos, o árbitro estava dentro das regras e poderia iniciar. Não custaria nada esperar os dois jogadores, começar com 11. Me exaltei, chutei a bola e fiz errado. Faço registro do que ocorreu na situação”, destacou.
