Depois da Copa do Mundo, o Atlético acumulou erros consecutivos fora de casa, desperdiçou pontos e viu adversários o ultrapassarem na classificação do Campeonato Brasileiro, da qual era vice-líder. Após as falhas que custaram caro, a equipe tem o desafio de voltar a crescer nos jogos longe da torcida. O primeiro deles será diante do Botafogo, amanhã, às 16h, no Rio.
Nos confrontos com Grêmio e Palmeiras (derrotas por 2 a 0 e 3 a 2, respectivamente) e no empate com o Bahia por 2 a 2, o time mineiro teve problemas diferentes que o impediram de conquistar melhor resultado. Em Porto Alegre, duas falhas dos zagueiros em bolas aéreas definiram os gols do tricolor gaúcho. Contra o alviverde paulista, o Galo chegou a empatar a partida duas vezes, mas levou um gol nos acréscimos por saída atabalhoada do goleiro Victor. E em Salvador, o time de Thiago Larghi vencia até os instantes finais, quando levou um gol em desatenção do sistema defensivo numa rebatida de escanteio.
Nas 12 primeiras rodadas, o Galo obteve duas vitórias (Atlético-PR e América) e empatou um (contra o São Paulo) dos cinco duelos na casa do adversário – 46% de aproveitamento. Depois do Mundial da Rússia, o alvinegro obteve apenas um dos nove pontos (11% de aproveitamento), o que interferiu na queda do segundo lugar para a quinta posição, a oito pontos do líder, São Paulo. A disparidade como mandante e visitante é grande: foram 73,3% dos pontos dentro e 33% fora.
O lateral-esquerdo Fábio Santos está ciente de que esses erros não podem voltar a ocorrer para não aprofundar o prejuízo: “Perdemos pontos que nos farão falta na frente por falta de atenção. São coisas bobas, mas fáceis de corrigir. A equipe vem tendo padrão de jogo e criando situações de gol. Mas é óbvio que nossa recuperação passa por diminuir o número de gols sofridos. Temos de voltar a ter um padrão, mesmo com todas essas mudanças após a Copa do Mundo. Tomara que possamos diminuir os erros em cada jogo, além de conquistar pontos importantes fora de casa também”.
O jogador voltará a ser titular depois de três partidas em recuperação de entorse no tornozelo esquerdo. Segundo o camisa 6, a dor ainda persiste, mas já não o incomoda em campo. Ele chegou a sentir incômodo no treino de quinta-feira e deixou a atividade.
Para ficar mais próximo da vitória no Rio, os jogadores esperam explorar a maratona do Botafogo, que encarou a partida contra o Nacional (PAR) pela Copa Sul-Americana e terá apenas dois dias (ontem e hoje) para se restabelecer fisicamente. “Isso ajuda muito. Não quer dizer que vamos vencer por causa do desgaste do adversário. Mas é uma semana a mais de preparação para entrosar a equipe. Não é garantia de êxito no resultado. Mas ajuda bastante estar mais descansado e treinado do que o adversário”, avalia Fábio Santos.
Thiago Larghi considera que as constantes mudanças no meio-campo interferiram no desempenho: “A maior dificuldade que tivemos foi devido às lesões do Adílson e do Blanco e pela negociação do Cazares. Espero que esse primeiro momento de instabilidade tenha passado. Espero que consigamos reencontrar o padrão de jogo. Para isso, precisamos de treino e entrosamento”.
Alterações
Além de Fábio Santos, o Galo terá os retornos de Galdezani e Cazares ao time titular no Rio. O volante entra na vaga de Elias, que levou o terceiro cartão amarelo e cumprirá suspensão automática, e o segundo ocupa a vaga do argentino Tomás Andrade.
Além de Fábio Santos, o Galo terá os retornos de Galdezani e Cazares ao time titular no Rio. O volante entra na vaga de Elias, que levou o terceiro cartão amarelo e cumprirá suspensão automática, e o segundo ocupa a vaga do argentino Tomás Andrade.
Números díspares
Fora de casa
Antes da Copa – 46,6% de aproveitamento (2 vitórias, 1 empate e duas derrotas)
Depois da Copa – 11% de aproveitamento (Nenhuma vitória, 1 empate 2 duas derrotas)
Desempenho geral
Como mandante
73,3% de aproveitamento (7 vitórias, 1 empate e duas derrotas)
Como visitante
33,3% de aproveitamento (2 vitórias, 2 empates e quatro derrotas)