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Atlético vê estrangeiros do elenco subindo gradativamente de rendimento

Gringos são apostas do Galo para iniciar returno do Brasileiro com vitória

postado em 22/08/2018 11:59 / atualizado em 22/08/2018 12:06

Bruno Cantini/Atlético

O espanhol tem cada vez mais dominado as conversas diariamente nos treinos na Cidade do Galo. Com a chegada do colombiano Chará e dos uruguaios David Terans e Martín Rea, já são cinco jogadores estrangeiros no grupo do Atlético. E eles, gradativamente, vão se adaptando à filosofia de jogo alvinegra. A vitória sobre o Botafogo por 3 a 0, por exemplo, teve o toque de três atletas estrangeiros: Chará foi um dos destaques da partida e Tomás Andrade e Cazares balançaram as redes.

Além da cultura da cidade e do novo idioma, os gringos têm como desafio se adaptar às características do futebol brasileiro. Contratação mais cara da história atleticana (custou R$ 27 milhões aos cofres do clube), Chará, de 27 anos, trocou o futebol com mais velocidade para apostar em estilo mais técnico no país tupiniquim. No início do ano, Tomás abriu mão das características de marcação e força na Argentina para poder ter mais chance de brilhar em BH.

Desde que chegou, Chará atuou sete vezes como titular e vem crescendo de produção – marcou um gol, na derrota para o Palmeiras por 3 a 2, em São Paulo. Ao lado do equatoriano Cazares, eles estão entre as principais esperanças de criatividade diante do Vasco, amanhã, às 20h, no Independência, na abertura do turno do Brasileiro. Com pouco mais de um mês na capital mineira, Chará diz ter encontrado uma equipe que se propôs a ajudá-lo dentro e fora de campo: “Tratamos de recorrer à ajuda de todo o grupo. Quando saímos do país, não é fácil. Levamos tempo, mas os companheiros se propõem a nos ajudar na adaptação. Espero que as coisas evoluam”.

Mesmo atuando no Brasil, que exporta bons jogadores todos os anos, o colombiano tem se destacado pelas jogadas de habilidade. Diante do Botafogo, ganhou de cabeça a bola de Igor Rabello ainda na defesa atleticana e puxou o contra-ataque determinante para o gol de Cazares. Antes, na etapa inicial, o camisa 11 havia aplicado um drible desconcertante em Joel Carli antes de dar passe milimétrico a Ricardo Oliveira na área. O segredo do sucesso é a dedicação diária nas dependências do clube e em sua própria casa: “Sempre faço trabalhos extras, independentemente do que trabalho aqui. Eles se tornam muito importantes para a preparação. Se estiver bem preparado e reforçado na parte física, posso ter melhor desempenho para ajudar a buscar os resultados”.

Presente no Atlético desde janeiro de 2016, Cazares é o mais longevo dos estrangeiros do grupo. Hoje, o jogador vive novo ciclo na equipe. No mês passado, ele quase foi negociado com um clube árabe, que não chegou a acordo financeiro com os mineiros. O duelo com o Vasco será o segundo do atleta como titular no período pós-Copa do Mundo. E o saldo tem sido positivo: uma assistência e um gol nos dois confrontos anteriores.

O técnico Thiago Larghi afirma que segue confiando na capacidade de seu camisa 10 para ser um dos líderes técnicos da equipe: “A gente vê ele trabalhando, se empenhando nos treinos. A gente espera que ele responda da melhor forma. Só depende dele para jogar bem”.

BELO GOL Tomás Andrade, de 21 anos, teve seu momento de destaque no confronto de domingo, com belo gol no segundo tempo, depois de passe de Galdezani. Embora ainda não tenha sido titular com frequência, o argentino projeta evolução e vem sendo observado de perto pela diretoria. Não é por acaso que o clube cogita comprá-lo em definitivo do River Plate, dono de seus direitos econômicos.

O armador vê como fator positivo o Galo valorizar os atletas estrangeiros: “Contamos com Chará, Cazares, David (Terans), e agora chegou o Martín. É bom ter jogadores de outros países no elenco, que dão características diferentes. Chará vem demonstrando grande futebol, o David jogou bem também. É bom para o Atlético ter esses jogadores para ajudar”.

Já os uruguaios ainda buscam espaço. David Terans foi titular apenas contra o Paraná, no Independência, partida em que deu assistência para o gol de Leonardo Silva. O zagueiro Martín Rea, de 20 anos, recém-contratado, nem sequer foi relacionado nos jogos do novo clube.

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