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ALEXANDRE KALIL

Kalil detona STJD e condena ato homofóbico de atleticanos: 'Somos todos iguais'

Prefeito de BH e ex-presidente do Galo se manifesta sobre caso no Facebook

postado em 19/09/2018 20:23 / atualizado em 20/09/2018 10:21

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
O prefeito de BH e ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil (PHS) se manifestou sobre o polêmico caso de homofobia registrado no Mineirão, no domingo passado, pelo Campeonato Brasileiro, em que parte da torcida do Galo presente entoou cântico em nome do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL): “Ô cruzeirense, toma cuidado: o Bolsonaro vai matar veado”, gritaram alguns alvinegros mais exaltados, conforme presenciou a reportagem do Superesportes no local e registros em vídeos postados nas redes sociais. 

Nesta quarta-feira, Alexandre Kalil usou sua página no Facebook para comentar, em vídeo, a atitude de parte da torcida do Atlético. O ex-presidente do Galo condenou a postura e aproveitou para criticar ainda o Superior Tribunal de Justiça Desportiva, que vai apurar o caso e pode até punir o clube alvinegro pelos cantos homofóbicos. 

“Quero falar sobre aquele episódio triste e lamentável com a torcida do Atlético. A torcida fez muito mal em citar político, fez mal porque o Atlético é o rei da Parada Gay e da camisa rosa. Somos todos iguais”, declarou Kalil, que tem aprovação da imensa maioria dos torcedores pela vitoriosa gestão – o clube foi campeão da Copa Libertadores de 2013.

“Na minha campanha, falaram que eu não gostava de mulher, tentaram fazer isso comigo. Eu realmente sou boca suja, melhorei um pouquinho, mas ainda sou. Acabou esse negócio de boquinha limpa. Vamos falar o que tem de ser falado”, acrescentou o prefeito de BH, citando provocação de cruzeirenses quando concorria nas eleições.



STJD

Apesar do risco de punição do STJD por causa do cântico homofóbico, Kalil disse não crer em uma eventual sanção contra o clube. O mandatário municipal aproveitou para criticar o órgão responsável pela Justiça no esporte. “O STJD não vai fazer nada contra o Atlético. Aquele tribunal lá do Rio de Janeiro é uma esculhambação”, atirou. 

“Quero lembrar que o Jonas Lopes (Jonas Lopes de Carvalho, ex-auditor e ex-presidente em exercício do tribunal) é um cara tão correto, que ele e o pai foram presos por corrupção no Rio de Janeiro. Então, esse é o tipo de julgadores do STJD. É uma porcaria de tribunal que só sabe prejudicar mineiro e gaúcho”, detonou Kalil. 

O STJD tem analisado episódios de homofobia no esporte. A maioria dos casos é incluída no artigo 243-G do CBJD, que prevê punições justamente a qualquer ‘ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”.

"PENA: suspensão de cinco a dez partidas, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de cento e vinte a trezentos e sessenta dias, se praticada por qualquer outra pessoa natural submetida a este Código, além de multa, de R$ 100,00 (cem reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais). (Incluído pela Resolução CNE nº 29 de 2009)", lê-se no CBJD.

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