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CAMPEONATO BRASILEIRO

Mesmo focado apenas no Campeonato Brasileiro, Atlético não evolui e permanece estacionado em posição perigosa na tabela

Apesar das semanas inteiras para treinamento e preparação, técnico Thiago Larghi não consegue melhorar desempenho do Galo

postado em 26/09/2018 11:00

Leandro Couri/EM/D. A. Press
Se muitos clubes questionam o calendário extenso, a quantidade de competições e a falta de datas para preparação dos jogadores, o Atlético pode usufruir a vantagem de ter semanas inteiras livres e se dedicar exclusivamente ao Campeonato Brasileiro, única competição que o clube vem disputando no segundo semestre. Apesar disso, mesmo com o tempo satisfatório que o técnico Thiago Larghi tem para esboçar novas estratégias e descansar os atletas, o time mineiro não conseguiu evoluir na competição além da sexta posição na tabela. E pior: se o título já era difícil para o Galo, a desejada vaga direta na Copa Libertadores começa a ficar distante.



A queda de rendimento da equipe mineira ocorre em um momento decisivo na temporada, quando os clubes optam claramente por uma ou outra competição. Os problemas alvinegros são muitos. A 12 rodadas para o fim do Brasileiro, Larghi vem contando com praticamente todo o grupo à disposição – nenhum jogador está lesionado –, mas até agora não conseguiu formar um meio-campo titular. Depois da Copa do Mundo, ele até conviveu com alguns problemas de lesão e suspensão e não repetiu a equipe nenhuma vez de um jogo para outro, em várias vezes por opção própria ou insatisfação com o time titular que atuou no jogo anterior. Isso ocorreu no último jogo, na derrota para o Flamengo por 2 a 1, no Rio: ele mudou quase todo o meio-campo depois de não gostar da atuação no empate sem gols com o Cruzeiro, no Mineirão, na rodada anterior.

Curiosamente, o próprio treinador fez críticas ao calendário intenso no primeiro semestre, quando o Galo disputava simultaneamente o Brasileiro e a Copa do Brasil. “Somente com repetição e tempo o jogador vai evoluir. Ele precisa de tempo para descansar, treinar e jogar para ter bom desempenho. Mas a preparação muitas vezes é prejudicada pelo excesso de partidas”, disse o comandante em abril, quando o Galo vivia sequência longa de jogos e percorreu as regiões Norte, Nordeste e Sul para seus compromissos pela Copa do Brasil.

Larghi evita fazer projeções no restante do Brasileiro e fala em se concentrar a cada compromisso, a começar pelo Sport, domingo, em Belo Horizonte: “Temos que focar. O próximo adversário é o Sport, numa partida que temos de mostrar a força do time e da torcida no Independência. Em meio à reformulação que passamos, o objetivo da equipe é estar no G-6. Seguimos atingindo esse objetivo, preferencialmente de forma direta. Acho que ainda continuamos na briga. Temos que tentar pensar jogo a jogo para, aos poucos, buscar essa meta”.

Apesar da irregularidade nas últimas partidas, o capitão Leonardo Silva pede apoio da torcida e diz acreditar em reviravolta no restante da competição: “O torcedor tem que acreditar. É bom para nós e nós confiamos nele. O momento sem título frustra o torcedor, mas trabalhamos bastante para dar o retorno. Peço que ele continue acompanhando e continue torcendo. Que ele lote o estádio, pois lutaremos por títulos importantes até o fim para que ele fique feliz. E nós temos de sempre olhar para cima para fazer o dever de casa e nos manter na zona da Libertadores”.

TITULARES NA ACADEMIA

Mais uma vez, o Galo entrará em campo sem nenhum suspenso ou lesionado. Ontem, o armador Tomás Andrade, que deixou a partida contra o Flamengo aos 35min do primeiro tempo por opção tática de Larghi, se queixou de febre e foi liberado da atividade, que contou apenas com os reservas. Os titulares ficaram apenas na academia.

INCOERÊNCIAS DE LARGHI

Tempo de trabalho
Mesmo com semanas cheias, o treinador não consegue mudar o padrão do time, que vive queda de rendimento

Titulares à disposição
Sem problemas de lesão ou suspensão, Larghi ainda assim modificou o time de um jogo para outro desde a Copa do Mundo, sem que a equipe adquirisse entrosamento

Opções descartadas
No Brasileiro, o treinador vem insistindo com algumas peças de banco (casos de Tomás Andrade e Galdezani) e se esqueceu de outras (como Nathan, Leandrinho e Terans)

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