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Atlético leva poucos gols no returno do Brasileiro, mas desempenho do ataque piora

Desequilíbrio do time alvinegro em relação ao turno continua

postado em 27/09/2018 09:51 / atualizado em 27/09/2018 10:16

Bruno Cantini / Atlético
Defender bem e atacar bem. O discurso de Thiago Larghi mais repetido desde que assumiu o Atlético tem sido voltado pela busca do equilíbrio entre os setores, com o objetivo de a equipe conseguir regularidade e sucesso nas competições. No Campeonato Brasileiro, porém, essa disparidade de números na retaguarda e no setor ofensivo tem impedido o alvinegro de ter melhor posição na tabela. Se as críticas da torcida no primeiro turno eram voltadas para a defesa, agora é a vez de o ataque sofrer cobranças, sobretudo pelas estatísticas pouco satisfatórias nos sete jogos na segunda metade da competição.



O duelo com o Sport, domingo, às 16h, no Independência, pela 27ª rodada, será mais uma tentativa de o Atlético retomar o equilíbrio. No returno do Brasileiro, o Galo sofreu apenas cinco gols em sete partidas (média de 0,71 por partida), mas o rendimento ofensivo diminuiu consideravelmente: balançou as redes apenas seis vezes, com média de 0,85 – ainda tem o melhor ataque, com 42 bolas na rede. Na primeira parte do Nacional, a força alvinegra era justamente o setor de frente, com direito a quase dois gols por confronto. A retaguarda, por sua vez, teve performance ruim, com 26 sofridos em 19 jogos (média de 1,36).

O lateral-direito Emerson sabe que o equilíbrio é fundamental para que a equipe possa melhorar sua posição no Brasileiro: “A gente chegou a ver os números. Ficou um pouco desequilibrado. Tomávamos muitos gols na primeira parte da competição, mas trabalhamos até os números diminuírem. Temos que voltar a fazer gols para que os números se igualem novamente”.

O reflexo de que a equipe vem despencando nos números ofensivos é a queda de rendimento individual dos atacantes. Ricardo Oliveira, por exemplo, ainda é o artilheiro alvinegro no ano, com 19, mas fez apenas um nas últimas sete rodadas. Com cinco gols no ano, Luan ainda não marcou no returno. O mesmo pode se dizer do colombiano Chará, principal reforço do clube depois da Copa do Mundo.

Bruno Cantini / Atlético
Luan reconhece os números ruins, mas afirma que o grupo está trabalhando para evoluir: “Estamos treinando para aprimorar algumas coisas. Temos um grupo qualificado em que todos podem ser titulares. Mas o jogador precisa de ritmo, sequência e de confiança para poder ser mais útil. Às vezes, uma bola ou outra não entra e ninguém sai satisfeito. Tinha a bola do jogo contra o Cruzeiro, mas ela pegou no ombro e o goleiro defendeu. Fiquei triste”.

Thiago Larghi pede paciência à torcida para que o time alvinegro tenha um encaixe: “As cobranças são sempre grandes, mas é importante ter foco no trabalho, no desempenho do time. Seguimos dentro do nosso objetivo no semestre, que é estar no G-6. Esse rendimento é de 62%, próximo do Corinthians campeão no ano passado. Procuramos fazer o melhor trabalho e os jogadores estão evoluindo. Passou o momento de turbulência. Queremos um time mais sólido. Em relação à defesa, éramos questionados por ter a segunda defesa mais vazada e agora temos a 11ª. Nos últimos jogos, são seis gols sofridos. É um processo de evolução. Isso é com paciência e com trabalho para chegar aos objetivos”.

Bruno Cantini / Atlético
SUSTO

O lateral-esquerdo Fábio Santos deu susto na atividade de ontem e sua presença passa a ser dúvida contra o Sport. O lateral-esquerdo sofreu entorse no tornozelo esquerdo, o mesmo que ele teve problema recentemente e que o tirou de três jogos, e continuará em tratamento. Outra ausência é do argentino Tomás Andrade (em repouso devido à febre), que naturalmente já perderia a posição de titular para o equatoriano Cazares.

FALTA DE EQUILÍBRIO
TURNO (19 jogos)
36
gols marcados
Média de 1,89 por partida

26
sofridos
Média de 1,36 por partida

RETURNO (7 jogos)
6
gols marcados
Média de 0,85 por partida

5
sofridos
Média de 0,71 por partida