Atlético
None

COPA LIBERTADORES

Em novo palco, Atlético busca reescrever história vitoriosa na Copa Libertadores

Sai o Independência, entra o Mineirão: Galo estreia contra o Cerro Porteño

postado em 06/03/2019 06:01 / atualizado em 06/03/2019 13:59

<i>(Foto: Bruno Cantini/Atlético )</i>
Ausente em 2018, o Atlético volta a disputar a fase de grupos da Copa Libertadores com o pensamento de reescrever a história vitoriosa em 2013, quando conquistou o título inédito e alcançou a maior glória nos quase 111 anos de existência. Depois de passar por duas etapas eliminatórias, o Galo garantiu presença na principal competição do continente e tem estreia diante da torcida, nesta quarta-feira de cinzas, às 19h15, diante do Cerro Porteño. Desta vez, o palco será diferente, mas não desconhecido. Sai o Independência, o 'caldeirão' da torcida, e entra em cena o Mineirão. 



A diretoria decidiu mudar o local das partidas do Galo em BH na fase de grupos, para privilegiar a torcida em um momento importante do clube. Se no campo do Horto há limitação para 22 mil pessoas, o Atlético projeta levar ao menos o dobro para o Mineirão. Se por um lado criou uma identidade no Independência, tratando-o como autêntica 'casa', por outro o alvinegro construiu parte de sua história no Gigante da Pampulha, palco de conquistas como a própria Libertadores de 2013, a Copa do Brasil de 2014 e a Recopa, em 2014. 

O objetivo do Atlético é reescrever a trajetória vitoriosa no Mineirão a partir da estreia na fase de grupos. Além de injetar ânimo nos torcedores, vão comparecer em bom número, os jogadores também tratam o novo palco como um fato positivo, que dará motivação ao grupo para começar bem a participação na edição deste ano. "Jogar com campo cheio é sempre bom, muitos vêm de longe para ver o nosso time, então temos que fazer o melhor para ganhar e dar alegria aos torcedores", disse o meia-atacante Cazares. 

O goleiro Victor trata o Mineirão com imenso carinho, já que esteve presente nas principais conquistas do Galo no tradicional campo. Ele também guarda boas lembranças do Independência, mas vê o Gigante da Pampulha como uma espécie de 'novo caldeirão' alvinegro. "Com certeza, perguntem ao Olimpia em 2013. Foram 60 mil gritando na orelha deles", relembrou o ídolo atleticano, um dos remanescentes do vitorioso grupo que levantou a taça naquele ano, ao lado dos zagueiros Réver e Leo Silva e do meia-atacante Luan.



O retorno ao Mineirão embala ainda mais os atleticanos por causa do bom retrospecto no estádio, em jogos pela Libertadores. Foram 19 confrontos na Pampulha, e o Galo saiu derrotado uma vez, diante do Boca Juniors (2 a 1), em 1978, no triangular da semifinal. O alvinegro teve ainda nove vitórias e nove empates. Dois deles contra o próprio Cerro Porteño: 1 a 1, em 1972, e 2 a 2, em 1981. No reencontro com a equipe paraguaio no grande palco do futebol mineiro, a expectativa é de triunfo para largar bem na fase de grupos. 

Além do Cerro Porteño, o Atlético terá mais dois jogos no Mineirão nesta fase de grupos da Libertadores. O seguinte será contra o Zamora-VEN, em 3 de abril, às 19h15. Depois, o adversário do alvinegro será o Nacional-URU, no dia 23 de abril, às 21h30. 

O último jogo do Atlético como mandante no Mineirão foi justamente pela Libertadores. E lá se vão quase dois anos. Em 9 de agosto de 2017, o Galo recebeu o Jorge Wilstermann-BOL e ficou no empate sem gols. O resultado frustou os mais de 36 mil presentes ao estádio, já que o alvinegro precisava da vitória para avançar às quartas de final e acabou eliminado de forma precoce.



Esquema mantido?

Tão logo a diretoria comunicou a mudança para o Mineirão, o técnico Levir Culpi solicitou a marcação de treino para uma adaptação dos jogadores ao gramado e às próprias dimensões do estádio. Com Réver recuperado de desconforto muscular, ele poderá repetir a dupla defensiva com Igor Rabelo. Mas o esquema tático é um mistério. O treinador pode manter os três volantes, sistema usado no empate com o Defensor (0 a 0), que garantiu a classificação, ou promover o retorno do colombiano Chará, deixando a equipe mais agressiva pelos lados. 

Se optar por manter os três volantes, Levir não poderá escalar Zé Welison, expulso contra o Defensor. Nesse caso, ele teria Jair à disposição para compor o trio com Adilson e Elias - este com mais liberdade para avançar e chegar à área paraguaia. O treinador fez atividades fechadas antes da partida e não deu pistas sobre a forrmação. Ao que tudo indica, a disputa será mesmo entre um homem mais avançado e outro para deixar a equipe consistente no meio-campo.

O Atlético precisou passar por duas etapas eliminatórias contra times uruguaios, antes de chegar à fase de grupos da Libertadores. Primeiro, o alvinegro passou pelo Danubio, com empate (2 a 2) em Montevidéu e vitória apertada (3 a 2) no Independência. Em seguida, ganhou do Defensor ( 2 a 0), fora, e assegurou a classificação com um 0 a 0 no Horto. 



Ciclone

Comandado pelo técnico Fernando Jubero, o Cerro Porteño ocupa o quarto lugar no Torneo Apertura, com 17 pontos. O Ciclone, como é conhecido, vem de vitória sobre o Sportivo Luqueño, por 2 a 0, no sábado passado. O treinador tem à disposição jogadores experientes como o atacante Nelson Haedo Valdez e Victor Cáceres, ambos da Seleção Paraguaia. Outro nome em destaque é o lateral-esquerdo Santiago Arzamendia, que esteve na mira do Atlético recentemente.
 
ATLÉTICO x CERRO PORTEÑO

Motivo: primeira rodada do Grupo E da Copa Libertadores
Local: Mineirão
Data: quarta-feira, 6 de março
Horário: 19h15
Árbitro: Mauro Vigliano (ARG)
Auxiliares: Hernan Maidana (ARG) e Gabriel Chade (ARG)

ATLÉTICO
Victor; Patric, Réver, Igor Rabelo e Fábio Santos; Adilson, Elias, Jair (Chará), Luan e Cazares; Ricardo Oliveira
Técnico: Levir Culpi

CERRO PORTEÑO
Juan Pablo Carrizo; Espínola, Caceres, Amorebieta e Arzemendia; Nóvick, Villasanti, Aguilar e Federico Carrizo; Diego Churín e Nelson Valdez
Técnico: Fernando Jubero

Tags: Cerro Porteño libertadores2019 futinternacional atlético interiormg galo mineirão