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Atlético quer emitir mais de um balanço financeiro por ano e não promete divulgar valores de todas as negociações

Transferência de Emerson ao futebol espanhol chamou atenção, já que o clube alvinegro revelou, no Twitter, quanto recebeu pela venda

<i>(Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)</i>

A partir do segundo semestre de 2019, discussões sobre as finanças do Atlético devem ser mais frequentes no Conselho Deliberativo. Isso porque a diretoria alvinegra pretende aumentar a frequência de divulgação de balanços financeiros.

“É um projeto do presidente (Sérgio Sette Câmara) que a gente tenha já a partir do segundo semestre, balancetes emitidos pelo menos a cada semestre ou trimestre. Para que a torcida, os conselheiros, a comunidade de um modo geral, possa acompanhar os processos”, disse ao Superesportes o vice-presidente do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha.

Costumeiramente, apenas um balanço financeiro é divulgado anualmente pelo clube. O último, referente a 2018, foi debatido e aprovado pelos conselheiros em 29 de abril. O documento mostrou que o Atlético apresentou déficit de R$ 21.850.588,00.

Negociações

Para 2019, o orçamento do Atlético prevê superávit pouco superior a R$ 2,6 milhões. Para isso, o clube conta, especialmente, com receitas provenientes de venda de atletas. A primeira grande transferência da temporada, anunciada em 31 de janeiro, foi a saída do lateral-direito Emerson ao Barcelona.

Assim que o negócio foi fechado, o Atlético informou nas redes sociais o valor da transação: 12,1 milhões de euros (cerca de R$ 50,8 milhões na cotação da época). A divulgação das cifras chamou atenção, já que não é prática comum na maioria dos clubes brasileiros. Questionado se isso se tornaria regra, Lásaro negou.

“Isso (os valores), seguramente, irá constar dos balancetes. A gente tem sempre que ter cuidado, pelo seguinte: pode ocorrer que, num ou noutro caso, envolva a transação que esteja necessariamente atrelada a outro tipo de negociação. Ou a uma possibilidade de outra negociação. É sempre oportuno dizer que transparência não significa também que a gente divulgue todas as etapas de uma negociação, porque pode comprometer negociações que o clube trabalha e faça, eventualmente”, disse.

Para defender a eventual não divulgação de valores de negociações, Lásaro citou o caso da venda de Emerson - só anunciada tempos depois de o negócio ser fechado. “A gente precisava adquirir um jogador para repor. Então, era necessário que a gente mantivesse os números sem divulgação, com exceção do conselho fiscal, que tem acesso completo, para que a gente pudesse, em condições razoáveis, contratar um lateral para reposição, que foi o caso do Guga. Porque se você vende um lateral por 12,5 milhões de euros [12,1 milhões de euros, na verdade] e vai para o mercado adquirir um outro, que está se destacando, você corre o risco de inflacionar essa compra”, finalizou.

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