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Diretor revela metas no Atlético e prega cautela, mas espera títulos já em 2019

Rui Costa foi contratado em momento conturbado do clube no ano

postado em 01/07/2019 07:00 / atualizado em 30/06/2019 21:41

<i>(Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)</i>

O diretor de futebol Rui Costa chegou ao Atlético em meio a um caos técnico da equipe em campo. Ele iniciou sua trajetória no clube horas depois da goleada sofrida para o Cerro Porteño, por 4 a 1, no Paraguai, que praticamente eliminou o time da Copa Libertadores deste ano. No mesmo dia, participou da decisão de demitir o técnico Levir Culpi. Tudo isso na semana da primeira partida da final do Campeonato Mineiro, vencido pelo Cruzeiro.

Passada a turbulência, o time cresceu. Com Rodrigo Santana no comando (foi efetivado na semana passada, depois de 17 jogos como interino), o Galo está no G-5 do Campeonato Brasileiro, nas quartas de final da Copa do Brasil e nas oitavas de final da Copa Sul-Americana. Buscar títulos logo em sua primeira temporada como gestor no clube é uma das metas de Rui Costa.

Em entrevista ao Superesportes, o dirigente afirmou que trabalha para fazer um Atlético forte no futuro, mas que não se esquece do presente. Ele acredita que o clube tem condições de encerrar o ano com conquistas: “De forma alguma, ao pensar o futuro, vamos abrir mão do presente. O presente do Atlético é conquistar. É ser protagonista no cenário nacional e internacional. Isso é a base do meu trabalho. Temos chance de conquistar uma Copa do Brasil, uma Sul-Americana, sei o quanto significa essa competição, porque recentemente tive o privilégio de ser campeão. Valoriza todos os profissionais, do porteiro aos atletas e aos executivos, à gestão do clube como um todo”.

Rui Costa afirma que buscar títulos a qualquer custo (endividando o clube com contratos fora do padrão traçado pela diretoria) não é a forma correta de fazer futebol. Ele quer ver o Atlético dando volta olímpica no fim do ano, mas diz que isso não pode comprometer o futuro alvinegro.

“Ganhar a qualquer custo? Não. Ganhar comprometendo o futuro do clube? De jeito nenhum. Foi o que aprendi aqui, na minha carreira e o que foi estabelecido a mim como meta a ser perseguida. O que queremos agora? Conquistar a Copa do Brasil. Conquistar, sim, o Brasileiro. Se possível, também a Sul-Americana. São as metas estabelecidas. São factíveis? São viáveis? Talvez, neste primeiro momento, sejam mais um desejo do que algo factível. Mas quem veste a camisa do Atlético, quem está neste clube, não tem limite para sonhar”, completou.

Permanência no cargo


Rui Costa foi contratado como diretor de futebol do Atlético até o fim de 2020, quando se encerrará a gestão de Sérgio Sette Câmara na Presidência do clube. A tendência é que o mandatário continue no cargo – consequentemente, o executivo será mantido. E ele falou sobre a chance de longevidade no alvinegro.

“Se pudesse fazer um contrato de 10 anos com o Atlético, seria ótimo. Mas sei que na minha função sou avaliado como qualquer outro profissional. É claro que, para a alegria de nós, executivos de futebol, os processos de avaliação de como um executivo transita em seu trabalho estão cada vez se desvinculando mais da conquista de taças. Tem 20 clubes na Série A, e um vai ser campeão brasileiro. Será que os outros 19 são incompetentes? Claro que não, mas só um pode ganhar. Sei que pressão por resultados e metas cumpridas são fundamentais na avaliação de um profissional. Portanto, não posso gerar uma expectativa de ficar cinco, seis, sete anos no Atlético”, concluiu.

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