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Mancini valoriza atitude do Atlético em vitória sobre Santos, defende jogadores criticados e não descarta 'sonho' de G6

Treinador agradece apoio dos torcedores e analisa reencontro com São Paulo

postado em 20/10/2019 19:43 / atualizado em 20/10/2019 21:25

<i>(Foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)</i>

O técnico Vagner Mancini destacou a forma como o Atlético neutralizou o Santos na vitória deste domingo, por 2 a 0, no Independência, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva depois da partida, o treinador atleticano ressaltou as qualidades do Peixe, terceiro colocado da competição, e valorizou o apoio da torcida no triunfo que encerrou o jejum de quatro jogos do Galo

“Sabíamos que seria um jogo dificílimo, porque o Santos é uma equipe que joga um futebol bem agressivo. Montamos uma estratégia para tentar neutralizar algumas ações ofensivas do Santos e aproveitar aquilo que a gente via como fator de desequilíbrio dentro do sistema deles, que era a virada de jogo. Logo cedo saiu 1 a 0, e a gente sabia que o apoio do torcedor era fundamental. Citei isso ao longo da semana, e foi fundamental ver o estádio inteiro jogando junto com o Atlético. Citei que várias vezes enfrentei o Atlético aqui e vi as dificuldades. Hoje foi comprovado. A gente precisa do torcedor. O torcedor veio um pouco desconfiado, mas tenho certeza que, com o passar do tempo, entenderá tudo que está sendo feito. A estratégia do jogo foi montada dentro daquilo que entendemos como bom para o jogo diante do Santos. Não quer dizer que vai ser utilizado em outras partidas. A utilização do Réver (como volante) vai muito ao encontro disso, para que eu tivesse um jogador que fizesse as viradas de jogo, aumentando a estatura da equipe, porque o Santos tem bola parada importante. Diante de tudo isso fico satisfeito por ter voltado a vencer e pela estratégia ter funcionado”.comentou. 



Apesar de ter disputado apenas o segundo jogo pelo Atlético, Mancini exaltou o ‘espírito alvinegro’. O comandante analisou as dificuldades do time e explicou as entradas do volante Zé Welison e do atacante Maicon Bolt, bastante criticados pela torcida. 

“Veja como é importante você fazer a gestão do grupo. De um lado, chamo o torcedor e falo da importância que ele tem. Dentro do vestiário, falo que o torcedor só virá com a gente se tivermos atitude em campo. Hoje foi visto de ambos os lados, porque o time, desde o primeiro minuto, foi um time aguerrido, que buscou, que brigou. Às vezes até passou do ponto em alguns lances, mas, acima de tudo, mostrou ao torcedor que vestir a camisa do Atlético é sinônimo de se entregar, de ter atitude, de buscar o resultado, de não se acomodar em campo. Isso aconteceu muito na segunda etapa. Sofremos um pouco na segunda metade do primeiro tempo, mas equilibramos muito o jogo na segunda etapa e poderíamos ter feito mais gols. Isso mostra que o time, assim como aconteceu no jogo contra o CSA, evoluiu ao longo dos 90 minutos. Isso é importante para a gente, porque eu chego, com cinco dias de clube tenho dois jogos e preciso passar alguma coisa a esses atletas. Aí também vou entrar em outro campo, no campo de resgatar os atletas. Hoje fiz a entrada do Zé Welison e do Bolt em campo, porque são atletas que eu precisava deles neste momento e também mostrar a todo mundo que são atletas que, se não vinham bem, assim como outros, não foram comigo. É importante você acreditar no jogador e passar para o grupo que confio em todos eles. Diante da minha chegada, aí sim começo a pesar as atuações, o que é feito dentro de campo, então tomo decisões. Desde que cheguei ao Atlético não me eximi de tomar decisões. Faz parte do meu trabalho, e eu não vou, de maneira alguma, fugir disso. Dou vazão a todo mundo que vive o Atlético para sentar e conversar, mas acho que são minhas decisões. Hoje tomei decisões importantes e fico feliz de ter saído do jogo com uma vitória importante e saber que os atletas estão se recuperando dentro das partidas com pressão e, acima de tudo, se saindo bem”, elogiou. 



Com o resultado, o Atlético chegou a 35 pontos e permaneceu na 12ª colocação. O Galo agora está a nove pontos acima da zona do rebaixamento e a sete de distância do G6. Sobre a possibilidade de o time voltar a figurar na área de classificação para a Copa Libertadores da América, Vagner Mancini não descartou o ‘sonho’. 

“Sonhar não custa nada, acho que temos de sonhar na vida. O cara que não tem sonhos não sai do lugar. Agora, nós vamos jogo a jogo. É importante falar que diminuímos a diferença para o G4, mas o que o torcedor realmente quer ouvir é que o time vai se entregar em campo, ter essa fibra, atitude, porque aí saberá que a chance de você vencer partidas é muito maior”, ponderou. 

Na rodada seguinte do Brasileiro, o Atlético encara o São Paulo, clube no qual Vagner Mancini trabalhou como coordenador técnico até o mês passado. O treinador  apontou mudanças no Tricolor sob o comando do técnico Fernando Diniz e prometeu estudar bem as características do adversário até a partida do próximo domingo, às 16h, no Morumbi

“Estive por nove meses no São Paulo e vi muito o time jogar. Mas o dia da minha saída foi o dia da chegada do Fernando Diniz. De lá para cá, o time foi alterado em algumas coisas, e eu vou assistir um jogo por dia essa semana, porque acho isso muito importante para que você possa detectar detalhes dentro da partida. Além da estratégia que ambos os times montam, você tem, ao longo do jogo, o emocional do atleta que está sendo desenvolvido e questionado ao longo da partida. Por isso a observação de várias partidas. É óbvio que eu conheço um pouco mais o elenco do São Paulo que o Diniz o elenco do Atlético. Não sei se isso vai ou não me dar vantagem. Acredito que ao término dos 90 minutos vamos ver”, concluiu. 

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