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Comandado por Dudamel na Seleção Venezuelana, Otero deverá ser importante elo entre o treinador e os jogadores do Atlético

Meia do Galo era chamado constantemente pelo treinador na Seleção 'Vinotinto', mas ficou fora da Copa América realizada no Brasil

postado em 24/12/2019 07:30 / atualizado em 23/12/2019 23:41

(Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

A iminente chegada de Rafael Dudamel ao Atlético tornará o espanhol o idioma ‘oficial’ na Cidade do Galo a partir do ano que vem. E isso pode representar uma sobrevida aos jogadores estrangeiros que estão no clube e não vêm tendo muitas chances de atuar. Pela facilidade de comunicação com os atletas que falam castelhano, a expectativa é de que o novo treinador possa ajudá-los a ganhar espaço, aumentando as opções para as competições que o alvinegro disputará em 2020. Os gringos também teriam papel importante sem a bola nos pés: ajudar os brasileiros a compreenderem as ideias de jogo do comandante.

O grupo atleticano conta com sete jogadores nascidos em outros países, de seis nacionalidades diferentes: os uruguaios Lucas Hernández e David Terans, o paraguaio Ramón Martínez, o equatoriano Juan Cazares, o venezuelano Rómulo Otero, o colombiano Yimmi Chará e o argentino Franco Di Santo. Desses, Chará é o único que pode deixar o Galo, já que tem proposta do Portland Timbers para atuar na Major League Soccer (MLS), dos Estados Unidos.

Otero é o único que conhece de perto a forma de trabalho de Dudamel – eles estiveram juntos em partidas das Eliminatórias para a Copa do Mundo da Rússia e na Copa América Centenário, de 2016, nos Estados Unidos. Desta forma, deverá ser importante elo entre o treinador e os atletas. O jogador perdeu espaço na seleção depois que foi emprestado ao Al-Wheda, dos Emirados Árabes, no ano passado. Tanto que ficou fora da Copa América deste ano, no Brasil, entre junho e julho. Foram 22 jogos de Otero sob o comando de Dudamel, sendo nove como titular e apenas um atuando os 90 minutos. Ele marcou dois gols.

Cazares é o mais antigo no Galo – está no clube desde 2016. No meio deste ano, chegaram Hernández, Martínez e Di Santo. Depois que ganhou a vaga de titular de Ricardo Oliveira, o argentino foi o que, de fato, melhor aproveitou as chances, marcando quatro gols em 23 jogos, sendo 18 como titular.

Hernández atuou apenas em cinco partidas e teve rendimento questionado por boa parte da torcida. A diretoria atleticana pagou R$ 12 milhões para tirar o jogador do Penãrol, equipe pela qual ele se destacou no primeiro semestre. Ex-Guaraní, Martínez foi mais acionado (11 confrontos), embora tenha tido dificuldade de adaptação no Brasil.

Uma das apostas no ano passado, o meia-atacante David Terans é outro que almeja mais oportunidades com a chegada de Dudamel. Com mais três anos e meio de contrato, ele esteve em campo em 14 partidas nesta temporada, marcando um gol. O jogador ficou próximo de voltar ao futebol uruguaio por empréstimo, mas optou por seguir em Minas com expectativa de ter mais minutos em campo.

Em janeiro

Dudamel vem finalizando os últimos detalhes para confirmar o acerto com o Galo. A Federação Venezuelana de Futebol já trata a saída do treinador com naturalidade – no acordo entre eles, não há contrato assinado. Dudamel deve vir a Belo Horizonte somente em janeiro para o início da pré-temporada. Com ele devem ser contratados pelo menos dois auxiliares.

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