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No Atlético, Alexandre Mattos tentará repetir sucesso de passagens por América e Cruzeiro

Executivo de futebol relembrou os trabalhos anteriores pelos rivais do Galo

postado em 18/03/2020 06:00 / atualizado em 18/03/2020 00:37

(Foto: TV Galo/Reprodução - Alexandre Guzanshe/EM D.A Press - Paulo Filgueiras/EM D.A Press)
O Atlético é o quarto clube da carreira de Alexandre Mattos como diretor de futebol. Antes, ele teve passagens marcantes por América, Cruzeiro e Palmeiras, conquistando títulos importantes e resultados expressivos. Em entrevista à TV Galo, o executivo relembrou esses trabalhos e se mostrou animado em repetir o sucesso a serviço do alvinegro.

“Hoje estou chegando ao meu terceiro grande clube de Belo Horizonte com grande orgulho, com trabalho incansável, de excelência e de busca por títulos. Quero dar orgulho ao torcedor, pois o título é só um que consegue. O torcedor tem que ficar orgulhoso e dizer: 'eu amo esse clube e estou orgulhoso do que foi feito lá'”, disse.

Mattos iniciou a carreira na gestão esportiva em 2005, aos 28 anos, como assessor do então presidente do América, Antônio Baltazar. Em 2008, tornou-se gerente dos departamentos administrativo e de futebol. Naquele ano, a equipe retornou à elite do Campeonato Mineiro ao conquistar o Módulo II, além de ficar em 20º na Série C - colocação que assegurou o direito de participar da competição com 20 clubes. Em 2009, o Coelho foi campeão nacional da terceira divisão. Já em 2010, terminou a Série B em quarto e alcançou o acesso à elite do Brasileiro.

“Minha chegada ao América foi de oportunidade, pois o América vivia talvez a pior situação de sua história, com enorme dificuldade financeira. Quando cheguei, os funcionários estavam sem receber há sete meses. Não havia nem campeonato nacional, e, na minha saída, o América estava na primeira divisão”, comentou o diretor.

Em dezembro de 2011, após o rebaixamento do América à Série B, Alexandre Mattos anunciou que não continuaria no clube. Em março de 2012, foi contratado pelo Cruzeiro, onde exerceu trabalho de reestruturação no primeiro ano para, em 2013 e 2014, sagrar-se bicampeão brasileiro consecutivo.

“No Cruzeiro também uma dificuldade financeira enorme, dificuldade técnica também, e conseguimos deixar um legado importante. Com conquistas e recursos, o Cruzeiro conseguiu nesse período uma das maiores receitas de sua história”, frisou o dirigente, que vê o Atlético em situação favorável para desenvolver um grande projeto. “Está melhor em questão de estrutura. Na questão financeira, o presidente Sérgio conseguiu equilibrar as coisas nos últimos anos”.

No Palmeiras, Mattos ficou de janeiro de 2015 a dezembro de 2019. Nesse período, o clube ganhou duas edições do Campeonato Brasileiro, em 2016 e 2018, e uma da Copa do Brasil, em 2015.

(Foto: Bruno Cantini/Atlético)

Objetivos no Galo


No início de 2020, o Galo foi eliminado precocemente da Copa Sul-Americana, na primeira fase (Unión Santa Fe, da Argentina), e da Copa do Brasil, na segunda fase (Afogados da Ingazeira, de Pernambuco). Foram justamente os fracassos que motivaram o presidente Sérgio Sette Câmara a demitir o técnico Rafael Dudamel e seus auxiliares, além do diretor de futebol Rui Costa e do gerente de futebol Marques.

Substituto de Rui Costa, Mattos espera alcançar grande sintonia com o técnico Jorge Sampaoli. O objetivo é conquistar o Campeonato Mineiro e brigar pelo título no Brasileiro. Vale lembrar que as competições estão paralisadas por tempo indeterminado como forma de prevenção à covid-19, doença respiratória causada pelo coronavírus. 

Sou daqueles que gosta de passar e marcar. Nossa vida é passageira na Terra, mas nas instituições precisamos marcar. Você precisa tocar no coração das pessoas e mostrar a elas que você passou aqui. É assim que vivo e pretendo fazer aqui”.

Notabilizado por ser “agressivo” no mercado da bola, Mattos rechaçou o rótulo de “gastador de dinheiro” e ressaltou que todos os clubes por ele dirigidos tiveram ganho em receitas. Ele garantiu ainda que o Atlético só fará contratações dentro das próprias possibilidades, respeitando a última palavra de Sette Câmara.

“É importante dizer que aqui no Brasil se rotula muito as pessoas: ‘Ah, o Alexandre gasta muito’. É só pegar os clubes por onde passei quando cheguei: estavam sem recurso, sem time e sem estrutura. E como saí, com um trabalho enorme não só meu, mas de muitas pessoas, para a equipe prosperar financeiramente: América, Cruzeiro e Palmeiras, sem exceção. Vamos fazer tudo com muita calma e tranquilidade, sempre dentro das possibilidades financeiras do Atlético e daquilo que o presidente permite”.

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