O Atlético se livrou da penhora de receitas de aluguéis do Diamond Mall. O vice-presidente Lásaro Cândido da Cunha divulgou no Twitter a decisão tomada nessa segunda-feira (27) pelo desembargador federal Marcos Augusto de Sousa, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região de Brasília.
De acordo com Lásaro, um “juiz federal de BH” manteve as receitas do Diamond penhoradas mesmo depois de o clube conseguir o parcelamento de sua dívida fiscal, de R$ 356,5 milhões, por meio do Profut - Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro.
O dirigente explicou ao Superesportes que não havia um valor específico no processo, com o dinheiro sendo utilizado para deduzir parcelas no Profut, a pedido do próprio Atlético.
Lásaro preferiu não entrar em detalhes sobre o ganho do Atlético com o shopping Diamond Mall por se tratar de assunto de responsabilidade do departamento financeiro do clube.
No orçamento elaborado para 2020, o Galo tinha expectativa de faturar R$ 10 milhões com receitas patrimoniais - que englobam o shopping. Em 2017 e 2018, as arrecadações nesse quesito foram, respectivamente, de R$ 9,9 e R$ 9,8 milhões.
Ainda conforme as demonstrações contábeis do Atlético, o shopping Diamond Mall está avaliado em R$ 434.965.000,00 e entra na categoria “propriedades para investimentos” - assim como um casarão de R$ 2 milhões no Bairro Itapoã, na Região da Pampulha, em BH.
Em setembro de 2017, o Atlético vendeu 50,1% de sua participação no Diamond à Multiplan, que administra o empreendimento desde a abertura, em 1996. O valor da operação foi corrigido de R$ 250 para R$ 296,8 milhões, em janeiro de 2020, e será pago em três anos.
O alvinegro aplicará o recurso na construção de seu estádio, a Arena MRV, que terá capacidade para 46 mil torcedores e será erguido em terreno próximo à Via Expressa e à BR-040, no Bairro Califórnia, em Belo Horizonte.