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SÉRIE A

Análise: Seria injusto se Atlético morresse na praia de forma antecipada

Empate com o Bragantino por 2 a 2 é mais um claro sinal de que time alvinegro não é mais o mesmo que foi nas rodadas iniciais

postado em 11/01/2021 22:48 / atualizado em 11/01/2021 23:13

(Foto: Divulgação/Atlético)
 
O Atlético novamente decepciona seu torcedor numa noite em que poderia ter sido muito mais efetivo e menos burocrático. Diante do Bragantino, esperava-se uma equipe com maior intensidade, volume de jogo e alternativas de ataque, mas o que se viu no interior paulista foi o retrato de uma equipe que joga pontos importantes fora num campeonato de equilíbrio. Apesar da igualdade, o gosto que fica é o da derrota. Pelo menos para os torcedores mais esperançosos em título.
 
O vilão da vez foi o sistema defensivo, que levou dois gols de cabeça em lances capitais do jogo. Mas o ataque não foi de longe aquele que encantou todo o país no início do Campeonato Brasileiro. Se a regularidade costuma fazer a diferença, o Galo dá mostras de que está mesmo distante do título, pois perde força a cada rodada.

E todo o contexto leva a uma reflexão importante. O time que antes tinha um vasto repertório de jogadas no sistema ofensivo hoje se resume aos lances envolvendo o atacante Keno. Quando o camisa 11 é bem marcado pelo lado esquerdo, como ocorreu em Bragança Paulista, a equipe sente enormes dificuldades para superar o adversário. 

A situação fica mais complicada porque o Galo não conta hoje com um armador que possa distribuir as jogadas ou chamar a responsabilidade para si. Com Nathan longe de seu melhor momento e Hyoran muito apagado, a equipe fica ainda mais acuada e sem vocação ofensiva.

O Atlético tem pouquíssimo tempo para recuperar o brilho mostrado nas rodadas iniciais. Mesmo numa competição marcada pelo equilíbrio, o Brasileiro não costuma perdoar as equipes que desperdiçam pontos consecutivamente. A partir de agora, será necessário que a equipe leve as partidas mais a sério, procurando errar menos. 

Aos trancos e barrancos, Sampaoli terá de trabalhar o aspecto emocional para que o grupo não caia de rendimento. Depois do grande investimento feito pela diretoria anterior, seria injusto o Galo morrer na praia de forma antecipada. 

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