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Atlético: Caetano reforça política de contratações pontuais e admite vendas

Diretor de futebol ressalta equilíbrio na folha salarial com chegadas e saídas de jogadores

postado em 13/04/2021 12:08 / atualizado em 13/04/2021 13:11

(Foto: Bruno Cantini/Atlético)

Em entrevista coletiva nesta terça-feira, na Cidade do Galo, o diretor de futebol do Atlético, Rodrigo Caetano, descartou a necessidade imediata de reforçar o elenco alvinegro. Até o momento, o clube contratou apenas quatro jogadores para a temporada 2021: o atacante Hulk, o meia Nacho Fernández, o lateral-esquerdo Dodô e o meio-campista Tchê Tchê. O dirigente garantiu que novas chegadas serão pontuais e admitiu a possibilidade de saídas na abertura da próxima janela internacional. 


“Desde que cheguei aqui, com a filosofia que foi implantada, nós trabalhamos sempre com reforços pontuais. Eu já afirmei que, obrigatoriamente, pelo tamanho do Galo, vamos estar sempre em busca de qualificar o elenco e não quantificar. Se tivermos que esperar mais tempo, esperar a janela do meio do ano, porque não nos interessa somente as chegadas. Nosso elenco tem um bom número, tem a necessidade do clube de realizar vendas. Nós vamos tentar sempre equilibrar o elenco, mas não por ânsia que temos de ter nosso elenco fechado. Enquanto não tivermos a certeza absoluta de que quem chegar vai agregar, nós não o faremos. Vamos esperar, aguardar todo o processo de contratação, passando pelo centro de informações do Galo, pela comissão técnica, pelo treinador e pela aprovação financeira”, declarou. 

Caetano usou o exemplo de Palmeiras e Santos para justificar a política de contratações do Atlético para 2021, após alto investimento do clube em reforços na temporada passada. 

“Se lembrarmos um pouco que isso não é garantia de absolutamente nada, lembremos que o clube que menos contratou dentre os grandes no ano passado foi o que ganhou a Libertadores (Palmeiras). O clube que o Cuca dirigiu (Santos), com muito mérito, com muita capacidade, foi a equipe que mais perdeu atletas em 2020 e chegou ao vice da Libertadores. Temos que fazer aquilo que nós acreditamos, o que temos convicção e aquilo que as nossas avaliações internas nos sinalizam. O mercado vai estar sempre aberto e podem ter certeza que se tiver uma boa oportunidade e uma convicção de todos de que vamos agregar qualidade, não vai ser em uma determinada posição que vamos deixar de buscar”, comentou. 


Rodrigo Caetano preferiu não apontar carências no elenco do Atlético e ressaltou os critérios para as contratações. O diretor de futebol também ponderou que a folha de pagamento não pode ser impactada com a chegada de reforços. Apesar das contratações de Hulk e Nacho Fernández, jogadores com vencimentos mensais acima da média no futebol brasileiro, a folha salarial do clube não aumentou, segundo Caetano. 

“Nunca oficializamos a busca por nenhuma posição. Nós não expomos o nosso elenco e nossas supostas carências. Quando falo que estamos indo ao mercado, é sempre para qualificar e não quantificar. Cada vez que pudermos trazer um atleta, ali na frente vamos ter que tirar alguém, porque nós temos uma folha, que foi muito bem trabalhada, principalmente nos meses de janeiro e fevereiro, onde nós recolocamos no mercado quase 28 atletas vinculados ao Galo em outras equipes, o que fez com que nosso custo se mantivesse o mesmo de 2020, em relação à folha de pagamento, mesmo com a chegada de novas contratações. Então esse é um trabalho diário”, justificou. 

O  Atlético passou a ser um objeto de desejo do mercado em si pelos investimentos que fez, pela expectativa. Então é normal que tenhamos muitas e muitas ofertas de agentes de determinados jogadores buscando a recolocação desses aqui no Galo. Nós temos um processo de contratação que passa por muito pessoas, ele não é centralizado. É nisso que eu acredito e é isso que estamos tentando consolidar para justamente fazermos nossas avaliações, ponderarmos bem isso e só fazer aquilo que tenhamos plena convicção. Mas eu vejo como algo positivo o fato de muitos agentes tentando colocar os seus clientes aqui no Galo, porque vêm que o clube está pavimentando bem seu caminho em relação ao futuro”, concluiu. 

Dívidas

O Atlético vive uma grave crise financeira. A dívida do clube alvinegro ultrapassa R$ 1 bilhão. O valor aumentou significativamente no último ano. Além dos valores investidos em contratações e pagamentos de salários (o clube contou com ajuda dos 4 R’s), a arrecadação foi bem menor em função da pandemia do coronavírus, que afastou os torcedores dos estádios desde março de 2019.

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