Nesta sexta-feira, o Atlético divulgou que chegou a acordo judicial com o atacante Maicon Bolt. O clube pagará, em 35 parcelas, o total de R$ 7,5 milhões ao jogador, que cobrava mais de R$ 21 milhões por remunerações não quitadas entre novembro de 2019 e janeiro do ano seguinte.
Em nota, o Atlético comemorou o acordo da ação que tramitou no Tribunal Regional do Trabalho da Terceira Região de Minas Gerais (TRT-MG).
"O valor acordado é significativamente menor do que o pedido pelo atleta e também cerca de 50% da condenação de mais de R$ 14 milhões de reais a que o clube foi submetido, em primeira instância. O Atlético obteve uma grande vitória em segunda instância. No entanto, considerando os riscos inerentes ao processo no juízo arbitral e conforme parâmetros já conhecidos na Justiça do Trabalho, o acordo mostrou-se vantajoso", justificou o clube.
"O valor acordado é significativamente menor do que o pedido pelo atleta e também cerca de 50% da condenação de mais de R$ 14 milhões de reais a que o clube foi submetido, em primeira instância. O Atlético obteve uma grande vitória em segunda instância. No entanto, considerando os riscos inerentes ao processo no juízo arbitral e conforme parâmetros já conhecidos na Justiça do Trabalho, o acordo mostrou-se vantajoso", justificou o clube.
Disputa na Justiça
Maicon Bolt cobrava cerca de R$ 21,5 milhões do Atlético na Justiça do Trabalho. O jogador acionou o clube pouco depois da rescisão contratual, que ocorreu no dia 17 de fevereiro de 2020.
Bolt cobrou do Alvinegro o salário de janeiro, direitos de imagem entre novembro de 2019 e janeiro de 2020, FGTS, 13º salário proporcional, premiações, luvas, rescisão, multas e indenização.
O jogador tinha contrato com o Galo até o fim de 2021. No entanto, o vínculo poderia ser encerrado em dezembro do ano anterior caso o jogador não participasse de 60% das partidas desde que chegou ao clube.
A controvérsia se iniciou após a rescisão do contrato de Bolt, em fevereiro de 2020. Dias depois, a defesa do jogador levou o imbróglio às vias judiciais. Decisão em primeira instância condenou o clube a pagar cerca de R$ 14,2 milhões ao atleta, mas o caso seguiu indefinido após os advogados das duas partes recorrerem.
Paralelamente, em novembro do ano passado, a Quinta Turma do Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais (TRT-MG) extinguiu a ação do atacante, que ainda foi condenado a pagar ao clube 15% de honorários - pouco mais de R$ 3,2 milhões. A defesa do jogador de 31 anos acionou o Tribunal Superior do Trabalho (TST) para recorrer da decisão.
Bolt no Galo
Revelado pelo Fluminense, Maicon Bolt passou quase uma década no futebol europeu (Lokomotiv, da Rússia, e Antalyaspor, da Turquia) antes de retornar ao Brasil em 2019 e se tornar um dos jogadores mais bem pagos do elenco do Atlético. Com a camisa alvinegra, não conseguiu se firmar e virou alvo de críticas de torcedores. Foram apenas dois gols marcados em 28 jogos disputados. Atualmente, ele defende o Buriram United, da Tailândia.