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Encontro histórico! Artilheiros, Dadá e Hulk compartilham glórias pelo Galo

Atacantes foram campeões brasileiros com a camisa do Atlético e bateram um papo a convite do Superesportes e da TV Alterosa

postado em 10/12/2021 15:00 / atualizado em 11/12/2021 20:35

(Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)
Quando saltou para a história naquele 19 de dezembro de 1971, Dario talvez não tivesse ideia da dimensão daquele cabeceio certeiro para um clube que passaria tanto tempo sem conquistar o país. Foram 50 anos de angústias, decepções e, sobretudo, lutas até que o Atlético voltasse a celebrar o Campeonato Brasileiro. Enfim, a glória foi alcançada novamente em 2021. Desta vez, com um outro atacante protagonista: Hulk, de criticado a herói eterno. Essas cinco décadas de espera contam histórias de gerações atleticanos, que, agora, podem ver o encontro do passado com o presente em um mesmo gramado.


"Quanta honra, quanta glória por estar com um ídolo do Atlético! Para ser sincero, estou morrendo de ciúme de você", brincou Dario, o Dadá Maravilha. Foram as palavras iniciais do artilheiro do primeiro título brasileiro alvinegro a Hulk, goleador do bicampeonato deste ano. "A honra é toda nossa! Fazia (gol) de todo jeito", retribuiu o atual camisa 7 atleticano, em encontro promovido pelo Superesportes e a TV Alterosa, na Cidade do Galo.



Confira no Superesportes outros trechos da entrevista de Hulk

A reunião histórica juntou dois dos maiores personagens dos quase 114 anos do clube. Unidos pela idolatria da torcida, a dupla é, na verdade, bem diferente. Sem papas na língua, Dadá se solta assim que dá um abraço no sucessor. Brincalhão, admite: "Em primeiro lugar, eu gostaria de pedir permissão ao Hulk para eu falar, porque tecnicamente ele dá de um milhão em mim. Ele é muito mais jogador do que eu, faz jogadas mais plásticas, tabela, dribla, lança...".



"Que honra, hein!? Que honra!", responde, mais contido, o artilheiro de 2021. "O primeiro que sempre coloco na minha vida é o respeito. Pela história do Dadá, que vai ser um ídolo eternamente para a torcida do Galo. Não só (do Galo), o Brasil inteiro o idolatra. A gente fica muito feliz por ser reconhecido assim e ter esse carinho, mas eu ainda não me coloco no patamar dele", afirmou Hulk.

Sorridente, ele lembra a infância na Paraíba, quando ouvia o pai Gilvan Souza lhe contar histórias do futebol dos anos 1970. "Para mim, é muito gratificante receber esse carinho aqui. Meu pai sempre foi fã do Dadá. Era para ele ter vindo hoje (ao encontro), mas não deu. Ter um pai que é fã de um grande ídolo do clube que estou defendendo hoje é muito gratificante", conta.

Críticas e idolatria


Antes de conquistar o seu Gilvan na Paraíba, Dario foi muito criticado em Minas. "É muito importante ser ídolo, mas eu conheci os dois lados. Fui apedrejado, chamado de perna de pau, pereba. E eu ficava chorando, não respondia, porque não tinha o que responder - eu era pereba realmente", relembra. "Agora, eu fazia (gol) de todo jeito. Cruzavam na área, quando eu subia, a torcida já se abraçava. Só que eu errava: prometia um gol e fazia três, quatro (risos). Meu forte é português, não é matemática, então eu errava nos cálculos", sorri.

Hulk também ouviu críticas quando foi contratado pelo Atlético. "Cheguei ao Brasil e sabia que ia ser muito difícil, até porque causou uma desconfiança muito grande. Eu assistia aos programas de televisão e via as pessoas falando: 'Será que vai dar certo? Será que é isso, será que é aquilo? Já vem em final de carreira...". Mas nunca me desmotivou", garante o artilheiro.



Após um início irregular, Hulk passou a jogar como centroavante. No comando de ataque, marcou impressionantes 34 gols no ano até aqui - 19 deles no Brasileirão, quatro a mais que os 15 de Dadá em 1971. "Para a gente, é muito gratificante, diante de tanta desconfiança, chegar ao final do ano comemorando tantas coisas boas", completou o atacante, campeão mineiro e brasileiro pelo clube. Agora, o foco é na conquista da Copa do Brasil diante do Athletico-PR.

Tudo para aumentar a idolatria da torcida que já foi conquistada em tão pouco tempo. E, claro, receber mais elogios de quem o inspira. "Quando a gente vê a humildade de uns caras como o Reinaldo e o Dadá, que são ídolos aqui, de chegar para mim e parabenizar, reconhecer o nosso trabalho, é muito gratificante. Às vezes, você vê muitos caras que fizeram bem menos do que o que o Dadá representou não só para o Atlético, mas para o futebol brasileiro, com o nariz empinado e que começam mais a criticar do que a elogiar. Esses caras são diferenciados demais, a gente usa como espelho", disse.

"Eu não tenho vergonha de falar não. Estou tremendo de alegria e de emoção. No dia que conheci o Hulk, vi a humildade dele. Isso me marcou demais, porque eu também era muito humilde como pessoal (nos tempos de jogador). Brincalhão, porque eu falava que 'para toda problemática, existe a solucionática', que 'não existe gol feio, feio é não fazer o gol'... Fiz mais de 30 frases que estão na boca do povo. Mas o que marcou para mim foi a humildade dele", retribuiu Dadá.

"Poder chegar aqui neste ano, ganhar títulos importantes, virar ídolo de uma torcida tão apaixonada como é a do Atlético, para mim é sem palavras. É agradecer a Deus, agradecer a todos os atleticanos que me receberam de braços abertos, pelo carinho que têm não só comigo, mas com todos os meus familiares. O futebol nos dá coisas maravilhosas. Estar aqui com o Dadá, que foi um cara que eu escutava meu pai falar, que era impressionante quando ele subia e tudo. Já é ídolo do meu pai, e eu estar com ele aqui, escutando as coisas boas que ele fala, é agradecer a Deus por esses momentos", completou Hulk.

Cada um à sua maneira, os dois festejam não apenas a artilharia ou o título brasileiro, mas a possibilidade de dar - e devolver - a alegria a um povo que tanto a perseguiu. Agora, o desafio é buscar mais: nos próximos dias, o Atlético mira o bicampeonato da Copa do Brasil para coroar aquela que pode ser a temporada mais vitoriosa da história centenária do clube. Com Hulk em campo e Dadá nas arquibancadas.



Leia trechos do encontro de Dadá com Hulk


Encontro inicial


Dadá: "Quanta honra, quanta glória por estar com um ídolo do Atlético! Para ser sincero, estou morrendo de ciúme de você."

Hulk: "A honra é toda nossa!"

Dadá: "Dadá vinha rasgando de bico, de canela, de joelho, de bunda."

Hulk: "Fazia (gol) de todo jeito."

Dadá: "Agora, eu fazia de todo jeito... Cruzavam na área, quando eu subia, a torcida já se abraçava."

Entrevista


Superesportes/TV Alterosa: Hulk, muita gente já te coloca no patamar de ídolos como o Dadá, o Reinaldo, o Éder. Como é para você receber esse título com tão pouco tempo de clube?

Hulk: "O primeiro que sempre coloco na minha vida é o respeito. Pela história do Dadá, que vai ser um ídolo eternamente para a torcida do Galo. Não só (do Galo), o Brasil inteiro o idolatra. A gente fica muito feliz por ser reconhecido assim e ter esse carinho, mas eu ainda não me coloco no patamar dele. É um cara que merece muito respeito. A gente trabalha no dia a dia para buscar o nosso espaço. Eu me destaquei este ano, assim como o Dadá em 1971. A gente tem um grupo muito forte. Quando o coletivo é forte, o individual se destaca. Foi assim com o Dadá e comigo. A gente fica muito feliz e, claro, tem que reconhecer o trabalho de todos, que foram muito importantes também."

(Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Superesportes/TV Alterosa: Hulk, qual a sensação de receber tantos elogios de Dadá, um ex-centroavante que você admira?

Hulk: "Quando a gente vê uns caras como o Reinaldo e o Dadá, que são ídolos aqui, e vê a humildade dos caras de chegar para mim e parabenizar, conhecer o nosso trabalho, é muito gratificante. Às vezes, você vê muitos caras que fizeram bem menos do que o que o Dadá representou não só para o Atlético, mas para o futebol brasileiro, com o nariz empinado e que começam mais a criticar do que a elogiar. Esses caras são diferenciados demais, a gente usa como espelho. Para mim, é muito gratificante receber esse carinho aqui. Meu pai sempre foi fã do Dadá. Era para ele ter vindo hoje, mas não pôde. Ter um pai que é fã de um grande ídolo do clube que estou defendendo hoje é muito gratificante."

Superesportes/TV Alterosa: Dadá, para você, que é um ídolo do Atlético, como é estar agora batendo com o Hulk, outro ídolo da torcida?

Dadá: "Eu não tenho vergonha de falar não. Estou tremendo de alegria e de emoção. No dia que conheci o Hulk, vi a humildade dele. Isso me marcou demais, porque eu também era muito humilde como pessoal (nos tempos de jogador). Brincalhão, porque eu falava que 'para toda problemática, existe a solucionática', que 'não existe gol feio, feio é não fazer o gol'... Fiz mais de 30 frases que estão na boca do povo. Mas o que marcou para mim foi a humildade dele.

De onde eu saí, eu era um perna de pau. Cheguei ao Atlético, e os caras diziam que eu era ruim, que eu não jogava nada. Ficavam me gozando, e eu ficava chorando. Um dia, eu peguei e falei: 'Chega de ser maltratado, vou ser ídolo deste time. Vou botar feijão na panela de vocês'. Não botei só feijão, botei arroz e feijão. Comecei a treinar sozinho, porque ninguém queria treinar comigo. Fiquei só treinando com o Mussula (goleiro).

Eu tinha uma impulsão muito grande, porque na minha infância eu era bandido, ladrão, assaltante, de pular muito para roubar manga. Eu comecei a treinar, cabecear e chutar, e virei uma máquina de fazer gols."

Superesportes/TV Alterosa: Dadá, o Hulk mostra algumas dessas características que você falou. Está aprovado?

Dadá: "Em primeiro lugar, eu gostaria de pedir permissão ao Hulk para eu falar, porque tecnicamente ele dá de um milhão em mim. Ele é muito mais jogador do que eu, faz jogadas mais plásticas, tabela, dribla, lança..."

Hulk: "Que honra, hein!? Que honra!"

Dadá: "Essas coisas eu não sabia fazer. Meu negócio era correr e pular. Cruzavam na área, os beques subiam e faziam 'chupetinha' no Dadá (risos dos dois). Depois de falar essa besteira, tenho que entregar a palavra para o Hulk para ele consertar a minha fala (risos)."

Hulk: "Quando recebe elogio de um grande ídolo que mostrou dentro de campo como jogador e fora de campo como pessoa que é um cara muito querido, é sem palavras para agradecer. É procurar seguir o mesmo caminho, fazendo um ótimo trabalho dentro de campo - que é o nosso trabalho, o nosso dia a dia - e fora de campo, como falei para o Dadá há pouco, é ser humano.

Você tem que ser humano. Às vezes a gente consegue se destacar um pouquinho e já acha que é o tal, mas não pode ser assim. Você tem que encarar a vida como uma diversão. Você tem que ser feliz e desfrutar dos melhores momentos, claro que respeitando todo mundo não só dentro de campo, como fora de campo. É a melhor coisa do mundo. Receber esses elogios do Dadá, poxa... É procurar continuar no mesmo caminho e melhorar ainda mais, porque acho que a gente está no caminho certo, não é? O cara que conhece tudo de futebol estar falando umas palavras dessas para a gente é muito gratificante."


Superesportes/TV Alterosa: Hulk e Dadá, vocês são idolatrados pela torcida e, por onde vão, recebem muito carinho dos atleticanos. O que significa para vocês deixar não apenas títulos, mas conquistar uma identificação com um clube?

Hulk: "Vou deixar o rei Dadá falar".

Dadá: "É muito importante ser ídolo. Eu conheci os dois lados. Fui apedrejado, chamado de perna de pau, pereba. Eu queria morrer quando me chamavam de pereba. Ô, nome feio. Eu preferia que xingassem a minha mãe, mas não me chamassem de pereba. 'Você é um pereba, não joga nada, é uma porcaria'. E eu ficava chorando, não respondia, porque não tinha o que responder - eu era pereba realmente.

Comecei a treinar sozinho, a gozação foi grande. Foi quando pedi ao Mussula para ficar treinando comigo. O Mussula, com pena de mim, disse: 'Dadá, conte comigo para o que precisar. Vamos ficar treinando'. E eu ficava treinando. Depois, fiz amizade com Tião Cavadinha e pedi para ele ficar cruzando para mim. O Tião aceitou. Eram 30, 50, 100 cabeçadas por dia. Eu fazia o 'queixo no peito, queixo no ombro'. Danei a fazer gol, danei a ser artilheiro.

Foi quando eu vi que tinha de me desafiar. Falei que ia ser o maior artilheiro da história de Minas Gerais, do Brasileiro, vou bater recorde mundial. Comecei a falar besteira. Comecei a dar nome aos gols. Só que eu errava: prometia um gol e fazia três, quatro (risos). Meu forte é português, não é matemática, então eu errava nos cálculos. Danei a fazer gol, conquistei a torcida do Atlético e o Brasil. Tem hora que eu não acredito que sou esse Dario que o pessoal fala, porque, Hulk, eu não consigo fazer cinco embaixadinhas. Ter técnica. Você consegue, não consegue? (risos)".

(Foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Hulk: "Eu tento (risos)".

Dadá: "O torcedor, quando começou a gritar meu nome, eu não acreditava. 'Dario, Dario, Dario!'. Eu pensava: 'Será que é Dario mesmo que eles estão falando?'. Eu não acreditava. Depois, danei a fazer gols e passei por muitos clubes no Brasil, fui artilheiro, campeão e ídolo também. Mas eu confesso que, se fizer uma comparação sobre quem é mais jogador - Hulk ou Dadá -, é lógico que o Hulk é melhor do que eu tecnicamente. Agora, eu era uma máquina de fazer gols. Isso aí eu confesso que era mesmo. Quando saía um escanteio para o Atlético, a torcida já ficava de pé, sabia que Tião ia bater e o Dadá ia fazer o gol de cabeça. Eu já fui importante, mas a importância agora, o momento, é do Hulk. Eu não quero atrapalhar o momento dele. Então, vou voltar a palavra para ele para que ele fique à vontade e fale sobre ser ídolo e campeão, que eu também sou. Agora, estou aqui para ouví-lo, porque sou fã do Hulk".

Hulk: "Que responsa, hein? Você vê a humildade do cara. É inexplicável. Está louco". 

Superesportes/TV Alterosa: Falando sobre ser um ídolo, deixando sua marca não só com o título, mas com identidade com a torcida. O que isso significa para você, que teve uma carreira apenas fora do Brasil praticamente?

Hulk: "Para a gente, é só gratidão a Deus. O futebol te proporciona tantas coisas boas nesse mundo. Primeiro, a oportunidade de mudar a vida de sua família toda, das pessoas próximas a ti. Eu tive a oportunidade de jogar nos três continentes, ser ídolo nos três continentes, ganhando título. Para mim, é muito gratificante. E praticamente não tinha jogado no Brasil. Voltar ao Brasil com 35 anos, com mais de 16 anos fora, e no começo da temporada todo mundo: 'Será que vai dar certo'? Tinha muita gente desconfiando, as pessoas só lembravam do Hulk do 7 a 1, da Copa do Mundo. Infelizmente, são coisas que você fica marcado pelo lado negativo.

Poucas pessoas sabiam do meu futebol, se tem qualidade ou se não tem, se bate bem na bola ou se não bate. Nem sabiam das minhas características. Poder chegar aqui neste ano, ganhar títulos importantes, se tornar ídolo de uma torcida tão apaixonada como é a do Atlético, para mim é sem palavras. É agradecer a Deus, agradecer a todos os atleticanos que me receberam de braços abertos, pelo carinho que têm não só comigo, mas com todos os meus familiares. O futebol nos dá coisas maravilhosas. Estar aqui com o Dadá, que foi um cara que eu escutava meu pai falar, que era impressionante quando ele subia e tudo. Já é ídolo do meu pai, e eu estar com ele aqui, escutando as coisas boas que ele fala, é agradecer a Deus por esses momentos".

Superesportes/TV Alterosa: Hulk, pensando agora no próximo desafio do Atlético, essas finais contra o Athletico-PR, dois jogos importantes. Como está essa preparação e o foco? O Atlético vem de uma festa imensa, de um título que tinha que ser muito comemorado. Vocês tiveram muitos compromissos. Agora é voltar o foco. Como está a expectativa do grupo para buscar mais esse título?

Hulk: "Foco não pode faltar. Concentração, comprometimento. A gente sabe que foi um título especial que a gente ganhou, depois de 50 anos. Todo mundo fica naquela euforia, adrenalina de aproveitar, de brincar, se divertir. Mas não podemos esquecer é que temos um jogo importante já no domingo. Diante da nossa torcida o primeiro jogo, temos que fazer um resultado muito positivo, porque o segundo jogo não vai ser fácil lá, um gramado sintético, muito diferente do que estamos acostumados. Vão ser dois jogos muito difíceis. Temos que aproveitar o fator campo, o fator casa, que está sendo muito forte neste ano, para que a gente possa dar um grande passo para o segundo jogo da final".

Superesportes/TV Alterosa: Dadá, você está confiante nesse título do Atlético?

Dadá: "Estou confiante pelo que eu vi. Estou pasmo. Sinceramente, nunca vi um time do Atlético jogar o que esse time está jogando. Teve time do Reinaldo, Toninho Cerezo, que foi fantástico. Mas esse time está demais, demais. Não chamo o Atlético nem de time, chamo de orquestra sinfônica, tocando por música. Está um time muito bom. Agora, pelo que vi o Hulk falando aqui, pela humildade dele, parece que ele está falando em nome dos companheiros. Parece que o time é muito humilde. Então, com essas qualidades, dificilmente vão tomar o 'Laurel' do Galo. O Galo vai ser campeão de outras disputas de títulos que está aí, porque acho hoje o Galo favorito para ganhar os títulos. Hulk, agora vou fazer um desafio com você. Em 1969, eu fiz 69 gols. Dá para você bater o Dadá?"

Hulk: "Acho muito difícil. A gente não pode usar a palavra impossível, porque tudo é possível..."

Dadá: "Mas para o Hulk é possível..."

Hulk: "A gente não pode usar a palavra impossível, mas é quase impossível. Nem o Ronaldo e o Messi estão fazendo isso, que são os caras diferenciados hoje. Mas é muito difícil. Por isso que você é diferenciado".

Dadá: "Estou te fazendo essa pergunta, porque quando eu fui na Copa do Mundo em 1970, eu brincava muito com o Pelé. E o Gerson, muito gozador, chegava e dizia: 'Dadá, quando é que você vai fazer gols igual ao que o Pelé fazia'? Eu falei assim: 'Não dá para fazer mais gols que o Pelé, mas o recorde que ele tem eu vou bater. Qual o recorde você tem? Você fez 58 gols no ano não foi? Eu vou fazer 70. Eu cumpri a palavra'."

Hulk: "Com muitos treinos, né!?"

Dadá: "Eu treinava muito. Eu era um cara que dava 500 cabeçadas, 200 chutes. Eu chutava de direita, caía. Eu chutava de esquerda, caía. Ficava todo mundo rindo. Aí eu comecei a treinar, chutar, cabecear. E me desculpe a falta de modéstia, eu sou um catedrático no assunto de gols".
Superesportes/TV Alterosa: Hulk, falando ainda sobre atacantes, Dadá, Reinaldo... o Atlético sempre teve muitos atacantes de grande destaque, ídolos da torcida. Como é para você ser considerado pela torcida um dos maiores atacantes da história do Atlético?

Hulk: "É como eu falei. O futebol te proporciona coisas maravilhosas. Eu poder voltar para o Brasil, onde eu tinha tanta vontade de jogar um Brasileiro, e vir para o Atlético em um ano especial, porque eram 50 anos sem ganhar o Brasileiro, e ganhar, conseguir entrar para a história do clube, já era demais. E ser idolatrado pela torcida, é muito gratificante. É desfrutar do momento, procurar manter. A gente sabe que o mais difícil é manter. Chegar é difícil, mas o mais difícil é manter. A gente vai manter com a nossa humildade, com o nosso trabalho, para estar sempre nos braços da torcida, que essa torcida é diferenciada demais".

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